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Cerrado Cultural: conheça o novo e ambicioso projeto artístico do DF

Capitaneado por três sócios, o Cerrado Cultural nasce para fomentar a cultura e a educação em artes visuais no Centro-Oeste. Vem conhecer!

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Wey Alves/Metropoles @weyalves_
Brasília (DF), 15/08/2024. Preview de exposicoes na Cerrado Galeria.Fotos: Wey Alves/Metropoles@weyalves_
1 de 1 Brasília (DF), 15/08/2024. Preview de exposicoes na Cerrado Galeria.Fotos: Wey Alves/Metropoles@weyalves_ - Foto: Wey Alves/Metropoles @weyalves_

Uma casa é lugar de acolhimento, de morada, de vivências, de memórias e de histórias. Como tal, se tornou o ambiente escolhido por três galeristas para abrigar um projeto ambicioso: o Cerrado Cultural. Contudo, no lugar de móveis, as paredes se abrem para dialogar com a arte, tanto moderna quanto contemporânea.

Localizado no setor de chácaras do Lago Sul, o centro cultural recebeu, nessa quinta-feira (15/8), alguns convidados, entre curadores, agentes do mercado, artistas e amantes das artes para um soft opening. Quem recepcionou cada um deles foram os idealizadores do empreendimento: Antônio Almeida e Carlos Dale, sócios-fundadores da Almeida & Dale Galeria de Arte, de São Paulo; e Lúcio Albuquerque, que atuava na Casa Albuquerque Galeria de Arte, em Brasília. Juntos, os três somam mais de 30 anos de atuação no mercado de arte.

O projeto segue a vocação da “irmã” Cerrado Galeria, também localizada no Lago Sul, que nasceu para divulgar, fomentar, promover diálogos e dar visibilidade à arte contemporânea e moderna produzida na capital federal e na região Centro-Oeste. Agora, ao todo, os sócios contam com três espaços: dois em Brasília e um em Goiânia.

Carlos Dale, Ana Dale, Antônio Almeida e Lucio Albuquerque

“Estamos focados no Centro-Oeste, porque entendemos que será um grande mercado e tem uma carência muito grande, não só de galerias, como de instituições, então, nossa ideia é fazer um espaço vivo, rotativo, que pode receber escolas, grandes exposições, residências de artistas e formar um público especial que acho que o Centro-Oeste tem a nos oferecer”, afirma, em entrevista à coluna, Antônio Almeida.

Na avaliação de Carlos Dale, Brasília reúne importantes agentes do ecossistema da arte. “Você tem uma produção artística interessante e um potencial de colecionismo enorme. Quando você tem esses sistemas do mercado de arte, você tem uma modificação no ambiente”, detalha, pontuando que o impacto de um projeto como o Cerrado Cultural é sentido em diversos setores da economia local. “Fincar o pé aqui vai representar uma modificação no nosso negócio e na cidade. A troca e essa interação serão fundamentais.”

Com mais de 1,6 mil metros quadrados, o amplo espaço permite a realização de mostras de grandes proporções e de residências artísticas, bem como de ações de caráter educativo. Além dos “cômodos”, a casa conta com um jardim, hoje ocupado com esculturas do escultor mineiro Amilcar de Castro, e uma espécie de quadra de tênis, onde, futuramente, a ideia é construir um espaço para abrigar o acervo da galeria, e trabalhos de arte contemporânea.

“É um espaço aberto para visitação de pessoas que queiram se inteirar do mundo da arte”, resume Lúcio Albuquerque. Para ele, a região Centro-Oeste, para além de uma produção agrícola de peso, é muito produtiva socialmente, “então, é natural que haja artistas que relatem esse momento”.

Lúcio pontua que, mais do que servir de espaço para nomes representados pela galeria, o projeto Cerrado Cultural se abre para outros artistas e linguagens “que sejam relevantes”. Por fim, ele destaca que um dos objetivos é também promover um intercâmbio, aproveitando a bagagem da galeria, bem como sua estratégia internacional muito consolidada. “Queremos mapear esses artistas e levar para além da fronteira, além de trazer artistas de fora.”

Inauguração

Para abrir as portas do Cerrado Cultural, os sócios convidaram dois nomes de peso: Divino Sobral — também diretor artístico do projeto — e Lilia Schwarcz. Juntos, os curadores escolheram 15 artistas do Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso para compor a mostra O centro é o oeste insurgente. Ao todo, são 50 obras, entre pinturas, esculturas, fotografias e desenhos.

Divino Sobral e Lilia Schwarcz

“Somos um povo formado pela diversidade, pela multiplicidade. Dependendo do lugar, da época, do contexto, da origem do artista, da formação e do meio social, tudo isso gera linguagens e características diferentes. Aqui, fizemos um recorte de artistas indígenas e descendentes africanos sem esgotar o repertório e dentro dos limites do espaço. Na exposição, é possível destacar questões como a presença do retrato, a pesquisa de materiais que não são os consagrados da arte e a relação com a natureza. Mas, também, uma visão muito política e crítica a partir da própria formação do povo brasileiro”, detalha Divino Sobral.

Veja alguns cliques das obras:

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As paredes se abrem para dialogar com a arte, tanto moderna quanto contemporânea
O centro cultural recebeu, nessa quinta-feira (15/8), alguns convidados
O amplo espaço permite a realização de mostras de grandes proporções e de residências artísticas
São mais de 1,6 mil metros quadrados
Foram escolhidos 15 artistas do Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso
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Cerrado Cultural nasce para fomentar a cultura e a educação em artes visuais no Centro-Oeste

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As paredes se abrem para dialogar com a arte, tanto moderna quanto contemporânea

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O centro cultural recebeu, nessa quinta-feira (15/8), alguns convidados

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O amplo espaço permite a realização de mostras de grandes proporções e de residências artísticas

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São mais de 1,6 mil metros quadrados

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Foram escolhidos 15 artistas do Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso

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Exposição individual de Rubem Valentim

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Ex-voto - Estudo, 1951 - de Rubem Valentim

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Obra de Talles Lopes

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Obras de Helô Sanvoy

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Uma das exposições compila obras de diferentes fases de Rubem Valentim

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Agora, ao todo, os sócios contam com três espaços: os dois em Brasília e um em Goiânia

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Quadros expostos

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Pinturas

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Para abrir as portas do Cerrado Cultural, os sócios convidaram dois nomes de peso: Divino Sobral — também diretor artístico do projeto — e Lilia Schwarcz

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Juntos, os curadores escolheram 15 artistas para compor a mostra O centro é o oeste insurgente

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Ao todo, são 50 obras, entre pinturas, esculturas, fotografias e desenhos

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Escultura

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Obras expostas na galeria

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Detalhes da mostra

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Em diálogo com essa geração mais contemporânea, no andar superior do espaço, Lilia Schwarcz trouxe o construtivismo do pintor, escultor e gravador baiano Rubem Valentim na exposição Mito, rito e ritmo interior: Rubem Valentim fazer como salvação.

Além de explorar diferentes fases do artista e expor fotos e fontes originais, incluindo obras inacabadas e materiais de trabalho do próprio Rubem, Lilia homenageia um artista que, na época, escolheu a jovem capital federal como projeto e inspiração devido aos traçados retos e concretos.

Assista ao vídeo da celebração, por Zero 61 Produções:

“Escolho Rubem Valentim por uma questão de reparação, afinal, estamos em tempo de reparação e também porque a obra dele ganhou monumentalidade aqui em Brasília. Ela se agiganta, e eu acho que ele vai se nutrir das formas de Brasília, das retas, mas dando a elas uma curva religiosa”, avalia a curadora.

Confira os registros do soft opening:

Antônio Almeida, João Victor Mokdissi, Carlos Dale, Ana Dale e Lucio Albuquerque
Lucas Gehre e Sara Seilert
Lara Calaça e Ivana Valença
Lilia Schwarcz
Mônica e Marçal Justen
Marcela Cantuária, Paulo Uchoa, Luciana Cunha Campos, Cristiano Raimondi, Fabiano Cunha Campos e Anna Maria Reis
Luiza Vaz e Julia Mazzutti
Diana e Ubiratan Cazetta
Emerson Leão e Daniel Rebouças
Vinicius Brito e Julia Bianchi
Pedro Gordilho e Orácio de Mello
Antônio Almeida, Dalton Paula e Ceiça Ferreira
Ana Dale
Rosana Mokdissi e João Elias Mokdissi
Cristiano Raimondi
Ana Dale, Cybele Barbosa e Adalberto Santos
Rafael Badra e Silvia Badra
Dalton Paula e Ceiça Ferreira
Rodrigo Martinez e Isabel de Paula, coordenadora de Cultura da UNESCO
Lucio Albuquerque
Ana Maria Vaz e Tomás Vaz
Pedro Correa Do Lago
Marcela Cantuária, Roberta Dale, Juliana Albuquerque e Carla Cal
Fernando Santos, Antônio Almeida e Guiga Sodré
Marina Barbosa e Cimara Barbosa
Carlos Dale, Ayrson Heraclito, Antônio Almeida e Paulo Darzé
Divino Sobral
Thais Darzé, Antônio Almeida, Nádia Taquiary e Ayrson Heraclito
Carlos e Roberta Dale
Michele Uchoa e Antônio Almeida
Carlos Dale, Roberta Dale, Lucio Albuquerque, Juliana Albuquerque, Michele Uchoa e Antônio Almeida
Lucio e Juliana Albuquerque
Antônio Almeida, Sophia Haaland, Erica Schmatz e Maria Ferro
Luiza Vaz
Lucio Albuquerque, Antônio Almeida, Lilia Schwarcz, Divino Sobral e Carlos Dale
Eduardo Lira e Flay Leite
Sophia Haaland, Antônio Almeida, Érica Schmatz, Lucio Albuquerque, Pedro Correa Do Lago, Maria Ferro e Carlos Dale

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