CCBB lança exposição de arte Brasilidade Pós-Modernismo com coquetel
O evento contou com a presença de artistas, colecionadores, parceiros e jornalistas, além da curadora da mostra, Tereza de Arruda
atualizado
Compartilhar notícia
O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, abriu as alas para o coquetel de abertura da exposição Brasilidade Pós-Modernismo, na noite dessa segunda-feira (4/4). O evento contou com a presença de artistas, colecionadores, parceiros e jornalistas, além da curadora da mostra, Tereza de Arruda. Os interessados em conferir presencialmente as obras de arte terão até o dia 5 de junho para fazerem a visitação.
Antes de desembarcar na capital, a exposição passou primeiramente pelo Rio de Janeiro e, em seguida, recebeu espectadores em São Paulo. Gerente-geral do CCBB, Fernanda Gasque conversou com a coluna Claudia Meireles parabenizou a curadora por conseguir elaborar uma mostra com um leque variado de artistas. Ao todo, são 51 profissionais brasileiros de diversas regiões e gerações.
“Idealizada pela Tereza de Arruda, maravilhosa que conseguiu juntar uma quantidade de artistas incríveis, isso agregou muito para a qualidade da exposição”, destaca Fernanda. Em relação ao coquetel de lançamento, a gerente-geral do CCBB definiu o evento como “um momento especial” oferecido aos convidados. Durante o evento, a executiva à frente do Centro Cultural Banco do Brasil fez as honras da casa e um discurso de agradecimento.
“Quero agradecer a presença de todos. Celebrar o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 lança luz aos traços que o movimento trouxe para as artes plásticas no Brasil”, disse Fernanda Gasque aos convidados.
Na galeria abaixo, confira algumas obras de arte:
Curadora
A coluna bateu um papo com a curadora da exposição Brasilidade Pós-Modernismo. Segundo Tereza de Arruda, a mostra reúne obras desde a década de 1960 até a atualidade. “Nós estamos revendo quais foram as indagações e inquietações da Semana de Arte de 1922, investigamos se elas se perderam na atualidade ou se continuam em pauta”, esclareceu.
De acordo com a curadora, a mostra integra núcleos distintos que abordam temas relevantes para a construção da brasilidade: “A exposição traz sobre natureza, estética, identidade, futuro e poesia. São elementos que realmente fazem parte dessa composição”. Tereza levou os convidados a fazerem uma visita guiada pelo espaço e explicou curiosidades a respeito das obras de arte.
“Nós temos um núcleo muito importante dedicado ao futuro. Nele, há uma referência muito significativa a Brasília, como uma ideia utópica que se tornou realidade. Brasília é um dos maiores expoentes e exemplos que existem sobre o modernismo, não só nacional, mas mundial”, ressalta Tereza de Arruda em entrevista.
Artistas
Uma das paixões da coluna Claudia Meireles é a arte. Ao prestigiar o evento, viu a oportunidade de conversar com os artistas e saber as inspirações por trás das obras, por exemplo, Francisco Delalmeida. Nascido no Ceará, ele foi aluno com necessidade especial do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (UFC). “Eu entrei em todas as disciplinas do curso e, por último, fiz a xilogravura”, conta.
Conforme Delalmeida afirma, a xilogravura o atraiu por conta do “prazer de gravar e de estar arquitetando formas para engrandecer a obra”. Ao descrever o trabalho que integra a mostra, ele salienta: “Essas orações expostas não são mais xilogravuras, mas a união de todas as técnicas que desenvolvi”. Emocionado, o artista cearense completa: “É extraordinário estar aqui. Uma oportunidade de mostrar os meus diamantes de estimação”.
Luzia Simons é a mente por trás das obras O Silêncio, A Saudade e O Amoroso. Ela buscou referências em momentos que fazem parte do cotidiano. “Eu moro em Düsseldorf, na Alemanha, há 27 anos. A saudade me acompanha, é uma palavra que não dá para traduzir e só quem é brasileiro conhece esse sentimento”, considera a artista.
Diplomata por 47 anos, Joaquim Paiva se viu atraído pela fotografia. Ele começou a capturar instantes no início de 1970. “São 15 obras nesta exposição. Vejo como uma rebeldia da minha parte, pois vivemos em plena ditadura militar. É um artista corajoso para se expor e se mostrar”, define. A capital federal serviu de cenário para o profissional: “Eu sou como um ator diante de uma peça de teatro e Brasília foi um dos palcos”.
Confira os cliques:
Serviço
Bufê | Renata La Porta
Para saber mais, siga o perfil da coluna no Instagram.