Caso Epstein: 6 barbáries reveladas no julgamento de Ghislaine Maxwell
Com o início do julgamento de Ghislaine Maxwell, vários escândalos vieram à tona envolvendo até o filho da rainha, o príncipe Andrew
atualizado
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De tão grandioso, o esquema de aliciamento, tráfico e exploração sexual comandado por Jeffrey Epstein ganhou um documentário na Netflix, intitulado de Poder e Perversão. O pedófilo morreu em agosto de 2019 na prisão. Mas, a sua principal comparsa e namorada ficou foragida por meses até ser encontrada pela polícia em setembro de 2020. Na última semana, começou o julgamento da socialite e vários escândalos vieram à tona envolvendo até o filho da rainha Elizabeth, o príncipe Andrew.
Embora o duque de York negue as acusações de ter abusado sexualmente de Virginia Giuffre, à época com 17 anos, a vítima tem uma foto com o integrante da dinastia Windsor. Testemunhas endossaram a participação do membro da realeza na pirâmide de exploração sexual de Epstein. Diante da juíza Alison Nathan, expuseram algumas atrocidades do caso que chocou o mundo. O pedófilo tornou-se um importante financista norte-americano com a ajuda de Ghislaine.
Abaixo, confira seis perversidades do esquema de tráfico de mulheres reveladas no tribunal.
1 – Enquanto testemunhava no tribunal, o ex-mordomo de Ghislaine Maxwell, Juan Alessi, contou que era obrigado a limpar os brinquedos sexuais da patroa. Ele descreveu a função como “degradante”. “Não fui contratado para fazer esse tipo de trabalho”, acrescentou. Ele trabalhou na mansão de Epstein na Flórida entre os anos de 1990 a 2002.
2 – Conforme declarou Alessi, os alvos preferidos de Epstein e Ghislaine eram as “jovens com graves problemas familiares, pobres e desprotegidas”. Na avaliação da testemunha, as vítimas poderiam cair facilmente na armadilha da proposta de US$ 200 a US$ 300, o equivalente a R$ 1,1 mil a R$ 1,7 mil em cotação atual.
“As vítimas aceitavam e acabavam sendo levadas para um quarto onde Epstein esperava por elas, vestido apenas com uma toalha”, ressaltou o ex-mordomo. A testemunha lembrou que o pedófilo “pressionava as adolescentes a fazerem sexo em troca de mais dinheiro ou de promessas de carreira no cinema e de inscrição em universidades”.
A seguir, veja o trailer do documentário Jeffrey Epstein: Poder e Perversão. As vítimas contam detalhes do esquema e de como foram aliciadas:
3 – Ex-piloto particular do magnata e pedófilo, Larry Visoski também colaborou com o processo. De acordo com o funcionário, Jeffrey Epstein tinha um forte vínculo com Bill Clinton, Donald Trump e o príncipe Andrew. Ele lembrou de uma viagem do filho da rainha Elizabeth, do ator Kevin Spacey e do senador George Mitchell para um acampamento de verão no estado norte-americano de Michigan.
4 – Tendo usado um pseudônimo no tribunal, Jane Doe foi uma das vítimas da pirâmide de exploração sexual. Diante da juíza Alison Nathan, ela reforçou a tese do ex-piloto Larry Visoski. A adolescente conheceu o pedófilo com 14 anos e à época o pai, um diretor musical, tinha morrido há nove meses. Ele deixou a família falida e sem um lar para morar.
Segundo a mulher com identidade não revelada, a socialite participou da série de abusos do pedófilo: “Ela estava na sala enquanto Epstein me estuprou”.
5 – As vítimas de Epstein ficavam “75% do tempo” de topless, conforme revelou o ex-mordomo de Maxwell. Juan Alessi chamou a ex-patroa como “senhora da casa” e relembrou de um pedido: “Não olhar Epstein nos olhos”.
6 – A mansão de Epstein em Palm Beach trazia como itens de decoração fotografias sexualizadas de “meninas muito jovens”. Chamou atenção da promotoria a imagem de uma garota puxando a calcinha para baixo para expor o bumbum, de acordo com uma publicação do jornal The Guardian. O teor do registro foi tópico de discussão entre a defesa e acusação da socialite nessa sexta-feira (3/10).
“Para entrar naquela sala, você precisa obter uma fotografia sexualmente sugestiva de uma menina muito jovem”, ressaltou a promotoria, que aproveitou para complementar a teoria: “O fato de haver uma imagem sexualizada, de uma mulher claramente menor de idade, é altamente probatório”.
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