O empresário indiano Ratan Tata, dono da Jaguar e da Land Rover, morreu no início deste mês, em Mumbai, aos 86 anos. O magnata surpreendeu ao colocar o cachorro de estimação e funcionários próximos como herdeiros da fortuna de aproximadamente R$ 673,5 milhões.

No testamento, o responsável por transformar o Tata Group em um conglomerado de renome mundial pediu que o amado cão receba “cuidados ilimitados” após sua morte. Como o empresário nunca casou e teve filhos, era esperado que o patrimônio fosse dividido entre o seu irmão e suas duas meias-irmãs, mas eles herdarão apenas parte de sua propriedade.

De acordo com o jornal The Times, além de Tito – o pastor alemão de Tata –; o mordomo e assistente geral do empresário, Konar Subbiah; e o cozinheiro do falecido empresário, Rajan Shaw, também devem receber uma grande parte da fortuna. Amigo próximo do magnata, Suhel Seth afirmou ao jornal que a quantia deixada para o antigo mordomo e cozinheiro de Tata, que agora cuidam de Tito, é generosa. “Eles nunca mais terão que trabalhar e serão muito bem cuidados”, disse.

Apesar de não ser comum deixar a herança para um cachorro, Suhel Seth afirmou que as instruções não foram nenhuma surpresa para aqueles que conheciam Ratan  Tata. De acordo com ele, a atitude foi um “gesto de gratidão pela alegria e cuidado” que ele recebeu de seus animais de estimação e de dois funcionários.

Nascido em 1937 em Mumbai, Tata tinha planos de ser arquiteto e trabalhava nos Estados Unidos, mas a avó, que o criou, pediu para ele retornar para a Índia e trabalhar nos negócios da família.

Em 1991, ele assumiu o império da família, hoje conhecido como Tata Group, e expandiu a presença global do conglomerado. Inclusive, foi ele quem conseguiu incluir a Jaguar e a Land Rover no grupo, em 2008.

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