Botox sofre proibição no Reino Unido. Será que essa moda pega?
A toxina botulínica e os enchimentos passaram a ser proibidos somente no país europeu. A lei entrou em vigor na sexta-feira (1º/10)
atualizado
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A toxina botulínica e os enchimentos passaram a ser proibidos para menores de 18 anos no Reino Unido, de acordo com uma lei que entrou em vigor na última sexta-feira (1º/10). Ao ler o título, certamente, o seu modo curiosidade ficou ativado, ou melhor, preocupado. Há quem tenha se perguntado: “Ficarei sem o meu botox?”. O produto integra um leque de tratamentos para a pele. Mas não criemos pânico: o impedimento não chegou no Brasil e está vigente apenas no país europeu.
De acordo com a Lei da Toxina Botulínica e dos Preenchimentos Cosméticos, “pessoas com menos de 18 anos não poderão receber preenchimentos dérmicos ou injeções de toxina botulínica”. A decisão entrou em vigor após notarem a alta procura dos procedimentos por adolescentes. Segundo o governo britânico, houve mais de 41 mil atendimentos em clínicas de estética para essa faixa etária em 2020.
Ao avaliar o cenário, o governo britânico verificou que “esses procedimentos não médicos” são feitos por pessoas sem treinamento e em ambientes anti-higiênicos, o que acaba colocando a vida dos adolescentes em risco de complicações de saúde. Com o início da vigência da medida, torna-se ilegal administrar botox ou preenchimento em menores de idade.
Os adolescentes só poderão fazer tratamentos com as substâncias se for aprovado previamente por um médico. Dessa forma, a ideia é que os menores de 18 anos irão cessar a busca pelos procedimentos por razões estéticas. CEO do The British Beauty Council, Millie Kendall defende a regra para a sociedade obter uma indústria da beleza mais segura, principalmente porque o segmento de cosméticos não cirúrgicos é “altamente desregulamentado no Reino Unido”.
No país, pessoas que não atuam como profissionais da área médica aplicam os produtos injetáveis até em “festas do botox”. “Apoiamos a aprovação do projeto de lei no Parlamento. Em torno de 70 mil jovens, menores de 18 anos, procuram tratamentos estéticos a cada ano. Precisamos controlar isso. Esses procedimentos não são apenas um batom ou rímel, eles podem ser uma alteração permanente no rosto de uma pessoa, em um momento em que ela não está totalmente desenvolvida física e emocionalmente”, explicou Millie Kendall.
Para o diretor do grupo Skin Clinics, o médico Daron Seukeran, a lei surgiu para proteger os pacientes de si mesmos e impedir práticas inadequadas. Na avaliação do especialistas, os adolescentes sofrem a pressão de “serem perfeitos” devido às redes sociais, como Instagram e TikTok. “A população pediátrica é altamente regulamentada em toda a medicina, mas isso estava ficando confuso na indústria de estética. A nova legislação está aceitando que existe um grupo de jovens que pode ser vulnerável a tomar decisões erradas”.
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