Botox falso tem deixado pessoas doentes. Saiba como se prevenir
Nos EUA, há casos de complicações decorrentes do uso de botox falsificado. A aplicação deve ser feita por um profissional especializado
atualizado
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De acordo com o site New York Post, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês) se preparam para, em breve, emitir um alerta aos médicos sobre “doenças semelhantes ao botulismo”. Isso ocorre após quatro pessoas nos Estados Unidos terem ido parar no hospital por complicações desencadeadas pela aplicação de toxina botulínica falsificada, em outras palavras, o famoso botox.
“Pessoas em vários estados do país – incluindo Illinois, Colorado, Kentucky, Washington e Tennessee – adoeceram após receberem injeções de botox falsificado”, publicou o site.
Houve dois casos de hospitalização em Illinois e no Tennessee. Já na última quinta-feira (11/4), mais quatro ocorrências foram confirmadas em Kentucky, conforme noticiou a emissora estadunidense NBC News.
Com os episódios, o CDC abriu uma “investigação” para apurar o “surto em vários estados”.
Segundo o CDC, há como se beneficiar da utilização da toxina botulínica com segurança. Primeiramente, o procedimento com o botox só pode ser feito por um profissional especializado e certificado. Em entrevista ao New York Post, Elizabeth Hale aconselhou fazer o tratamento “pelas mãos de um dermatologista ou cirurgião plástico credenciado”. Ela atua como a professora clínica associada de dermatologia da NYU Langone.
Outra recomendação é conhecer a procedência da toxina botulínica. “Certifique-se de que o botox venha de uma fonte confiável”, instruiu Hale. Segundo a professora, tem sido cada vez mais comum visitar os “spas médicos” ou “festas de botox”, ocasiões em que grupos de pessoas se reúnem em uma casa e um “médico oferece as ‘cutucadas’ com desconto”, escreveu o portal em um artigo.
“Muitos dos meus pacientes vêm para fazer lasers, preenchimentos ou exames de pele. Eles dizem: ‘Espero que você não se importe, estou aplicando botox em uma festa na minha cidade’. Eu fico: ‘O quê?'”, lamentou a professora. Hale continuou: “Muitas vezes, as pessoas estão tentando economizar um dinheirinho. E não é a melhor ideia, a menos que você saiba exatamente quem está injetando em você e o que está aplicando”.
Elizabeth Hale listou algumas das marcas mais comuns de toxina botulínica. São elas: Botox, Jeuveau, Daxxfy, Xeomin e Dysport. A professora acrescentou que se as injeções a serem utilizadas no consultório em que você visita não trouxerem um selo com um desses nomes, vale ficar em alerta. “Você pode estar se colocando em risco”, pontuou.
Outra orientação é se atentar a qualquer sinal de que algo pós-procedimento tenha dado errado.
A professora explicou que a toxina botulínica, quando administrada demasiadamente, pode gerar efeitos colaterais, a exemplo de dificuldade para respirar ou engolir. Hale exclamou que as complicações acontecem somente quando feitas erroneamente. “Aqueles de nós [médicos] que injetam botox todos os dias estão familiarizados com os músculos do rosto e sabem como interagem entre si e o quanto se deve aplicar”, concluiu.
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