Boris Johnson arrasta rainha para o seu “caos e bagunça”, diz expert
O político é acusado de acobertar denúncias de assedio sexual contra o ministro Christopher Pincher
atualizado
Compartilhar notícia
Esta quinta-feira (7/7) começou agitada na imprensa mundial. O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, renunciou ao cargo da liderança do Partido Conservador e, consequentemente, da função de premiê britânico. A abdicação veio após o político ser acusado de acobertar casos de assédio sexual contra o ministro Christopher Pincher. A situação tornou-se insustentável nos últimos dias.
Diante disso, canais de televisão e portais estão repercutindo a notícia bombástica e ansiosos para saber como essa história se desenrolará a partir de agora.
Adam Boulton, ex-editor político da Sky News, foi um dos que opinou sobre a reunião do primeiro-ministro com a rainha para discutir a posição no governo. O jornalista atacou Boris Johnson e alegou que estava “arrastando a monarca para a sua bagunça” enquanto seus próprios parlamentares o expulsavam.
“Nesses comunicados à imprensa, recebemos de Downing Street quanto às suas mudanças ministeriais. Diz que a rainha teve o prazer de apontar isso e aquilo neste papel em particular. Bem, a soberana tem que decidir se isso é apenas um armário de fantasia, agora sendo interpretado por Boris Johnson, ou se é algo que ela deveria endossar. Então, ele está apenas criando mais e mais caos e confusão contra o interesse nacional”, apontou Boulton à Sky News sobre as polêmicas envolvendo os casos de assédio sexual.
Johnson fez seu discurso de demissão do lado de fora do número 10 da Downing Street. Elizabeth cortou sua estadia em Sandringham para poder se encontrar com Johnson. Como chefe de Estado, é dever dela escolher o novo primeiro-ministro que vai liderar o governo de sua Majestade.
Segundo a edição americana do portal Bloomberg, o parlamentar teria telefonado para a rainha nesta quinta-feira de manhã como cortesia, enquanto se preparava para dizer à nação que está deixando o país, embora o Palácio de Buckingham tenha se recusado a comentar.
Assim que o sucessor do Partido Conservador for nomeado, Boris terá que viajar para ver a Chefe de Estado e apresentar formalmente sua renúncia. Tradicionalmente, a reunião sempre ocorreu no Palácio de Buckingham, mas devido a idade da rainha e os problemas de mobilidade que vem enfrentando, pode ser que o encontro ocorra pela primeira vez na história no Castelo de Balmoral, de acordo com o Bloomberg.
A expectativa é que o novo líder conservador e premiê britânico esteja no cargo até a conferência no partido, que ocorre no começo de outubro.
Para saber mais, siga o perfil da coluna no Instagram.