Bioestimuladores de colágeno: qual escolher? Médica esclarece
Novas marcas surgem todos os anos associando mais tecnologia e investimento para melhores resultados
atualizado
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No universo da estética e dermatologia, os bioestimuladores de colágeno estão em alta e têm sido estudados por profissionais da saúde em todo o mundo. Apesar do nome “complicado”, o injetável tem uma função simples, mas primordial para quem quer “frear” o envelhecimento: é capaz de desencadear o aumento da produção de colágeno no organismo. Vale destacar que essa proteína dá estrutura, firmeza e elasticidade à pele.
De acordo com a dermatologista Cynthia Dias, os bioestimuladores de colágeno são substâncias que fazem a remodulação da cútis por meio da formação de novos colágenos, sendo eles do tipo 1 e do tipo 3.
“Essa é a principal proteína estrutural da nossa pele, e pode ser encontrada naturalmente no organismo. Ele é responsável por mantê-la firme e contribui para a sua elasticidade e resistência. No entanto, após os 30 anos de idade, o corpo reduz essa produção em 1% ao ano”, afirma.
“A síntese de colágeno novo tem início quatro semanas após a aplicação. Um maior estímulo é observado após quatro meses e, uma estabilidade, no período de nove meses”, conta a médica.
Embora os bioestimuladores estejam no mercado há mais de 15 anos, novas marcas surgem todos os anos associando mais tecnologia e investimento para melhores resultados, conforme pontua a especialista.
Tipos de bioestimuladores de colágeno
Existem vários tipos de bioestimuladores de colágeno no mercado. Segundo Cynthia, eles se diferem, principalmente, pela composição e densidade. Os mais conhecidos são o Radiesse, Sculptra, Ellansé e Elleva.
No Radiesse, estão presentes dois componentes, as microesferas de hidroxiapatita de cálcio e o gel de carboximetilculose. “Eles proporcionam resultados significativos após três semanas da aplicação, e tem efeitos de longa duração, uma vez que estimula a produção de colágeno no organismo”, comenta.
O Sculptra utiliza o ácido poli-L-láctico (PLLA). Após a aplicação, ele estimula a produção de colágeno na região tratada, aumentando em até 66,5%.
A fórmula do Ellansé, por sua vez, possui uma substância chamada policaprolactona, presente na forma de microesferas e que estimula a produção de colágeno tipo 1.
Por fim, o Elleva é composto por um polímero sintético de ácido poli-L-láctico (PLLA) totalmente biocompatível e biodegradável, que proporciona reconstituição rápida e suspensão 100% homogênea.
Qual escolher?
Cynthia Dias comenta que as opções dependem do tipo de paciente. “Alguns fatores são de grande influência como: o formato do rosto, a região onde será aplicado, se ele precisará de um efeito preenchedor ou mais bioestimulador”, fundamenta.
Média de sessões
Ainda, em relação ao número de aplicações, ela responde que quanto mais bioestímulos forem feitos na área do corpo, melhor. “Em alguns protocolos, fazemos um tratamento de três meses (três sessões), uma ampola por mês, e depois mantemos com uma sessão anual”, compartilha a dermatologista.
Áreas de aplicação
De acordo com a profissional, qualquer região do corpo que tenha flacidez pode receber o tratamento, como abdômen, interno de coxa, joelho, face, região íntima e pescoço, entre outras.
Contraindicações
Cynthia destaca que os bioestimuladores de colágeno são contraindicados em casos de presença de inflamação ou infecção aguda e/ou crônica no local a ser tratado, como também em pacientes com predisposição a desenvolver inflamações dermatológicas ou em pacientes com tendência a cicatrizes hipertróficas.
O procedimento não é recomendado na presença de corpos estranhos, tais como silicone e outras partículas, além de gravidez e algumas doenças autoimunes.
Duração dos resultados
Segundo a médica, a durabilidade do tratamento é de, em média, 18 meses.
Novidade para as áreas do pescoço e colo
Já se sabe cientificamente que tratamentos combinados com outras tecnologias ou equipamentos enriquecem os resultados. No caso do bioestimulador de colágeno, se associado ao ácido hialurônico e à toxina botulínica, dois injetáveis poderosos no ramo da beleza e estética, temos um protocolo incrível para combater a flacidez na região do pescoço e do colo.
O protocolo Neck Gold, com a Diamond Technique, é uma técnica nova criada pelo cirurgião plástico Arthur Swift com a aplicação mesclada das substâncias de uma ampola de ácido hialurônico, uma de bioestimulador de colágeno e toxina botulínica.
“A combinação de ácido hialurônico e a hidroxopatita de cálcio [bioestimulador] potencializam a capacidade do ácido hialurônico de induzir a neocolagênese [formação de um novo colágeno], tendo como resultado a melhora do estímulo de colágeno, mais hidratação e volumização, fazendo o Skin Tightening e lifting da região”, diz Cynthia.
A médica conta que o protocolo consiste, geralmente, em duas sessões com um espaço de 30 dias entre elas.
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