Berna Reale recebe convidados em coquetel de abertura da mostra Ruídos
Ao lado do curador Silas Martí, a artista paraense Berna Reale recebeu artistas e admiradores em coquetel no Centro Cultural Banco do Brasil
atualizado
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De longe, cores saturadas e vibrantes chamam a atenção. De perto, o conteúdo dos trabalhos da artista paraense Berna Reale levam à reflexão pelo conteúdo denso e provocativo. Uma quebra proposital na harmonia do olhar. Nessa segunda-feira (15/1), ao lado do curador Silas Martí, Berna recebeu convidados para a abertura da exposição Ruídos, no Centro Cultural Banco do Brasil.
Na ocasião, cercada por artistas e admiradores, Berna destacou o papel da arte como um vetor social e não particular. “Sempre falo que a arte e a filosofia são as únicas formas capazes de deslocar, de fazer você refletir. Se eu conseguir fazer com que as pessoas que venham aqui reflitam um pouco do quanto essas questões que trabalho são urgentes, eu já vou ficar bastante feliz”, comentou à Coluna Claudia Meireles.
As obras da paraense discutem a condição humana diante da desigualdade de gênero, econômica e social e da violência. No centro dos trabalhos estão os grupos mais vulneráveis, como mulheres, moradores das periferias e populações carcerárias. A mostra apresenta um recorte da produção da artista de 2009 a 2023, e reúne trabalhos que englobam fotografia, objetos, performance, pintura e vídeo.
“Lidamos com uma limitação de espaço, porque não dava para fazer uma retrospectiva e acho que não era o caso de saturar demais, porque cansa e você não consegue ver direito o trabalho. Escolhemos obras que fizessem sentido dentro da trajetória dela”, explicou o curador Silas Martí.
Silas pontuou que a curadoria tem como base os pilares do público e do privado e da fricção. “Sempre vai existir uma espécie de sedução, porque a superfície dos trabalhos é sempre reluzente, com cores chamativas, uma escala de cor saturada, berrante. Isso é proposital, porque ela trabalha com esse elemento de sedução quase publicitário, só que o conteúdo da obra é totalmente contrário. Existe sempre esse jogo de atritos”.
Além de trabalhos icônicos da artista, a exposição, que ocupa a Galeria 3 do centro cultural, apresenta uma obra inédita. “Quem conhece meu trabalho vai poder ver de uma outra maneira e quem ainda não conhece vai sentir o meu interesse pelas questões sociais”, afirmou Berna.
O coquetel de abertura da exposição Ruídos contou com a presença de muitos artistas, curadores e colecionadores da capital federal, além de convidados e admiradores. Enquanto trocavam figurinhas e aguardavam para conhecer os trabalhos em si, os presentes desfrutaram de um buffet delicioso, com direito a miniempratados e coquetel volante com espumante e vinhos.
Veja os cliques de Matheus Veloso:
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