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Bella Linschoten: conheça brasiliense prodígio do vôlei brasileiro

Brasiliense de 16 anos, Bella recebeu recentemente o prêmio de melhor jogadora de vôlei do Campeonato Brasileiro de Seleções (CBS)

atualizado

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@bella.linschoten/Instagram/Reprodução
Bella Linschoten_1
1 de 1 Bella Linschoten_1 - Foto: @bella.linschoten/Instagram/Reprodução

“O sonho de todo atleta é vencer os Jogos Olímpicos”. O objetivo está no topo da lista de desejos da jogadora de volêi Isabella van Linschoten, ou melhor, Bella. Jovens prodígios, ela e a equipe deram tudo de si atrás da rede no último sábado (25/3), quando foi realizada a final do Campeonato Brasileiro de Seleções (CBS).

O resultado de tanto esforço foi a conquista do título inédito para a capital federal. Por conta da vitória, as guerreiras venceram a Primeira Divisão e levaram o time para a categoria Especial.

Com 16 anos, Bella não subiu apenas ao lugar mais alto do pódio. Dona de passes, levantamentos e ataques certeiros, a brasiliense recebeu merecidamente o prêmio de melhor jogadora da competição na posição de central. Ao se deparar com o talento e ver tamanha dedicação da jovem dentro e fora das partidas, a Coluna Claudia Meireles resolveu bater um papo com a futura medalhista olímpica (desde já, na torcida).

As campeãs do DF comemoram a vitória

História

Estudante do terceiro ano do ensino médio, Bella deu os primeiros passos em uma quadra de vôlei em 2019. Ela começou a treinar no time da antiga escola, o Colégio Presbiteriano Mackenzie. “Ao mesmo tempo, eu estava treinando vôlei de areia no projeto NCT, em Brasília”.

Quanto mais se aprimorava, mais a adolescente criava uma empolgação pelo esporte. Entretanto, a pandemia do coronavírus interrompeu os seus planos, e ela ficou parada durante um ano e meio.

A atleta beija a medalha de ouro do CBS

Com saudades de se movimentar atrás das redes, Bella voltou a treinar na primeira oportunidade, em setembro de 2021. Ela decidiu se preparar no Iate Clube de Brasília. Após alguns meses, trocou de escola esportiva e ir para o Clube Nipo, com o auxílio do técnico Massato Taira. “Por lá, eu comecei a jogar meus primeiros campeonatos. Depois, passei a competir pelo Iate”.

Triunfo

Bella descreve a conquista do Campeonato Brasileiro de Seleções como “surreal”. “Aquele momento em que tudo para, seu coração fica acelerado, a respiração fica ofegante e você esquece de todo o resto mundo”, destaca.

O time do DF venceu a equipe de Pernambuco, segundo colocado do CBS

Embora saiba do próprio potencial, a estudante acredita que a “receita” da vitória está “na união de todas as meninas”. “Só veio graças a isso. O grupo estava muito unido e determinado, sem vaidades e individualismo”, frisa.

“Todas estavam com o objetivo de trazer esse título tão sonhado e inédito para o DF”, garante Bella Linschoten.

Rotina

Integrante da seleção sub-18 feminina do DF, a brasiliense também é atleta do Colégio Nossa Senhora de Fátima, instituição em que estuda atualmente. Nas segundas, quartas e sextas-feiras, Bella almoça na escola ao término das aulas e, depois, segue para exercitar a parte física.

Vibração de Bella em quadra

No período vespertino, ela treina com bola e à noite, é hora de se juntar com a trupe de campeãs do Campeonato Brasileiro de Seleções.

Nos outros dias da semana, a rotina da jovem prodígio muda um pouco. Às terças e quintas-feiras, após o treino na instituição de ensino, Bella faz um complemento na academia com musculação, ioga, funcional e alongamentos. Como a vida de atleta requer esforço e renúncia, a adolescente se exercita aos fins de semana. “Apenas a parte física”, pondera.

Bella entre as amigas da trupe de guerreiras e vitoriosas

Desafios

Ao longo da entrevista, Bella deu detalhes da vida que decidiu ter. Ela sente na pele os sacrifícios que precisa fazer para ser considerada a melhor jogadora de uma competição. As recompensas vêm com vitórias, medalhas e pódios. “Para ser atleta, é necessário abrir mão de muitas coisas, tais como festas e vida social. A parte mais difícil com certeza está em conciliar os estudos com os treinos”, relata.

“Ser atleta não é apenas treinar! Vivemos um novo estilo de vida relacionado com se come no dia a dia, quantas horas de sono têm por noite, como cuida do próprio corpo, quantas vezes por semana exercita a parte física”, elenca Bella.

Entre tantos desafios, ela avalia as lesões como o maior de todos os obstáculos: “O curto período que temos para nos recuperarmos”.

Daniella e Isabella celebram a conquista

Inspirações

A jovem brasiliense tem dois ícones do vôlei brasileiro como inspiração. A primeira é Ana Carolina da Silva, mais conhecida como Carolana: “Ela é uma atleta com o porte físico muito parecido com o meu, sendo tecnicamente baixa para a sua posição. Além disso, detém o título de melhor central do mundo”. Bella também mencionou o nome de Carol Gattaz, primeira brasileira a ser medalhista olímpica com 41 anos.

“Exemplo de perseverança e nunca desistiu de seus sonhos”, defende Bella a respeito de Carol Gattaz. A aspiração do jovem prodígio brasiliense é ir para os Estados Unidos para estudar gastronomia e jogar na liga universitária de uma instituição de ensino superior. “Quero conciliar minha graduação com o esporte”, atesta.

Ela almeja conquistar ouro em alguma olimpíada. “Tenho total consciência de como é difícil. Uma oportunidade que poucos têm”, finaliza.

Momento de festa da equipe na praia

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