A primeira entrevista concedida por Harry e Meghan Markle desde que eles abdicaram aos cargos no alto escalão da realeza deixou grandes fissuras na história da Coroa britânica. O casal conversou com a apresentadora Oprah Winfrey, em março. A partir de então, voltou a aparecer em frente às câmeras e fazer declarações polêmicas a respeito da família real. O Palácio de Buckingham costumava ficar em silêncio diante das alegações; esse comportamento, porém, deverá mudar, segundo revelou o The Mail on Sunday.

Conforme publicou o tabloide, a rainha não permanecerá mais calada quando os duques de Sussex falarem publicamente “inverdades” sobre a família real. A monarca seguia o lema “nunca reclame, nunca explique”, mas instruiu os colaboradores do Palácio de Buckingham a corrigirem as declarações feitas pelo casal que tenha alterado suas conversas privadas ou de outros integrantes seniores da realeza.

Na avaliação do The Mail on Sunday, o movimento demonstra a “fúria” de Elizabeth II diante da conduta implacável e midiática dos aliados dos duques de Sussex. O motivo para dar o basta foi a polêmica em torno da escolha do nome da segunda filha do casal. Harry e Meghan batizaram a menina de Lilibet Diana. Um informante próximo da soberana confessou que o último episódio de injúrias levou a rainha “ao limite”.

Entenda

De acordo com o The Mail on Sunday, a rixa começou quando jornalistas dos Estados Unidos favorecidos por apoiadores de Meghan e Harry contaram que o casal Sussex havia “pedido permissão” à rainha para nomear a filha de Lilibet. O nome era o apelido de infância de Elizabeth II, sendo usado apenas por alguns parentes, como a irmã, a princesa Margaret, e o marido, o príncipe Philip.

Ao contrário do que foi noticiado pela imprensa norte-americana, um informante do Palácio de Buckingham contou que Harry chegou a conversar com a avó, a rainha Elizabeth, sobre o nome da criança em tom de “revelação, não de pergunta”. A informação atesta uma reportagem publicada pela BBC, na semana passada, a respeito do assunto. Segundo um mensageiro da Coroa britânica, o duque de Sussex não perguntou à monarca se tinha alguma objeção à escolha do nome.

Ao saberem do teor da reportagem da BBC, Harry e Meghan instruíram um porta-voz a contestar a história publicamente: “O duque [de Sussex] falou com a família antes do anúncio. Na verdade, sua avó foi o primeiro membro a quem ligou. Durante essa conversa, ele compartilhou a esperança de nomear a filha Lilibet em sua homenagem. Se ela não tivesse apoiado, eles não teriam usado o nome”.

O informante do The Mail on Sunday confessou que a rainha desejava responder ao tsunami midiático criado pelos aliados do duque de Sussex antes do capítulo de Lilibet Diana. A polêmica em torno do nome, contudo, ultrapassou os limites. “Trata-se de mostrar se o que está sendo relatado é ou não uma versão precisa do que realmente aconteceu”, destacou a fonte. Editora do portal Royal Mail, Rebecca English fez uma análise das recentes bombas lançadas sobre a família real.

Análise

Em entrevista ao Mail Online’s Palace Confidential, English defendeu que a discordância entre as informações do colaborador do Palácio de Buckingham e a reclamação do porta-voz dos duques de Sussex evidencia a resistência da Coroa britânica. “Essa observação desencadeou uma tempestade de fogo e mostrou que a família real está enfrentando o casal na Califórnia”. Ela completou: “Absolutamente, é realmente significativo”.

A especialista real chegou a questionar o Palácio de Buckingham sobre a publicação da BBC em torno do nome de Lilibet e se surpreendeu: “Quando perguntei, ninguém estava derrubando ou discordando do que a BBC tinha dito, o que adiciona credibilidade à reportagem. A BBC está absolutamente de acordo com sua história. Quem sabe se isso vai acabar?”.

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