“De tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”. Essa máxima, de autoria de um dos intelectuais mais importantes da história do país, Ruy Barbosa, integra a sua marcante trajetória como jurista.

Considerado o patrono do Senado, o também diplomata, político, tradutor e jornalista dedicou 55 anos, de todos os seus 73, à vida pública. Nascido em 5 de novembro de 1849, em Salvador (BA), o advogado defensor da democracia atuou bravamente até seu último dia de vida, 1º de março de 1923.

Como forma de reconhecimento e reflexão, o Senado Federal realizou uma sessão solene, na última quarta-feira (1º/3), às 10h, a fim de homenagear o centenário de morte da figura política brasileira. À noite, o jornalista e advogado Miguel Matos, editor do site Migalhas, recepcionou um coquetel de lançamento de três obras literárias que dizem respeito ao jurista. O relações-públicas Tiago Correia ficou responsável pela organização do evento.

Os livros registram, de modo imorredouro, os 100 anos sem Ruy. O volume I das Migalhas de Rui Barbosa, tem apresentação do presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti. Já o volume II, inédito, conta com prefácio assinado pelo presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco. Ambas as publicações reúnem centenas de aforismos do político, colhidos em seus incontáveis trabalhos. A organização e a seleção de frases ficou a cargo de Miguel Matos.

“É fundamentalmente importante lembrar do centenário de morte de Ruy Barbosa, um dos maiores brasileiros que nós tivemos. Essa é uma homenagem singela, porém significativa, com as lições e os ideais dele. Estou feliz de participar disso junto de tantos colegas”, afirma Rodrigo Pacheco à Coluna Claudia Meireles.

Ruy Barbosa – O Advogado da Federação e da República foi outro título lançado na mesma ocasião, sob autoria do ex-bâtonnier da advocacia, Marcus Vinicius Furtado Coêlho.

De acordo com Miguel Matos, a ideia do desenvolvimento das obras literárias é tornar Ruy Barbosa, que, segundo ele, é uma figura histórica, um pouco mais acessível para a atualidade. “Como os textos, às vezes, são um pouco rebuscados, mas ele trata de assuntos factuais, foi preciso separar pequenos trechos para as pessoas terem vontade de conhecer mais”, fala o idealizador.

“É muito interessante você ter um personagem histórico brasileiro que, depois de 100 anos de sua morte, continue sendo tão reverenciado”, diz o advogado e jornalista.

Nomes do judiciário, além de renomados advogados, estiveram em peso no coquetel de lançamento, entre eles o ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes; os ministros do STF Ricardo Lewandowski e Luiz Fux; os ministros do STJ Antonio Carlos Ferreira, Luis Felipe Salomão, Humberto Martins, Assusete Magalhães, Sebastião Reis Jr., João Otávio de Noronha, Villas Bôas Cueva, Moura Ribeiro e Marco Buzzi; a ministra do TSE Maria Claudia Bucchianeri; a ministra do TST Delaíde Miranda Arantes, o ex-ministro do TSE Fernando Neves e o ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence.

Veja como foi:

Serviço
Organização: Tiago Correia
Buffet: Renata La Porta
Decoração: Robinho Lemos

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