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Atenção, viajantes! 17 países estão sob alerta de vírus perigosos

A infectologista Joana D’arc revelou os cuidados necessários para se proteger dos surtos de vírus durante as férias

atualizado

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1 de 1 Foto colorida - mulher viajando - Foto: Getty Images

Na hora de planejar as férias de fim de ano, o que não faltam são listas e roteiros para garantir que nenhum perrengue aconteça durante a viagem. Além dos cuidados sobre o que levar e como curtir o destino, a saúde dos turistas é um assunto que demanda atenção redobrada, sobretudo por conta do fluxo crescente de voos nacionais e internacionais e da preocupação mundial quanto ao enfrentamento de uma nova pandemia, a exemplo do vírus da Covid.

Pensando em garantir a segurança dos viajantes, o site Travel Health Pro, criado pelo Departamento de Saúde do Reino Unido, realizou uma série de postagens alertando sobre os riscos de contágio por vírus como oroupoche (OROV), mpox e marburg, em mais de 17 países do globo.

Vírus: saiba como se proteger durante as viagens

Para entender os cuidados necessários na hora de viajar, desde a escolha do destino até o retorno para casa, a coluna ouviu a infectologista Joana D’arc. De acordo com a especialista, o primeiro passo para ter uma viagem tranquila é buscar orientações sobre o local.

 “Sabemos que todo mundo gosta de viajar, e não é preciso parar de se divertir por medo de contágio por vírus. O ideal é que as pessoas se informem sobre como se prevenir de doenças. É preciso verificar as medidas não farmacológicas, como uso de repelentes, roupas adequadas e supervisão de alimentos, e verificar as vacinas disponíveis, como a da mpox, por exemplo”, indica Joana D’arc.

As postagens do site britânico pedem que os turistas tenham maior prudência na hora de embarcar para ao menos 17 países que estão sob alerta de surtos de vírus. Confira quais entraram na lista do Travel Health Pro!

América Central e do Sul e no Caribe

bandeira do brasil no Corcovado, Rio de Janeiro
Brasil está entre os países com alerta para contaminação do vírus oropouche

De acordo com o Travel Health Pro, o Brasil figura como um dos países que mais preocupam o serviço de saúde britânica. De acordo com os dados obtidos pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o vírus oroupoche (OROV), que se hospeda especialmente em mosquitos, tem sido encontrado com maior incidência na América Central, na América do Sul e no Caribe.

Em 2024, foram relatados 10.275 casos confirmados na região das Américas. Quando se trata de casos de óbitos, o Ministério da Saúde do Brasil relatou duas mortes pela doença em julho deste ano.

Países da África

República Democrática do Congo
República Democrática do Congo

Em agosto deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que países do continente africano apresentavam números expressivos de casos de mpox, doença causada pelo vírus MPXV, transmitida de animais para humanos.

O vírus tem dois ramos diferentes, conhecidos como clado I mpox e clado II mpox. Antes de 2024, o clade I mpox havia sido relatado apenas em cinco países da África Central. No entanto, casos recentes na África Central e Oriental tornaram os dados ainda mais alarmantes e o vírus atingiu um maior alcance geográfico, aumentando o risco de disseminação da doença.

Os sintomas comuns da mpox incluem uma erupção cutânea que pode durar de duas a quatro semanas. Além disso, o corpo pode ter reações como febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, baixa energia e o inchaço nas glândulas linfáticas.

Ruanda

Ruanda
Ruanda

Quando se trata do vírus marburg (MVD), a região com maior número de casos é Ruanda, um país localizado na África Oriental. Segundo informações do site Travel Health Pro, em outubro deste ano foram registrados 58 casos confirmados, incluindo 13 mortes pela doença. A forma de transmissão do vírus marburg (MVD) acontece por meio de um hospedeiro, o morcego frugívoro.

Em relação aos sintomas, as pessoas infectadas pelo vírus podem apresentar febre alta, dor de cabeça intensa, dores musculares, diarreia intensa, dor abdominal, cólicas, náusea e vômito.

Cuidados na hora de voltar para casa

A infectologista Joana D’Arc revela que não é preciso excluir esses países da lista de viagens a serem programadas, mas é preciso estar atento e vigilante quanto aos sintomas antes de embarcar ou retornar para o país ou cidade de origem.

“Quando o indivíduo se infecta, o agente causador começa a se replicar e a pessoa pode transmitir a doença por meio de contato com secreções, fluidos corporais, espirros, relação sexual, entre outros”, comenta.

A especialista argumenta que o deslocamento de pessoas infectadas de regiões endêmicas, antes de apresentarem sintomas (período de incubação), pode contribuir para a disseminação de enfermidades.

Para saber mais, siga o perfil de Vida&Estilo no Instagram.

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