“As pessoas não vivem o momento, só querem postar” diz Paolla Oliveira
Atriz será Vivi Guedes na próxima novela das 21h da TV Globo. Ao Metrópoles, ela conta como tem absorvido o universo da internet
atualizado
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Rio de Janeiro – Aos 37 anos, Paolla Oliveira terá pela frente mais um desafio em sua carreira. Ela será Vivi Guedes em A Dona do Pedaço, próxima novela das 21h da TV Globo, escrita por Walcyr Carrasco.
Na trama, a personagem é separada da mãe, Zenaide (Maeve Jinkings), ainda na infância. Após ser adotada por Otávio (José de Abreu) e Beatriz (Natália do Vale), ela deixa o Espírito Santo e vai para São Paulo, onde se torna a maior digital influencer do país.
Confira a entrevista que Paolla deu ao Metrópoles, na qual falou sobre sua personagem, a relação com a internet e suas conquistas.
Você mudou o visual para a personagem. Qual a importância disso?
Toda vez que vou começar um trabalho novo, tento incorporar algo da personagem. Essas mudanças fazem parte de um quebra-cabeça criativo que dará vida a Vivi Guedes.
O que você pode falar sobre a Vivi?
A novela começa com o gancho de uma história de amor. Aí há ruptura do tempo e entramos na época atual, com a loucura que é essa modernidade cheia de digital influencers. Eu estarei com a Monica Iozzi e a Agatha Moreira nesse núcleo.
Provavelmente, Vivi terá um Instagram de verdade. Eu acho muito legal essa ideia da personagem interativa, que lida com a internet e, ao mesmo tempo, a televisão. Ela tem um bom caráter, é divertida e um pouco manhosa. Peguei um pouquinho da personalidade de cada digital influencer que vi por aí. Sinto que ela tem uma autenticidade própria. Vamos ver o que vai sair.
Você pode falar sobre algo que já gravou?
O que posso compartilhar é que minha primeira cena será no programa Encontro com Fátima Bernardes. Vivi Guedes foi convidada para estar lá ao lado de Camila Coutinho e Dudu Bertholini, dois nomes que falam sobre moda. Tem isso também: ela é muito fashionista.
Você acaba sendo uma influencer nas redes sociais. Também se sente assim ou prefere ser vista como artista?
Descobri um lugar nas minhas redes que não me agride, não me ofende, não me indispõe e, ao mesmo tempo, me deixa feliz ao compartilhar com meus seguidores. É preciso se comunicar pela internet e se sentir à vontade.
Gosto de postar feitos de mulheres e homens, de colocar minhas posições de uma maneira não agressiva, de forma positiva. Curto levar autoestima e coisas legais às pessoas.
Eu tenho seguido o mundo fashion e fico impressionada em ver uma pessoa de fora da TV com 8 milhões de seguidores! A gente tem que tirar o chapéu para ela. Há várias meninas que realmente são cases de sucesso na internet.
É viciada em celular ou consegue se controlar?
Um dia desses me perguntaram se eu conseguiria ficar uma semana sem telefone. É um período grande, mas acho que a gente tem que viver as coisas. Chegamos em uma época em que a gente percebe que as pessoas não vivem o momento, estão se preocupando só em filmar, fotografar e postar.
Eu vivo e gosto de viver. Prefiro tirar uma foto legal e postar depois. Não sou muito de postar na hora, de marcar localização
Paola Oliveira
Às vezes, a gente está perdendo uma boa conversa porque está no telefone, mas confesso que ando mais conectada, talvez por conta da Vivi.
Você administra suas próprias redes sociais?
Tudo o que passa nas minhas redes sou eu que vejo. Mas tenho uma pessoa que ajuda, principalmente com a parte burocrática da coisa, que é a marcação de pessoas ou se teve uma legenda que não deu para entender direito.
Sua história é meio A Dona do Pedaço se pegarmos desde o início. Uma mulher forte, empoderada. Como é isso para você?
Fico emocionada. A gente vai vivendo e, às vezes, se esquece de olhar para trás, para as batalhas, as conquistas. Normalmente, faço esse exercício de olhar para o passado e dizer que fui uma mulher que batalhou. Me considero uma pessoa que conquistou o “seu pedaço”. Do meu pedaço, eu sou dona! (Risos).
Como você define a personalidade da sua personagem?
Eu não tenho muita coisa sobre ela ainda, mas posso dizer que tem um caráter bom. A Vivi é adotada e muito segura. É divertida e acho que o humor também resolve muita coisa. Vamos ver para onde vai essa mulher.
Você vai ser dirigida por Amora Mautner. Como é ter esse olhar feminino na direção?
Eu já estive com a Amora em outros projetos, como em Cama de Gato, na qual vivi minha primeira vilã em em Assédio. Devo muito a ela. É uma pessoa inteligente, cheia de energia.
Você se curte mais loira ou morena?
Eu adoro mudar. Essa personagem vai ser muito legal porque tenho a possibilidade de me transformar, fazer sessões de fotos com perucas, ter várias inspirações.