Após perder títulos, príncipe Andrew deve sair de mansão de 31 quartos
Mãe de Andrew, a rainha Elizabeth retirou os patrocínios reais e os títulos militares do príncipe, acusado de abuso sexual
atualizado
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Na quinta-feira (13/1), o Palácio de Buckingham anunciou que o príncipe Andrew perdeu os patrocínios reais e os títulos militares. As denominações foram devolvidas à rainha Elizabeth II. Ao que tudo indica, não apenas os status serão retirados do duque de York. Segundo o portal Express, o filho da soberana deverá se mudar da Royal Lodge, casa onde mora, dentro da propriedade da mãe, em Windsor, além de ter de pagar pela própria segurança.
A mídia especula que o duque desocupará a mansão de 31 quartos a fim de reduzir despesas. Em 2003, ele assinou um acordo de arrendamento de 75 anos para o casarão por uma taxa única de 1 milhão de libras para o Crown State, empresa que cuida das propriedades da monarca. O valor chega a R$ 7,6 milhões, em cotação atual. Por semana, Andrew terá de desembolsar 250 libras, o mesmo que R$ 1,9 mil.
Nos moldes de um castelo, a casa é composta por 31 quartos. Pelos cálculos do Express, o casarão vale em torno de 30 milhões de libras, o equivalente a R$ 227 milhões. Batizada de Royal Lodge, a mansão está distante apenas 5 km do Castelo de Windsor, lugar onde a rainha Elizabeth passou as comemorações natalinas. Antes de Andrew se fixar na propriedade, o local era ocupado pela rainha-mãe, Elizabeth Bowes-Lyon.
Enquanto viveu na mansão, o príncipe gastou 7,5 milhões de libras em reformas. Em uma das mudanças, ele solicitou que a casa tivesse uma piscina coberta. As filhas de Andrew, princesas Beatrice e Eugenie, chegaram a viver na propriedade ao longo da adolescência. Conforme anunciou o portal britânico, o duque de York não mora sozinho na espaçosa residência real.
O portal Express sustenta a tese de que o príncipe Andrew divide a mansão com a ex-esposa, Sarah Ferguson. Com tanto espaço, o ex-casal ocupa alas separadas da propriedade de 31 quartos. Eles se separaram em 1996 e, no ano passado, reaproximaram-se. Em setembro, fontes próximas disseram à revista Vanity Fair que os dois pensavam em se casar novamente. Ele é acusado de abuso sexual.
Segurança
Em entrevista ao Daily Mail, um ex-chef da proteção da Coroa explicou que “eventualmente” o príncipe Andrew terá de pagar pela própria segurança, após perder os títulos reais. Como integrante da realeza, ele recebia proteção 24 horas por dia da Scotland Yard. O privilégio custava anualmente em torno de 2 milhões de libras, o mesmo que R$ 15 milhões. Se ele continuar a ter proteção particular, será com base no nível de ameaça que enfrenta.
Entenda o escândalo
Considerado o filho favorito da rainha, Andrew se afastou da vida pública em 2019, após ser acusado de abusar sexualmente de Virginia Giuffre, uma das vítimas do pedófilo e explorador Jeffrey Epstein. À época, ela tinha 17 anos e foi forçada a fazer sexo com o duque de York por três vezes, segundo a denúncia. Nos últimos meses, o caso tomou grandes proporções e o príncipe responde por um processo na Justiça norte-americana.
Diante da pressão de oficiais veteranos, a rainha tomou a atitude de retirar as afiliações do filho. Conforme comunicado, o duque de York deixará de usar a denominação Sua Alteza Real em caráter oficial e defenderá o caso de abuso sexual como “cidadão privado”. Segundo a imprensa, o irmão e o sobrinho de Andrew, os príncipes Charles e William, respectivamente, estão envolvidos na decisão de Elizabeth de remover os títulos reais.
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