Após gêmeo morrer de Covid-19, Felipe Cuiabano não resiste à doença
Mãe de Fábio e Felipe, Clotilde Cuiabano Barbosa também foi diagnosticada com o novo coronavírus. O advogado deixa três filhos
atualizado
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Infelizmente, a história de gêmeos que não resistiram à Covid-19 se repete no Brasil. Desta vez, a tragédia ocorreu no Rio de Janeiro. No domingo (14/2), morreu em decorrência da doença o advogado Felipe Cuiabano, de 56 anos, irmão do “dermatologista das celebridades” Fábio Cuiabano. Os falecimentos dos dois ocorreram em um período de seis dias de diferença. Felipe estava internado na Casa de Saúde São José, localizada na zona sul da capital carioca. Informações sobre o velório não foram divulgadas pela família.
Hospitalizado desde 24 de dezembro, ele havia apresentado melhora no complicado quadro de saúde e, nos últimos dias, piorou. O advogado deixou três filhos, frutos de dois outros matrimônios. Mãe de Felipe e Fábio, Clotilde Cuiabano Barbosa também foi diagnosticada com o novo coronavírus. Mesmo com mais de 80 anos, ela conseguiu se curar da doença. Os irmãos descobriram estar infectados pelo novo coronavírus com um dia de diferença. Ambos não sabiam onde haviam se contaminado.
Planos frustrados
Dentre os planos do advogado Felipe Cuiabano, estava o de subir ao altar com o amor de adolescência, a corretora de imóveis Patrícia Galdeano. O destino tratou de cruzar o caminho dos dois, que desejavam casar ainda em este ano. Desde que se reencontraram, eles nunca mais se separaram, segundo amigos do casal.
No Facebook, amigos do advogado prestaram solidariedade à família Cuiabano. A missa de sétimo dia de Fábio está marcada para esta segunda-feira (15/2), às 18h30, com transmissão pelo Instagram. “Missa em homenagem ao meu amado Fábio Cuiabano. Meus profundos sentimentos à dona Clotilde e aos parentes, também pela perda do Felipe. Duro demais”, escreveu Renata Fraga.
“Tristeza. Menos de uma semana da morte do Fábio, morreu o seu irmão gêmeo, o advogado Felipe Cuiabano, que também foi vítima dessa maldita doença: a Covid-19. Solidariedade à mãe Clotilde. Meus Deus, muito triste mesmo. Descansem em paz, amigos, guerreiros e pessoas do bem”, publicou Waltinho Junior no Facebook.
Irmão gêmeo
Conhecido como o “dermatologista das celebridades”, Fábio Cuiabano ficou internado no hospital CopaStar, no bairro de Copacabana. Também internado desde dezembro, mais precisamente no dia 23, o médico morreu na segunda-feira (8/12). Formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), ele era um dos profissionais mais renomados do Rio e atendia os pacientes em um consultório homônimo em Ipanema. Na agenda lotada do especialista, constava o nome de Luana Piovani, de quem tornou-se amigo.
Além da dermatologia, Fábio mantinha outras paixões, como viagens, gastronomia e esportes. Em 2016, foi escolhido para carregar a tocha olímpica da Rio 2016. “Um dia muito especial para mim”, recordou, em uma postagem no Instagram. Ele também cultivava amizades verdadeiras, que, ao saberem da trágica notícia, fizeram questão de homenageá-lo nas redes sociais. Médicos lamentaram a morte e expressaram seu luto por meio de publicações.
Gêmeos
Não é a primeira vez que gêmeos morrem em decorrência da Covid-19. Em janeiro, os irmãos Joel e Joelson Peixoto não conseguiram vencer o novo coronavírus, que já matou mais de 238 mil brasileiros. Prestes a completar 74 anos em abril, os dois não resistiram à doença e faleceram com intervalo de uma semana. Eles moravam em Jardim, cidade do Mato Grosso do Sul. Enquanto Joel atuava como médico, o irmão Joelson era advogado. Ambos não sabiam como contraíram o vírus.
Outra história triste envolvendo gêmeos e a Covid-19 ocorreu em junho. O professor de português Júlio César dos Reis Martins, de 27 anos, morreu um dia antes de os filhos Bento e Theo nascerem. Diagnosticado com asma, ele ficou 20 dias internado até perder a batalha contra a doença. O caso aconteceu em Caridade, no interior do Ceará.
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