Antiga catedral e museu, Hagia Sophia volta a ser mesquita em Istambul
Com a decisão, o edifício deverá receber os primeiros fiéis muçulmanos a partir desta quarta-feira
atualizado
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Quem já viajou à Turquia certamente ficou encantado com as belezas de Hagia Sophia. Um dos principais pontos turísticos do país era, até então, um museu. Mas, nesta sexta-feira (10/7), o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, transformou o local novamente em um templo religioso.
Com a decisão, o edifício passa à condição de culto ao Islã e deverá receber os primeiros fiéis muçulmanos a partir desta quarta-feira (15/7). Hagia Sophia fica localizada no centro de Istambul.
“Foi decidido que a mesquita Hagia Sophia será colocada sob a administração da Diyanet (Autoridade de Assuntos Religiosos) e será reaberta às orações”, comunicou o presidente em um decreto. Erdogan está no poder desde 2003.
Símbolo da união entre o islã e o cristianismo, a obra arquitetônica foi construída no século 6 pelos bizantinos. Considerada a maior igreja do mundo até 1520, a catedral foi convertida em mesquita durante o Império Otomano e tornou-se um museu em 1934.
Em razão de Hagia Sophia ter o título de Patrimônio Mundial da Humanidade, a Unesco se pronunciou ao dizer que quaisquer mudanças no status do edifício devem ser revisadas pelo seu comitê. A decisão recebeu inúmeras críticas, principalmente do Chipre e da Grécia. Os representantes se manifestaram contrários ao veredito de Erdogan.
A data escolhida por Erdogan para o retorno dos fiéis ao espaço não foi escolhida por acaso. O dia 15 de julho marca o quarto aniversário de uma tentativa de golpe de Estado, ocorrida em 2016. Em 2019, Hagia Sophia recebeu mais de 3,8 milhões de turistas.
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