Aniversário de Brasília: veja 15 jovens que elevam o nome da capital
Brasília completa 64 anos neste domingo (21/4); a Coluna Claudia Meireles está de olho nos prodígios das novas gerações
atualizado
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Pioneiros, filhos trazidos pelos construtores e os primeiros nascidos em Brasília costumam protagonizar as manchetes no aniversário da cidade para compartilhar experiências vividas quando o quadradinho tinha poucos anos de inauguração. Passadas décadas, a capital federal completa 64 anos neste domingo (21/4) e a Coluna Claudia Meireles está de olho nos prodígios das novas gerações. Jovens personalidades têm levado o nome da aniversariante do dia para vários cantos do Brasil e até mundo afora.
Nas pistas de corrida, como estudante aprovado na Universidade de Harvard ou mesmo como grande revelação do pagode ou na área da Arquitetura e Design, Brasília soma talentos e, a cada ano, a lista só tende a aumentar.
Os prodígios, que engatinharam na capital federal, cresceram e sentem orgulho de poder mostrar o potencial da cidade por meio da profissão que escolheram. Com menos de 30 anos, esses jovens se destacam pela trajetória com poucos capítulos, mas já bem-sucedida.
A coluna montou um elenco formado por jovens talentosos que levam nas veias o “DNA brasiliense” e dispararam profissionalmente. Confira!
Pedro Clerot
Com apenas 17 anos, o piloto Pedro Clerot não perde a chance de acelerar nas pistas e elogiar Brasília. Quando questionado sobre qual cidade considera como casa, o jovem alega que a capital federal ocupa a pole position nesse quesito. Atualmente, ele mora em Milão, na Itália, e quando pode desembarca na terra natal. “É sempre gratificante poder levar Brasília a vários lugares”, reforça.
No ponto de vista do campeão da Fórmula 4 Brasil em 2022, a capital federal pode ser descrita como uma “grande família”. “Acaba que todo mundo se conhece. É amigo”, endossa. Pedro prosseguiu: “Toda vez que eu posso falar sobre Brasília, eu comento superbem”.
Até o momento, o piloto é o mais jovem vencedor de automobilismo no Brasil. Em 2021, o brasiliense conquistou o título da Fórmula Delta aos 14 anos.
Em 2023, o jovem recebeu o maior prêmio de automobilismo do Brasil, no caso, o Capacete de Ouro por ter realizado uma temporada excepcional. De 18 corridas disputadas na F4 Brasil, ele teve sete vitórias e 11 pódios. A capital federal tem uma tradição por emplacar pilotos em grandes torneios, a exemplo de Nelson Piquet e Felipe Nasr. Pedro Clerot já é um desses nomes, contudo, almeja crescer ainda mais para representar Brasília na Fórmula 1.
Luther Rocha
Aos 23 anos, o influenciador digital Luther Rocha, também conhecido como Puxo Roxo, ganhou destaque nas redes sociais por seus vídeos que levantam temáticas raciais importantes com humor.
O brasiliense começou a produzir conteúdo em 2020 e, atualmente, coleciona mais de 1,7 milhão de seguidores apenas no TikTok. “Eu me vejo como um jovem negro com a missão de falar sobre as pautas negras de uma maneira menos abruta, mais divertida e casual. Acho que abordar esses assuntos de forma descontraída me ajudou a conversar com a minha geração”, conta Luther.
“Eu percebi que muitos jovens negros se identificavam com meu conteúdo e, como eu vivi muita violência pela minha cor, encontrei uma forma de ajudar e influenciar as novas gerações a enfrentarem essa repressão”, diz Luther.
Vitória Mesquita
Aos 25 anos, a jovem brasiliense Vitória Mesquita ostenta uma série de realizações impressionantes. Com uma base de seguidores no Instagram que ultrapassa os 400 mil, Viti, como prefere ser chamada, tem a capital federal como o principal cenário para compartilhar sua vida, interesses e, especialmente, produzir conteúdos que desmistificam os preconceitos relacionados à síndrome de Down.
Repleta de atributos, Viti é fotógrafa, influenciadora, escritora e ativista. Em dezembro de 2023, a influenciadora se destacou como uma das mulheres mais influentes do ano e estampou a capa da revista Elle, sendo a primeira pessoa com síndrome de Down, em nível global, a estar nessa posição.
Para a coluna, Viti contou sua carreira profissional só se tornou realidade em 2021, durante a pandemia. “O ponto de virada da minha carreira foi logo no começo, quando eu lancei uma campanha chamada #AtualizaGoogle. Eu pedi para meus seguidores me ajudarem a fazer com que o Google corrigisse o significado de Síndrome de Down que a plataforma mostrava, e deu certo”, comemora.
Antonio Aversa
Aos 22 anos, o jovem brasiliense Antonio Aversa é um dos nomes de destaque no cenário da arte da capital da República, estando envolvido sempre com exposições, galerias e antiquários pela cidade.
Seu avô, o engenheiro Salvador Aversa, criou uma coleção de arte assinada por nada menos que Roberto Burle Marx, Athos Bulcão, Rubem Valentim, Bruno Giorgio, Alfredo Ceschiatti, entre outros. Já o pai de Antonio, o arquiteto e artista plástico Paulino Aversa, seguiu um caminho semelhante. Ele expressa todo o dom que tem por meio de desenhos.
Não há dúvidas de que o universo artístico está no DNA de Antonio Aversa. Aos 16 anos, ele abriu sua primeira galeria/antiquário. O brasiliense é, ainda, curador da famosa Feira de Antiguidades do Centro Comercial Gilberto Salomão. O próximo passo é inaugurar, no mês de julho, uma galeria de arte moderna e contemporânea focada em mobiliário de design situada em um prédio icônico da cidade próximo à Esplanada.
“Brasília é o meu lar. Eu fico muito feliz que a minha família fez parte da construção da cidade, sempre voltada à arte. O que mais me encanta é a forma como ela foi projetada e como o sonho de Juscelino Kubitschek, de Lúcio Costa e de Niemeyer se realizou. O que mais me encanta, também, são as obras de arte, os monumentos a céu aberto”, diz Antonio.
Julia Bastos
Aos 25 anos, a brasiliense Julia Bastos, formada em moda, conquistou reconhecimento nacional pelos conteúdos publicados nas redes sociais, principalmente no Instagram e no TikTok. A influenciadora começou a trabalhar profissionalmente com as redes sociais no final de 2021 e, além de ter alcançado muitos seguidores, recebeu o conhecimento de grandes marcas e de outras pessoas da área.
“Consegui trabalhar e alcançar muitas marcas com que sempre sonhei, mas ainda quero crescer cada vez mais e me profissionalizar em relação a internet”, diz, à coluna.
A influencer conta que a família é toda brasiliense e que sempre se inspirou na ambição deles. Apesar de não morar atualmente na capital, Júlia ainda se sente em casa e sente que, na cidade, encontra “paz” e “aconchego” que não tem em outros lugares.
Menos é Mais
Formado por Duzão, 27 anos, Gustavo Goes, 30 anos, Paulinho Félix, 31 anos, e Ramon Alvarenga, 34 anos, o Grupo Menos é Mais se tornou um fenômeno no Brasil inteiro. Os pagodeiros brasilienses formaram a banda há apenas 8 anos ensão um dos principais nomes do pagode do Brasil. No rol de conquistas, entram músicas em parceria com Marília Mendonça, Anitta, João Gomes e Luísa Sonza.
“A gente brinca que nem nos nossos maiores sonhos imaginaria estar vivendo o que a gente vivemos hoje. Tocamos no Brasil inteiro, fizemos shows na Europa e nos Estados Unidos. Fizemos um DVD grandiosíssimo aqui na capital, temos músicas entre as mais tocadas do Brasil e milhares pessoas vão aos nossos shows”, celebram.
De acordo com eles, o amor dos brasilienses pelo pagode foi crucial para que eles decolassem em um meio que era nichado no eixo Rio e São Paulo. “Ser um grupo de Brasília fortaleceu, fez com que a gente chegasse até aqui e temos muito orgulho da nossa trajetória. Mesmo sendo um grupo recente, temos uma história rica em tão pouco tempo”, destacam.
“Eu acho que o Menos é Mais é a continuação de uma história que veio muito antes da gente. Nós nos inspiramos em vários grupos, como Coisa Nossa e Adora Roda. A gente começou a gostar de pagode vendo esses caras. A cena do pagode de Brasília sempre foi muito rica, tanto de talentos quanto de fãs e de público”, diz Gustavo Goes sobre a importância de Brasília na trajetória deles.
Amanda Figueiredo
Se alguns dos nomes citados anteriormente são responsáveis por entreter, Amanda Figueiredo assume a missão — com total dedicação e esmero — de adocicar os mais diversos paladares dos brasilienses.
Com 27 anos, a chef de cozinha comanda a Mandiê Doceria, e conquista a cada dia mais clientes com as delícias preparadas caprichosamente. Uma criança confeiteira, ela nasceu e foi criada em Brasília, a qual define como “a melhor cidade do mundo para se viver”.
Em determinado momento da vida, Amanda decidiu estudar no exterior. Mesmo tendo vivido experiências inesquecíveis, o carinho pela capital federal falou mais alto no coração e mente da chef de cozinha: “Sempre soube que minha trajetória profissional seria em Brasília”. A receita de unir a paixão pela profissão e pela terra natal deu mais que certo, afinal a brasiliense despontou na confeiteira. “Me destacar no que eu faço e realmente amo é um privilégio.”
Para a fundadora da Mandiê Doceria, a capital federal é uma cidade com um “charme diferenciado” por ser planejada, extremamente organizada e simétrica. “Tudo na arquitetura de Brasília faz sentido, e a confeitaria é exatamente isso: uma ciência exata e organizada na qual a beleza e simetria importam.”
Eduardo Vasconcellos
Aprovado na Universidade de Harvard, o brasiliense Eduardo Vasconcelos, de apenas 21 anos, figurou entre os jovens talentos reconhecidos pela Forbes Under 30, no ano de 2023. Apesar da recente conquista, a história de sucesso do estudante começou bem antes de conseguir a bolsa integral para cursar economia e gestão pública.
Aos 20 anos, ele venceu um dos maiores prêmios da educação brasileira, o Prêmio Luz na Educação, levando R$ 200 mil para a rede pública, onde sempre estudou. A sua dedicação foi reconhecida para além do quadradinho, tendo recebido, da Direção de Harvard, o título de melhor orador da turma dentre 1960 alunos de 94 países – Eduardo é o primeiro brasileiro a vencer o prêmio desde 1895.
Atualmente, Eduardo estabeleceu como missão o programa educacional Jovens Líderes pela Paz, que já formou 350 estudantes na periferia do Distrito Federal como lideranças para enfrentar a crise de violência e ameaças de massacres em escolas.
“Brasília continua a ser a minha casa e lugar que quero sempre voltar. A capital me ensinou uma lição muito importante — na mistura de culturas que encontramos a beleza e o nosso valor. Isso me incentivou a buscar bolsas de estudo e oportunidades de trabalho que me permitissem desbravar o mundo”, conta.
Isabela Fialho
A brasiliense Isabela Fialho mal imaginaria que, depois de passar por dois erros médicos e ficar paraplégica, se tornaria um dos jovens mais engajados no quesito filantropia no Distrito Federal. Após lutar arduamente em 2016, Bela conseguiu recuperar o movimento das pernas. Em seguida, escreveu um livro, virou palestrante e, ao enxergar a necessidade de fazer o bem, lançou a Keep Sweet, um clube de assinatura de doces e bebidas dos quais 20% do lucros são revertidos em caridade.
Isabela está sempre fazendo ações na capital, oferecendo desde cursos para mulheres a doações de alimentos para moradores de rua. Quase todos os seus fins de semana são destinados às campanhas sociais.
Aos 26 anos, ela continua a se destacar, e seu amor pela capital é algo que ela guarda no peito. “Eu amo Brasília! É o lugar que nasci, renasci, fui criada e quase que recriada, depois de tudo. Amo a qualidade de vida daqui, além das pessoas, da arquitetura e de como a cidade se comporta”, fala.
Felipe Zorzeto
Aos 27 anos, Felipe Zorzeto possui uma marca homônima de mobiliário autoral. A paixão pela área, segundo ele, surgiu em 2014, enquanto cursava arquitetura, em Brasília. Arquiteto por formação e designer por vocação, o jovem brasiliense passou a traduzir a arte do projeto para uma escala mais íntima, dando início à criação de móveis e objetos que enriqueceriam seus projetos arquitetônicos.
De 2018 para cá, ele já lançou mais de 50 obras de mobiliário, cada uma com suas variações. Os mais conhecidos, segundo ele, são os intitulados Buffet Palafita, Mesa de Cabeceira Taga e Mesa Apoio.
“Minhas inspirações surgem dos detalhes cotidianos, da arquitetura e da natureza. Sou um observador atento, fascinado pelos detalhes construtivos que vão desde um simples objeto até um imponente arranha-céu”, compartilha.
Na concepção do designer, Brasília é uma cidade única e acolhedora, repleta de inspiração. “Os blocos arquitetônicos, monumentos imponentes, superquadras e o verde exuberante alimentam minha criatividade e enriquecem minhas criações. Não é coincidência que o Buffet Palafita, o ‘queridinho’ da marca, reflita características do icônico sistema Pilotis, uma verdadeira marca registrada da nossa cidade”, conta.
André Martins
André Martins, nascido e criado em Brasília, é um verdadeiro fenômeno nas redes sociais. Com mais de 1 milhão de seguidores no TikTok, ele tem ganhado fama e reconhecimento por conta dos conteúdos irreverentes e criativos.
À coluna, André conta que nunca buscou fama e que todo o sucesso aconteceu de forma gradual e genuína. “Desde pequeno, eu me envolvi bastante com arte, com desenho, com teatro, então já tinha algumas atividades voltadas para esse meio artístico. Então foi algo que eu sempre gostei e demonstrava interesse”, comenta.
O influenciador fala, ainda, que só se deu conta de que criar conteúdo poderia virar uma profissão em 2019, quando ele conquistou o número de 100 mil seguidores e observou a possibilidade de conseguir ter sua independência financeira. De lá para cá, André Martins tem fechado parcerias com grandes empresas e feito publicidades que destacam o jovem brasiliense para todo o Brasil.
Camila Mendes
Embora tenha nascido na cidade de Charlottesville, no estado norte-americano de Virginia, Camila Mendes desfrutou de momentos incríveis em Brasília na infância. Ela morou no quadradinho quando tinha 10 anos e não perde a oportunidade de aterrissar na cidade para visitar os familiares durantes as férias.
Com as raízes verde-amarelas latentes nas veias, a jovem de 27 anos leva não só o nome do Brasil, mas também o de Brasília para os bastidores cinematográficos. Atualmente, ela protagoniza a produção Música, filme norte-americano com uma pitada brasileira. Intérprete de Isabella na atração do Prime Video, a atriz é a responsável por adicionar brasilidade ao longa-metragem.
Em uma postagem no Instagram, Camila Mendes se caracterizou como uma “brasileira-americana” e que esse é o seu superpoder no cinema. “É o que me torna única”, escreveu.
Ela acrescentou: “O filme Música celebra essa parte da minha identidade da maneira mais artística e cinematográfica. Esta além dos meus sonhos mais loucos”. A atriz deu vida ao personagem Veronica Lodge na série Riverdale.
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