Vestindo roupas próprias para apicultores, Angelina Jolie conheceu de perto os primeiros resultados do programa Women for Bees (Mulheres pelas Abelhas, em inglês), na última semana, nas montanhas Sainte-Baume, perto de Marselha, na França.

Nem mesmo o calor do verão europeu sob o quente traje de proteção contra abelhas e a visita a sete colmeias em meio às abelhas tiraram o sorriso da atriz, que se orgulha em ser a madrinha do projeto lançado em junho pela Unesco e Guerlain, marca pela qual Jolie é embaixadora, com o apoio do centro de treinamento francês, Observatório de Apidologia Francês (OFA, em francês), em Provence.

A atriz é uma defensora comprometida dos direitos das mulheres, conservação ambiental e valores humanitários.

Women for Bees foi criado para capacitar 50 mulheres de diferentes biosferas, em 25 localidades do mundo – incluindo a França, Etiópia, Rússia, China e Camboja – a construir 2.500 colmeias no prazo de cinco anos, estimulando o empreendedorismo apícola feminino.

Além de ajudar as mulheres, o programa pretende reverter as consequências causadas à população de abelhas pelas mudanças climáticas, uso de pesticidas e surgimento de espécies invasoras.

“Na verdade, estamos criando uma rede para mulheres em todo o mundo, e ter um emprego e uma rede de mulheres ajuda você a estar segura e a ser independente”, disse Jolie à revista Vogue. “Se você ensina uma mulher, ela vai ensinar outra pessoa”, completou.

A atriz ressaltou como este tipo de iniciativa pode fazer a diferença na sobrevivência de mulheres que podem se tornar menos vulneráveis. “É uma loucura que muitas vezes ainda estejamos em discussão sobre por que a educação de meninas é importante. É irritante termos que continuar explicando isso”, lamentou Jolie,

Depois de uma breve imersão no programa, Angelina participou da cerimônia de formatura da Women for Bees e entregou diplomas para as mulheres capacitadas após quatro semanas de treinamento. “Eu provei o mel da colmeia. Isso foi emocionante. Tem um gosto muito melhor”, disse Jolie.

 

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Apicultura: geração de renda e sustentabilidade

Na nova fase, a marca de beleza de propriedade da LVMH se compromete e atua por “um mundo mais belo e sustentável, tendo a abelha como sentinela”.

Sua missão se baseia em quatro pilares que envolvem “criar um impacto social positivo e agir para preservar as maravilhas da natureza”; “agir pelo clima visando a neutralidade de carbono até 2030”; “retribuir à natureza por meio do abastecimento sustentável” dos ingredientes usados pela marca; e “desenvolver fórmulas mais naturais e embalagens sustentáveis, usando no mínimo 90% de ingredientes de origem natural sempre que possível”.

De acordo com a Unesco, a apicultura pode gerar renda nas áreas rurais para a população carente que não possui plantações ou fazendas e gerar renda, melhorando a segurança alimentar em áreas onde a produção agrícola é mínima.

O esforço em conjunto com a OFA visa repovoar 125 milhões de abelhas até 2025. Após o treinamento, cada participante será equipada com 50 colmeias e enxames locais em seus países de origem.

No Camboja, o projeto será desenvolvido na Fundação Maddox Jolie-Pitt, para apoiar a comunidade e ecologia da região de Samlotde, uma das áreas mais afetadas pela guerra civil cambojana. A fundação, que leva o nome do filho mais velho de Jolie, foi criada há 17 anos pela atriz.

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