Andressa Aguzzoli e Marcus Rojo citam benefícios da respiração correta
Sócia-fundadora da Aaman Brasília, Andressa convidou Marcus Rojo, expert de respiração e pós-graduado em ioga. Ele ministrou um workshop
atualizado
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A fisioterapeuta Andressa Aguzzoli defende a tese de que a respiração é “uma das melhores formas de criar saúde dentro do corpo”. A instrutora de ioga argumenta que inspirar e expirar corretamente se tornou uma forma eficaz de “conseguir acessar a mente bagunçada”, resultante da rotina acelerada da atualidade. Na avaliação da especialista, conseguir inserir e expelir o ar dos pulmões, sem pressa e acertadamente, funciona como “uma calma em meio ao caos”.
Embora respirar seja um movimento involuntário, o ato para ser feito de modo correto requer metodologia. Em busca de educar e gerar uma trupe de pessoas que saibam inspirar e expirar direito, mas também ensinem os núcleos de convivência a respeito da prática, Andressa cria meios para concretizar a meta. Sócia-fundadora da Aaman Brasília, ela convidou Marcus Rojo, expert do assunto e pós-graduado em ioga. Ele ministrou um workshop na capital federal.
Diretamente de São Paulo, Marcus aproveitou a vinda a Brasília para resolver temáticas pessoais e comandou o workshop intitulado A Respiração: Ar e Prana, ao longo desse sábado (12/8), no Centro Busco Vida, na QI 19 do Lago Sul. O evento começou às 9h e terminou às 16h30. Dividido em 12 práticas, o encontro introdutório, teórico e prático teve por objetivo mostrar técnicas fáceis de respiração aos participantes a fim de que eles possam aplicá-las no dia a dia.
Respiração
Segundo Andressa, a respiração é uma das ferramentas mais rápidas para mudar um padrão mental. “Se estiver estressado, ansioso ou deprimido, o ato executado corretamente consegue te colocar no eixo, em um espaço mais quieto, tranquilo, em menos tempo, enquanto a meditação exige sutileza”, explica. Em entrevista à Coluna Claudia Meireles, Marcus esclarece que inspirar e expirar envolve desde postura até questões ligadas ao aspecto meditativo e ao estado de consciência.
Ao montar a programação do workshop, o especialista em ioga não definiu os dois subtítulos “ar” e “prana” por acaso. “O ar representa esse elemento mais concreto, material, corporal, da respiração ligada à postura e ao próprio ar que entra e sai, as trocas gasosas e os processos fisiológicos”, fundamenta. Marcus completa: “Esse lado prana se associa aos elementos sutis do ioga, sensações e sensibilidades. Também se relaciona com processos de atenção e de consciência”.
Desaprender
Tanto Andressa quanto Marcus frisaram a respeito do ser humano nascer sabendo respirar muito bem, entretanto, desaprende com o passar da idade — ou melhor, com as vivências. “Chegamos ao mundo com o nosso organismo perfeito. À medida que passamos pelas experiências de vida, vamos bloqueando funcionalidades no nosso corpo e um deles é a respiração. Não conseguimos aprofundar nem racionalizar o que seria fazê-la direito”, reitera a fisioterapeuta.
Marcus cita o que costuma perturbar o processo respiratório: “Padrões de comportamento, posturais, hábitos, emoções e condicionamentos, às vezes familiares ou circunstanciais. Isso tudo se sustenta em um padrão postural, uma pessoa que não mantém a coluna ereta, sempre com os ombros para a frente e as costas para trás, por exemplo. Ou quem vive em uma condição emocionalmente, psiquicamente também, por um longo tempo, sobre estresse, angústia, medo e tristeza. Tudo isso causa alteração crônica na respiração.”
Hoje, a maior parte de nós, da forma em que a gente vive, tem uma condição de corpo que não é ideal, no caso, rigidez e tensões apertando a nossa dinâmica respiratória, ou apresenta uma condição psíquica emocional, como ansiedade e depressão, patologicamente, ou sem patologias, a exemplo de angústias, tristezas e medos. Tudo está diretamente ligado à respiração e perturba o nosso processo respiratório
Marcus Rojo
De acordo com o pós-graduado em ioga, o workshop teve como propósito reverter essa realidade de respiração errada, que só poderá ser atingida por um processo consciente: “Precisa trazer a presença, consciência e atenção para ir repassando por alguns pontos e tentando reprogramar o corpo a fim de reaprender aquilo que já soube fazer”. As práticas ensinadas por Marcus Rojo visaram também eliminar os fatores capazes de atrapalhar o ato de inserir e expelir ar dos pulmões acertadamente.
Reprogramar
O especialista compartilha a respeito dessa reprogramação ser realizada “pouco a pouco”: “Não é em um dia, mas necessita ir dando sinais ao corpo em uma prática preferencialmente constante”. À explicação Andressa Aguzzoli acrescenta: “Esses trabalhos de workshop de ioga, de falar sobre respiração, vêm para ensinar mesmo o que esquecemos ou nunca aprendemos”. Mais do que mostrar as ferramentas em aulas e workshops, a fisioterapeuta funcional e integrativa almeja criar uma “rede”.
Nas aulas de ioga, Andressa costuma orientar os alunos: “Ensinem suas famílias o que aprendem aqui. É para levar para casa e dar aos parentes os instrumentos que funcionam como uma calma no caos”. Quando o marido, esposa ou filhos estiverem estressados, ela indica os educandos a mostrarem o passo a passo de uma respiração correta. “Chama: ‘Vem cá, senta comigo que vamos praticar uma respiração’”, recomenda. Ela executa a tática com a primogênita Betina.
Para a sócio-fundadora da Aaman, transmitir conhecimento acerca da respiração se torna uma maneira de agregar valor às relações. “É poder dar algo que a pessoa vai usar por toda a vida. De pouquinho a pouquinho, proporcionamos mais saúde nesse mundo doente”, garante.
Andressa enfatizou o efeito de dispor de uma inspiração e expiração precisa quando notar os indícios de uma crise de síndrome do pânico. Segundo a instrutora de ioga, o jeito de inserir e expelir o ar dos pulmões faz toda a diferença na condição do transtorno.
“Se estou vendo que vou entrar no padrão da minha síndrome de pânico? Deixa eu parar, regular o corpo, acalmar essa mente e ver se consigo não entrar em crise”, salienta Andressa. Ela complementa: “Não é certeza não entrar nunca mais, mas [fazer exercícios de respiração] é uma forma de aprender e mostrar ao corpo quem está no comando. Está tudo certo”.
Benefícios da respiração
De acordo com Andressa Aguzzoli, respirar bem e corretamente ajuda a tranquilizar, focar e trazer a mente para o momento presente, além de mudar o pH do sangue e auxiliar na melhora da liberação de hormônios. “Essa troca gasosa traz benefícios fisiológicos ao nosso corpo. Quanto mais básico estiver, melhor funciona. Quanto mais ácido, estará inflamado”, evidencia.
“Respirar é uma forma de voltar para si e para o que viemos fazer aqui. É importante para nós, não só nesse caráter holístico, mas também temos de estar centrados na própria vida a fim de conseguir trabalhar, treinar e se relacionar bem com as pessoas”, acentua a fisioterapeuta funcional e integrativa. Na avaliação da instrutora de ioga, a pressa atrapalha o ato de inspirar e expirar.
A sócia-fundadora da Aaman considera a respiração o ato mais potente para amenizar as condições geradas pela correria, estresse e conexão excessiva na internet. “Falamos engage, engage e engage’, mas nunca engajamos conosco”, adverte. Antes de concluir, ela explana sobre o ato de inserir e expelir o ar dos pulmões de modo certo tende a funcionar como uma autorregulação de si perante aos problemas.
“Você está no meio do furacão e ele não vai se resolver, porque independe de ti, mas o que necessita é esta autorregulação para encarar o desafio. Até as respostas perante a vida vão ser distintas, porque é diferente uma pessoa descontrolada indo resolver um problema e uma calma”, exemplifica. Andressa finaliza com: “Solucionar uma tensão na consciência, o resultado é totalmente diferenciado.”
Serviço
Degustações: Maré Chocolate, WonderLev e Bio Smart Food
Pedras: Instituto Horus
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