Americanos pedem para Harry “dar o fora” dos EUA após frase polêmica
Os norte-americanos não gostaram de uma crítica de Harry. Alguns deles pediram para o marido de Meghan Markle abandonar o país
atualizado
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A sentença é “polêmica que não acaba mais” poderia ser dirigida, atualmente, ao príncipe Harry. Depois de dizer que nascer na família real é como viver em um zoológico, o neto da rainha Elizabeth II volta a protagonizar as manchetes com mais uma notícia que repercutiu mal. Em entrevista ao podcast de Dax Shepard na quinta-feira (13/5), o duque de Sussex descreveu a Primeira Emenda dos Estados Unidos como “maluca”. Os norte-americanos não gostaram do comentário e alguns deles pediram para o marido de Meghan Markle “dar o fora” dos EUA.
“Tenho tanto a dizer sobre a Primeira Emenda da maneira como a entendo, mas é maluca”, disse Harry no podcast intitulado Armchair Expert. Quando tomaram conhecimento da fala do príncipe, alguns norte-americanos ficaram irritados e o criticaram, mesmo ele tendo admitido que não compreendia a norma. “Não quero começar a seguir o caminho da Primeira Emenda, porque esse é um assunto muito vasto e que não entendo, porque estou aqui há pouco tempo, mas você pode encontrar uma brecha em qualquer coisa”, afirmou.
Parte da Declaração dos Direitos dos EUA, a Primeira Emenda consiste em: “O Congresso não fará lei relativa ao estabelecimento de religião ou proibindo o livre exercício desta, ou restringindo a liberdade de expressão ou de imprensa, ou o direito do povo de reunir-se pacificamente e dirigir petições ao governo para a reparação de seus agravos”. O assunto veio à tona após Harry relatar as experiências de ser perseguido pelos paparazzi desde que se mudou para os EUA, país de origem de Meghan.
O príncipe contou ter ficado em choque com a quantidade de atenção que recebeu enquanto vivia na mansão do magnata Tyler Perry, em Beverly Hills. Ele queixou-se do frenesi gerado pela mídia. Na ocasião, o neto da rainha lembrou da época em que os paparazzi voaram com helicópteros e levantaram drones a fim de conseguir uma foto dele com a mulher, Meghan Markle, e o filho, Archie. Alguns dos fotógrafos insistentes chegaram a abrir buracos no muro da casa onde a família se instalou.
Indignação
Embora o duque de Sussex tenha explicado o motivo pessoal de não aprovar o teor da emenda constitucional, quem se opôs à opinião dele usou as redes sociais para manifestar a indignação. Colunista e filha do ex-candidato à presidência dos EUA John McCain, Meghan McCain tuitou: “Nós travamos uma guerra em 1776, então não precisamos nos importar com o que você diz ou pensa”. Ela aproveitou para “jogar na cara” que o príncipe deixou o país de origem, o Reino Unido, e mudou-se para os Estados Unidos.
“Você escolheu buscar refúgio de sua terra natal aqui e prosperar, por tudo o que nosso país tem a oferecer, e uma das maiores razões é a Primeira Emenda. Mostre algum respeito absoluto”, acrescentou Meghan McCain. Um usuário, um tanto quanto furioso, do Twitter escreveu: “Se ele tiver um problema com a Constituição, pode voltar para a Grã-Bretanha”. Outros seguiram a mesma linha de raciocínio: “Dê o fora da América”. “Ei, vá para casa! Nós lutamos uma guerra para nos livrar da realeza em nosso solo. Tchau!”
Algumas pessoas acusaram o marido de Meghan Markle de criticar um dos princípios fundadores dos EUA, sem primeiro tentar compreender a norma constitucional. “Príncipe Harry ter opiniões fortes sobre a Primeira Emenda sem entendê-la ou se informar a respeito dela, mostra o quão bem ele está assimilando aqui.” O jornalista Larry Keane não deixou a polêmica passar despercebida: “Bem, na América, ele tem o direito de dizer coisas estúpidas”. No Reino Unido, o príncipe não podia se expressar sobre os assuntos políticos.
Não foram só os norte-americanos que criticaram o duque de Sussex. Os conterrâneos também colocaram a boca no trombone. Político britânico, Nigel Farage escreveu: “Para o príncipe Harry condenar a Primeira Emenda dos EUA, mostra que ele perdeu o enredo. Logo, não será mais desejado em nenhum dos lados do lago”. O ex-deputado fez referência ao fato de o neto da rainha Elizabeth II não ter apoio dos súditos após renunciar ao cargo no alto escalão da realeza.
Recapitulando
O príncipe optou por renunciar à vida na Coroa britânica em janeiro de 2020. Dois meses depois, ele e a mulher, Meghan Markle, com o filho Archie, foram morar no Canadá. Em seguida, a família se instalou de vez nos Estados Unidos, mais precisamente em Santa Bárbara. Desde então, o casal fez fortuna com empresas norte-americanas, por exemplo, a Netflix. O contrato com a gigante do streaming rendeu aos duques de Sussex mais de US$ 150 milhões, o equivalente a R$ 797 milhões em cotação da época.
Recentemente, a instituição filantrópica do casal Sussex, a Fundação Archewell, firmou parceria com a Procter & Gamble, considerada uma das maiores empresas de bens de consumo. O príncipe Harry conseguiu um emprego no Vale do Silício, como diretor de impacto da BetterUp, startup especializada em coaching. Os comentários polêmicos do príncipe Harry vêm dois meses após ele ter sido nomeado para um painel de esquerda a fim de combater a desinformação na mídia.
Já morando nos Estados Unidos, o príncipe Harry e Meghan Markle decidiram contar as razões pelas quais optaram por abdicar do posto na família real. As declarações foram reveladas em entrevista à apresentadora Oprah Winfrey, em março. Com as recentes críticas, o jornal Daily Mail destacou que os norte-americanos “abraçaram” o casal Sussex quando descobriram os motivos da renúncia da Coroa britânica – por exemplo, um episódio de racismo. Agora, a situação mudou, pois o neto da rainha não pode falar o que quiser, segundo o tabloide.
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