O universo do cinema perdeu um dos seus maiores ícones. Alain Delon, renomado ator francês, morreu aos 88 anos. Com uma carreira que atravessou décadas, Delon deixou um legado imortalizado em grandes sucessos do audiovisual mundial, marcando gerações.

Alain Delon participou de mais de 90 produções cinematográficas ao longo de sua vida, trabalhando ao lado de alguns dos maiores cineastas da história, como Louis Malle, Michelangelo Antonioni, Jean-Luc Godard, Jean-Pierre Melville, Luchino Visconti, René Clément e Jacques Deray.

Conhecido pela versatilidade, o astro francês era capaz de se reinventar em cada papel, trazendo à vida personagens complexos, heróicos e inesquecíveis.

Para homenagear o legado artístico de Alain Delon, a coluna Claudia Meireles relembra alguns dos filmes mais emblemáticos da carreira do astro do cinema francês.

Confira os sucessos de Alain Delon

O Sol por Testemunha (1960)

Dirigido por René Clément, este filme foi um dos responsáveis por lançar Delon ao estrelato. Na trama, o ator interpretou Tom Ripley, um jovem ambicioso que planeja matar um amigo rico e assumir sua identidade, mergulhando em uma história de suspense e traição. O Sol por Testemunha é considerado um dos melhores enredos psicológicos da dramaturgia e solidificou Delon como um dos grandes nomes do cinema.

Rocco e Seus Irmãos (1960)

Em colaboração com o diretor Luchino Visconti, Delon entregou uma performance comovente como Rocco, um jovem imigrante que luta para fugir da miséria e para viver a promessa de uma vida tranquila com a família em Milão. O filme ganhou o prêmio Leão de Prata no Festival de Veneza.

O Leopardo (1963)

Mais uma obra-prima de Visconti, O Leopardo conta a história da decadência da aristocracia siciliana, na Itália. Delon, ao lado de Burt Lancaster e Claudia Cardinale, interpretou Tancredi, um jovem nobre que tenta se adaptar às mudanças sociais de sua época. O filme é considerado um dos maiores clássicos do cinema mundial, tendo ganhado o prêmio Palma de Ouro, no Festival de Cannes.

O Eclipse (1962)

Sob a direção de Michelangelo Antonioni, Delon estrelou ao lado de Monica Vitti neste drama que explora o vazio emocional e a alienação na sociedade moderna. A colaboração resultou em uma obra-prima visual e um dos filmes mais influentes do cinema modernista.

O Samurai (1967)

Dirigido por Jean-Pierre Melville, O Samurai é um dos filmes mais icônicos da carreira de Delon. Ele interpretou Jef Costello, um assassino profissional que segue um rigoroso código de honra. Com uma atuação contida e precisa, Delon se consagrou como o arquétipo do anti-herói silencioso e letal.

Círculo Vermelho (1970)

Em mais uma colaboração com Melville, Delon estrelou Círculo Vermelho como um ladrão recém-libertado da prisão que planeja um grande assalto. O filme é conhecido por seu estilo visual minimalista e por ser um dos melhores thrillers de assalto da história do cinema.

A Primeira Noite de Tranquilidade (1972)

Neste drama dirigido por Valerio Zurlini, Delon interpretou um professor que se envolve em um relacionamento complicado com uma aluna. O filme é uma exploração íntima dos temas de amor, desilusão e existencialismo.

A Piscina (1969)

Em A Piscina, dirigido por Jacques Deray, Delon dividiu a tela com Romy Schneider em um enredo psicológico que explora os temas de ciúme e obsessão. A tensão sexual e a complexidade emocional do personagem de Delon tornaram o filme uma obra-prima do suspense. Para além das telonas, Deloin contracenou com a atriz Romy Schneider, com quem ele havia formado um famoso casal na vida real.

Cidadão Klein (1976)

Com um viés político, o filme dirigido por Joseph Losey é ambientado na Paris ocupada pelos nazistas. Na produção, Delon interpretou um negociante de arte que é erroneamente confundido com um líder da Resistência Francesa. “Monsieur Klein” é um estudo intenso sobre identidade e paranoia.

Quartos Separados (1984)

Neste drama de Bertrand Blier, Delon interpretou um homem desiludido que se envolve em um relacionamento tumultuado com uma mulher misteriosa. Por sua atuação, Delon recebeu o prêmio César de Melhor Ator, demonstrando sua habilidade de se reinventar e continuar relevante na indústria cinematográfica.

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