Afinal, é possível acabar com as gorduras localizadas? Descubra
A predisposição genética e a forma como o corpo armazena gordura são fatores que contribuem para o surgimento dessas “dobrinhas” indesejadas
atualizado
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No abdômen, nos braços, nas coxas, nos flancos ou até nas costas, as indesejadas gorduras localizadas estão ali, presentes em diferentes áreas do corpo. Essa aparência se deve ao acúmulo de tecido adiposo, ou seja, um depósito de gorduras que se condensa em regiões específicas do corpo.
De acordo com a dermatologista Paula Rahal, a predisposição genética pode ser um dos fatores que contribuem para o surgimento dessas temidas “dobrinhas”, além da forma como o corpo armazena gordura. “Desequilíbrios hormonais como a menopausa, a puberdade e a gravidez e alguns problemas como síndrome dos ovários policísticos podem favorecer esse acúmulo em determinadas regiões”, afirma.
Afinal, é possível acabar com as indesejadas gorduras localizadas?
Para a médica, reduzi-las ou eliminá-las pode ser um desafio, mas é possível fazer progressos significativos com uma combinação de estratégias.
Confira, a seguir, dicas de como atingir esses objetivos:
1 – Alimentação
Uma dieta balanceada contribui para a prevenção dessa condição. Segundo a nutricionista Thaiz Brito, cada indivíduo tem uma necessidade energética que varia de acordo com seu gênero, idade, grau de atividade física e outras especificações. “Quando esse indivíduo exagera na alimentação, isso resulta em um superávit calórico. Por sua vez, a ingestão de calorias excessivas são estocadas no corpo como gordura”, justifica.
“Enquanto mulheres tendem a acumular no quadril e barriga, homens tendem a acumular no abdômen. Logo, exagerar nas calorias da dieta, ainda que seja com o consumo de alimentos saudáveis, aumenta o estoque de energia no organismo em forma de gordura”, argumenta.
Para melhorar a qualidade do emagrecimento, Thaiz indica o consumo de alimentos saudáveis, como vegetais, frutas, cereais integrais, iogurtes naturais e boas fontes proteicas como ovos, carnes magras e até whey protein.
Por outro lado, ela sugere que se evite os ingredientes que não cumprem papéis benéfico no organismo, como os ultraprocessados, que carregam altas quantidade de açúcares, gorduras e aditivos químicos.
“Lembrando que, ao emagrecer, não perdemos apenas a gordura de uma região. Costumo comparar o emagrecimento ao esvaziamento de uma piscina. Quando esvaziamos uma piscina, a água vai diminuindo proporcionalmente. Assim é no organismo: perdemos maior quantidade nas regiões que sofremos de maior acúmulo”, observa a nutricionista.
2 – Exercícios físicos
A educadora física Hillary Almeida enfatiza que o mais importante para diminuir a gordura localizada é combinar exercícios aeróbicos e de força com uma boa alimentação. “Nosso corpo não consegue reduzir gordura especificamente de um local. Quando perdemos gordura, ela acontece de forma completa e o corpo todo perde”, conta.
“Por exemplo, se realizamos abdominal, conseguimos tonificar e fortalecer os músculos trabalhados, mas não necessariamente o corpo estará gastando gordura apenas do abdômen. O que podemos fazer, então? Sempre contar com a prescrição de um professor que não deixará que o aluno atinja um platô (estagnação do progresso) e, assim, continue progredindo cargas e intensidade dos exercícios”, compartilha.
3 – Procedimentos estéticos
Felizmente, existem diferentes tecnologias disponíveis que podem ajudar a melhorar a aparência das gorduras localizadas. A criolipólise, por exemplo, “congela” as células de gordura, que são eliminadas pelo corpo naturalmente ao longo do tempo. “É eficaz para áreas como abdômen, flancos e coxas”, conta a dermatologista Paula Rahal.
Radiofrequência e ultrassom são mais duas opções muito concorridas na esfera da estética, já que usam ondas de energia para aquecer e destruir células de gordura, além de promover a produção de colágeno para uma pele mais firme.
Os esvaziadores de gordura, por sua vez, são substâncias que, quando injetadas no corpo, quebram a célula de gordura, que é eliminada pelo organismo.
Já os aparelhos de campo eletromagnético fazem contração muscular para aumentar a força e hipertrofia. “Mas tem também um módulo de hit, que faz também o consumo da gordura local enquanto trabalha a contração muscular”, acrescenta.
A dermatologista menciona, ainda, a massagem modeladora e a drenagem linfática, que ajudam a reduzir a retenção de líquidos e a melhorar a circulação, podendo diminuir a aparência da gordura localizada.
4 – Hábitos saudáveis
O estilo de vida que levamos também influencia no surgimento das temidas gorduras localizadas no corpo. A privação de sono, por exemplo, pode afetar negativamente os hormônios reguladores do apetite e do metabolismo, conforme elucida a médica. “Durma de 7 a 9 horas por noite”, indica.
Outra recomendação é a gestão do estresse, já que ele pode aumentar a produção de cortisol, um hormônio que promove o armazenamento de gordura. “Pratique técnicas de relaxamento como meditação, ioga ou respiração profunda”, declara a especialista.
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