Adoçante eritritol pode gerar maior risco cardiovascular, expõe estudo
O substituto específico do açúcar avaliado pelos cientistas da Cleveland Clinic, fixada no estado estadunidense de Ohio, é o tipo eritritol
atualizado
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Ao ler o título, você ficou preocupado com o seu coração por usar adoçante no café e em diversas receitas? Calma lá que a Coluna Claudia Meireles vai te explicar, detalhadamente, a descoberta de um estudo publicado pela revista acadêmica Nature Medicine. O substituto específico do açúcar avaliado pelos cientistas da Cleveland Clinic, fixada no estado estadunidense de Ohio, é o tipo eritritol.
Pela apuração científica, o eritritol pode ter relação com o maior risco de danos ao coração e aos vasos sanguíneos em indivíduos que disponham de algum tipo de alteração cardiovascular, como hipertensão arterial, cardiopatia congênita e outras doenças cardíacas. Para chegar à conclusão, os pesquisadores investigaram os dados de mais de quatro mil estadunidenses e europeus.
Os participantes do estudo passaram por avaliações de rotina. Com os exames do grupo em mãos, os cientistas notaram que quem tinha níveis mais altos de eritritol no sangue, consequentemente, apresentava maior chance de sofrer alterações cardíacas. Em análises pré-clínicas, os pesquisadores encontraram outros pontos importantes.
Dados evidenciaram que o consumo de eritritol tende a aumentar a formação de coágulos sanguíneos. Antes de correr para a cozinha a fim de jogar embalagens ou sachês do adoçante no lixo, porta-vozes da Cleveland Clinic avisaram que mais estudos devem ser feitos, pois o grupo de pessoas investigado apresentava alta prevalência de doenças cardiovasculares.
Integrante da equipe da Cleveland Clinic, o cardiologista Stanley Hazen atuou no estudo. Ele defende a tese de que os adoçantes, em especial o eritritol, precisam ser mais pesquisados a fim de ver os efeitos no organismo. “A incidência de doenças cardiovasculares aumenta com o passar dos anos, e as doenças cardíacas são a principal causa de morte no mundo”, argumenta o médico.
“Precisamos garantir que os alimentos que ingerimos não sejam contribuintes ocultos”, evidencia Hazen.
A princípio, os cientistas não iriam investigar os efeitos do consumo de adoçantes artificiais. Com o andamento do estudo, os pesquisadores encontraram substâncias químicas no sangue dos participantes. Dessa forma, passaram a tentar identificar “quem estava em risco de um futuro ataque cardíaco, derrame ou morte nos próximos três anos”. Entre as composições perigosas à saúde, o eritritol se destacou.
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