Adicionar este alimento ao iogurte pode melhorar a saúde do intestino
Especialistas ressaltam benefícios de acrescentar o ingrediente ao iogurte para melhorar o funcionamento do intestino
atualizado
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Além do mel ser uma ótima opção para adocicar e tornar o iogurte mais saboroso, essa combinação também é extremamente benéfica para saúde. Rica em nutrientes, a dupla oferece cálcio, proteínas, probióticos, prebióticos e antioxidantes que impulsionam a saúde do intestino e também aumentam a imunidade.
De acordo com estudos conduzidos pela Universidade de Illinois e publicados no The Journal of Nutrition, o mel favorece as culturas probióticas presentes no iogurte, o que turbina os benefícios oferecidos pelo laticínio.
Para entender como a combinação entre iogurte e mel pode favorecer o funcionamento intestinal, a coluna Claudia Meireles procurou especialistas. A nutricionista Fernanda Esquitino e a médica integrativa Laura Assalim afirmaram que o laticínio tem cepas probióticas e o mel pode ajudar essas bactérias a sobreviverem no intestino.
“O mel protege os microrganismos da saliva e dos ácidos estomacais, fazendo com que eles sobrevivam por mais tempo e mantenham suas propriedades terapêuticas”, explica Laura Assalim.
Além de proteger os microrganismos, Fernanda Esquitino e Laura Assalim salientam que o mel adicionado também funciona como alimento para as bactérias, o que promove a fermentação e a proliferação bacteriana.
Na primeira pesquisa, os estudiosos analisaram o efeito de quatro tipos diferentes de mel, alfafa, trigo-sarraceno, trevo e flor de laranjeira na cepa probiótica Bifidobacterium animalis. Os resultados da análise mostraram que, para a saliva e fluidos estomacais, não houve diferenças na sobrevivência dos probióticos, especialmente a Bifidobacterium animalis, entre nenhuma das variedades de mel.
No entanto, os resultados da análise dos diferentes tipos de mel na fase intestinal da digestão sugerem que o mel de trevo tem efeitos melhores na sustentação da sobrevivência desses microrganismos.
“Ele auxilia na preservação dessas culturas devido ao teor de carboidratos, como a frutose, que serve de ‘alimento’ para as cepas probióticas”, defende Fernanda.
Laura ainda acrescenta que o mel de trevo apresentou melhor rendimento por ter, entre os diferentes tipos de mel testados, o maior pH.
Os estudiosos também testaram a descoberta em um estudo clínico, que contou com a participação de 66 adultos saudáveis. Todos consumiram iogurte com mel de trevo e iogurte pasteurizado e tratado termicamente por duas semanas. Para a análise, foram coletadas amostras de fezes, informações sobre os movimentos intestinais e também questionários sobre o bem-estar geral.
Os pesquisadores não encontraram alterações no tempo de trânsito intestinal, frequência de evacuação ou qualquer uma das medidas de humor e cognição, mas os estudiosos acreditam que isso se deve aos participantes serem adultos saudáveis e terem intestinos regulados normalmente.
Quanto de mel pode ser consumido diariamente?
Assim como qualquer alimento, o mel precisa ser consumido em pequenas porções, que devem ser definidas por um nutricionista, principalmente para aqueles que têm diabetes.
Segundo Laura Assalim, os benefícios do consumo dessa matéria-prima foram testados e comprovados em quantidades pequenas, equivalentes a uma colher de sopa.
“Considerando um paciente que tenha uma dieta equilibrada, com amplo consumo de fibras, frutas e verduras, essa quantidade de mel não é considerada prejudicial à saúde do paciente, principalmente quando observamos os benefícios junto a um probiótico natural, como o iogurte”, destaca.
No entanto, além de ser importante não extrapolar na quantidade de mel, Fernanda diz que é necessário escolher bem o tipo que irá comprar. “Muitas marcas acabam adicionando mais açúcar do que o permitido”, alerta ela. Por isso, é bom ficar de olho.
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