Adeus, pesos! Médico Paulo Lessa explica sobre treino de eletroestimulação
A técnica trabalha o corpo inteiro de maneira eficaz ao queimar gordura, aumentar a força muscular e tonificar os músculos
atualizado
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“Vou para a academia malhar”. Ao ouvir a frase dita pelos fitness de plantão, logo vem à memória levantar barras, kettlebell, entre outros equipamentos de ginástica. Uma modalidade tem mudado o cenário fixo na mente das pessoas e atraído uma legião de adeptos. O método responde como treinamento de eletroestimulação, também conhecido como EMS. A técnica trabalha o corpo inteiro de maneira eficaz ao queimar gordura, aumentar a força muscular e tonificar os músculos.
O treino não utiliza os tradicionais pesos, um dos motivos para ter conquistado famosos, atletas, influenciadores e médicos, sendo um deles Paulo Lessa. Em entrevista à coluna Claudia Meireles, o especialista contou como rendeu-se à técnica, há três meses: “Estou amando os resultados”. Ele comanda o Instituto Lessa, clínica fixada em Vitória, no Espírito Santo. Com o currículo extenso, o capixaba tem por foco a medicina integrativa, área que visa transformar a saúde por meio da relação entre paciente e profissional.
Em vez de carregar os pesos, eletrodos são colocados pelo corpo. Os equipamentos tecnológicos irão contrair os músculos simulando uma carga de academia. De acordo com o médico, o estímulo elétrico ativa os grupos musculares mais profundos, por vezes, difíceis de ativar. “O treino é rápido e intenso. Solução perfeita para quem não tem tanto tempo para fazer as atividades físicas ou acaba de retornar à vida ativa”, argumenta Paulo.
Além de não usar barras ou halteres, o treinamento de eletroestimulação dura, no máximo, 20 minutos. As sessões são individuais e personalizadas por um profissional qualificado, no caso, um coach de EMS com certificação. O personal habilitado precisa acompanhar todo o treino. Outra vantagem está em não provocar dor nem deixar manchas pelo corpo, reforça o especialista. Desenvolvido na Alemanha, o método chega a queimar mais de 500 calorias por aula.
“Muito eficiente por trabalhar tanto o treinamento de força quanto o metabólico. A técnica cuida da postura o tempo todo e da respiração, sem contar o ritmo responsável por auxiliar na queima de gordura corporal”, garante o especialista.
Durante os atendimentos no consultório, Paulo indica o treinamento EMS a pacientes sarcopênicos, ou seja, com pouca massa magra; obesos; mulheres no pós-parto; e atletas. Segundo o médico, a metodologia é ideal para idosos com algum tipo de lesão ou que não podem sofrer impactos. Na avaliação do profissional, um dos diferenciais da técnica é ajudar a prevenir contusões e até mesmo tratá-las. As aulas são assistidas por fisioterapeutas do início ao fim.
A pedido da coluna, o médico listou os seis dos principais benefícios do treinamento de eletroestimulação:
1. Aumenta a força muscular e tonifica os músculos;
2. Trabalha 100% a fibra muscular, enquanto nas academias convencionais é trabalhado aproximadamente 40 a 50%;
3. Resultados rápidos, como perda de medidas e redução de celulite;
4. Equipamento de alta tecnologia e sem risco de lesão;
5. Os treinos são individuais, com total acompanhamento de um EMS-COACH qualificado;
6. As aulas duram 20 minutos e são sem pesos.
Como todo e qualquer procedimento, nem todas as pessoas podem desfrutar dos resultados do treinamento de EMS. Quem usa marca-passo, sofre de epilepsia, tem varizes profundas ou possui a pele lesionada com alguma ferida está na lista de contraindicados. “Diagnosticados com tumores ou metástase, histórico de trombose, processos hemorrágicos e alterações de sensibilidade estão impedidos de praticar a metodologia”, frisa o profissional do Instituto Lessa.
Também integram a lista dos restritos pessoas com febre, doenças cardíacas ou arritmia e com hérnias no abdômen ou região inguinal. “A todos os adeptos, a não ser que o eletroestimulador seja específico, está proibido utilizá-lo do pescoço para cima. Nunca na cabeça”, avisa o médico. Mais uma instrução de Paulo Lessa: nada de colocar os equipamentos no trajeto da artéria carótida e, às grávidas, sobre a região abdominal.
“Além de auxiliar no ganho de músculo e queima de gordura, a metodologia tecnológica modela o corpo, melhora o humor e dá vitalidade, estabilidade corporal e aumento do desempenho geral”, explica o especialista. Sem ter efeito colateral, a técnica atua como um tratamento não invasivo, possibilitando ao músculo ficar relaxado. O treinamento EMS serve a outras finalidades. Por exemplo, atua de forma terapêutica contribuindo no alívio da incontinência urinária e dos distúrbios da dor de doenças como a lombalgia.
Diante da eficácia do método, o treino de EMS tem sido bastante utilizado pelos fisioterapeutas a fim de recuperar os seus pacientes. É o caso de atletas, amadores ou experts. Os profissionais visam prevenir lesões e ajudar na recuperação do corpo. Também as clínicas de estética usam o tratamento.
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