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Acadêmico brasileiro, Heitor Gurgulino de Souza morre aos 95 anos

O físico esteve entre os fundadores da Universidade das Nações Unidas, em Tóquio. Heitor Gurgulino de Souza deixa legado na educação

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1 de 1 Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles - Foto: Filipe Cardoso/Metrópoles

Morreu em Brasília, na manhã deste sábado (18/11), o grande professor Heitor Gurgulino de Souza. Mineiro da cidade de São Lourenço, ele tinha 95 anos e era conhecido mundialmente pelos trabalhos executados na área da educação e tecnologia. O físico e a esposa, Lilian Gurgulino, exalavam amor por onde transitavam e, por isso, eram considerados um dos casais mais queridos da capital federal.

Conforme familiares relataram à Coluna Claudia Meireles, Heitor estava em casa quando faleceu. Ele morreu em decorrência de complicações de um acidente vascular cerebral (AVC). O velório será às 9h deste domingo (19/11), na Capela, 6 do Cemitério Campo da Esperança.

Grande professor, Heitor Gurgulino de Souza deixou legado na educação

Além de Lilian, Heitor deixa dois filhos, Carlos e Gustavo Gurgulino, e netos. Apaixonado pela família que formou, o físico não escondia o quanto amava a esposa. Na festa de aniversário de 90 anos, ele fez um emocionante discurso e aproveitou para contar como conheceu a perfeita parceira de vida.

“Fui convidado por um colega do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) para formar uma faculdade nova em Rio Claro, São Paulo. Achei um desafio interessante e a coisa mais fantástica que aconteceu na minha vida foi lá. Conheci a Lilian”, compartilhou Heitor Gurgulino de Souza ao lado da esposa.

Momento em que Heitor Gurgulino de Souza discursa para a amada

“Homem dedicado”

Nora de Heitor, Ana Cristina Dimas de Souza Gurgulino conversou com a coluna. Ela relembrou como o sogro não mediu esforços em prol da educação. “Foi um homem que dedicou a vida à causa da educação e do desenvolvimento científico e tecnológico”, frisou. Ela fez uma revelação carinhosa a respeito do familiar.

“Apesar de suas origens mineiras, ele amava profundamente Brasília”, recordou Ana Cristina.

Heitor Gurgulino de Souza costumava dizer que o segredo da sua longevidade era andar de bicicleta. O físico tinha uma em cada casa que era dono pelo mundo — Brasília, Miami, Paris e Rio de Janeiro. Eles acreditava que a atividade o ajudava a manter o corpo e a mente em ótimos condicionamentos.

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Trajetória

Aos 90 anos, Heitor atuava como presidente da Academia Mundial de Arte e Ciência e também do Clube de Roma no Brasil. Ele ainda ajudou a fundar a Universidade das Nações Unidas, em Tóquio, no Japão, e assumiu o cargo de reitor.

A trajetória do estimado professor é marcada por grandes feitos. Considerado uma das personalidades brasileiras mais importantes no cenário político internacional, Heitor chegou a ocupar o ofício de subsecretário-geral das Nações Unidas (ONU). Ele participou de importantes conferências. O físico se formou pela Universidade de Mackenzie, em São Paulo, em 1949

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O casal Heitor e Lilian Gurgulino transitaram pelo mundo

Ao longo da vida, Heitor passou por inúmeras instituições de ensino, a exemplo da Universidade de Kansas, nos Estados Unidos, onde atuou como assistente de pesquisa. No Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), esteve como instrutor e professor. Já na Universidade Federal de São Carlos (SP), o físico exerceu o papel de reitor.

Heitor integrou organizações internacionais relacionadas a área da educação, tecnologia e ciência. Ele esteve no posto de chefe do Departamento de Assuntos Científicos, da Organização dos Estados Americanos (OEA). No período de 1997 a 1999, o físico participou como conselheiro especial do diretor-geral da Unesco, em Paris.

Brasília

Nascido em Minas Gerais, Heitor Gurgulino de Souza veio para Brasília na época da inauguração da capital federal, mas só se instalou de vez em 1979, quando passou a trabalhar no Conselho Federal de Educação. Ao lado de Lilian, o professor se mudou para Tóquio, no Japão, entre os anos de 1987 e 1998. O casal também morou por cinco anos em Paris, na França.

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