Abandone os desodorantes! Expert decifra por que eles são tóxicos
A nutricionista Marcela Castilho defende que o alumínio provoca alterações no metabolismo, nos processos inflamatórios e no emagrecimento
atualizado
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“Quanto mais natural, melhor.” Essa máxima tem sido cada vez mais pregada, especialmente após o início da pandemia de coronavírus e seus efeitos, como o isolamento social. Saúde e bem-estar têm sido dois assuntos muito abordados mundo afora, e a população se mostrou consciente quanto ao uso de produtos disponíveis nas farmácias.
É o caso do desodorante. Talvez você não saiba, mas o item carrega alguns componentes em sua fórmula que já estão sendo criticados pelos profissionais da saúde. O lado bom dessa história é que muitas marcas já notaram essa “onda detox” e correram para lançar mercadorias menos tóxicas. Pessoas do mundo todo estão em alerta quanto a essa tese.
Quem explica tudo sobre o assunto é a nutricionista brasiliense Marcela Castilho. Ela já abordou o tema em seu perfil do Instagram e esclarece dúvidas sobre quais componentes são potenciais “inimigos” para o nosso organismo.
Na sua opinião, os desodorantes convencionais fazem mal para a nossa saúde?
Como eu sempre falo nas minhas redes, nas quais transmito informações sobre a saúde baseada em evidências, os desodorantes convencionais possuem bloqueadores (em resumo, alumínio e suas variações) de uma das vias de detoxificação – impedindo, dessa forma, que eliminemos toxinas que consumimos. Além disso, absorvemos esses químicos presentes nos desodorantes.
Por que a área da nutrição também está associada ao uso dos desodorantes?
Na realidade, a nutrição funcional tem esse olhar holístico para a saúde… Não é só o que comemos que importa, mas o que passamos na pele. O modo como vivemos influencia em todo o nosso organismo e na saúde.
Quais componentes do desodorante são ruins para a nossa saúde?
Alumínios e sais de alumínio são considerados disruptores endócrinos. O que isso quer dizer? Que esse metal mimetiza (imita) a ação de alguns hormônios importantes no nosso metabolismo, bagunçando a produção e feedback das glândulas que os produzem. Isso mexe com nosso metabolismo, processos inflamatórios e emagrecimento.
Então, qual é a solução?
Utilizar desodorantes livres de alumínio e evitar consumir alumínio, presente em algumas panelas e latas de molho de tomate, por exemplo. Outro conselho é evitar alimentos enlatados.
Como fazer na hora de comprar o desodorante ideal?
Olhar os ingredientes. Normalmente, os sem alumínio possuem a escrita na frente da embalagem.
Quais marcas você recomenda?
Existem várias no mercado. Adoro a Lafes, a Weleda e Crystal. Existem algumas importadas excelentes também.
Você acha que muitas pessoas ainda acham esse assunto irrelevante?
Com certeza. Muitos acham que é frescura ou “natureba” demais, infelizmente. E faz tanta diferença no organismo. Você pode fazer um exame de sangue para quantificar o metal alumínio no corpo. Quanto mais próximo de 2 melhor. Já vi pacientes com números altíssimos e, com a mudança de hábitos alimentares e menor exposição, diminuíram drasticamente.
E quanto a quem tem problema de transpiração excessiva?
Precisa ir ao dermatologista e verificar o que fazer, pois os desodorantes sem alumínio nos deixam transpirar. Com o passar dos anos, o seu corpo se acostuma. O problema não é transpirar, são as bactérias ali presentes que produzem o odor. Não é o suor que possui o odor.
Cuidados com o alumínio
De acordo com o portal GreenMe, o alumínio faz parte do grupo de metais pesados, elementos químicos com relativa alta densidade e tóxicos em baixas doses. Eles são responsáveis por contaminação lenta e gradual no meio ambiente e, também, no organismo.
Em contato com o corpo, eles atraem para si dois elementos essenciais, as proteínas e as enzimas. “Os metais pesados têm efeito cumulativo no organismo, causando grandes prejuízos para a saúde. A contaminação normalmente ocorre por ingestão, inalação ou contato com a pele”, informa a página.
Para saber mais, siga o perfil da coluna no Instagram.