A qual especialidade médica recorrer para tratar lipedema?
Saiba quais médicos tratam ou ajudam no tratamento de lipedema, doença crônica que acomete principalmente as mulheres
atualizado
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Muito confundido com varizes ou retenção de líquidos, o lipedema é uma doença crônica que acomete principalmente as mulheres. Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), o quadro se caracteriza pelo depósito de gordura e inchaço localizado nas pernas e nos braços, além de dor nas áreas afetadas.
Conforme a endocrinologista Paula Pires disse à coluna Claudia Meireles anteriormente, o lipedema é uma condição do tecido conjuntivo frouxo, composto por gorduras, vasos, células da imunidade, células inflamatórias e fibroblastos.
Pessoas com diagnóstico da doença apresentam um tecido mais fibrosado, ou “duro”. “No meio dessa gordura, além de ter várias outras substâncias, há uma grande inflamação, uma gordura inflamada”, explicou.
Ainda não se sabe, ao certo, as causas do lipedema, embora estudos evidenciem algumas mutações e polimorfismos, o que indica um componente genético muito grande.
Outro aspecto muito discutido na medicina é a relação da doença com o estrógeno, um dos principais hormônios sexuais da mulher, sendo responsável pelo desenvolvimento das características físicas e órgãos sexuais femininos. “Tanto que o lipedema aparece ou piora em fases específicas da mulher, como puberdade, gestação e menopausa”, pontuou a médica.
A qual especialidade médica recorrer para tratar lipedema?
De acordo com a profissional, as especialidades que tratam e ajudam no quadro são endocrinologista, cirurgião-vascular, nutricionista, fisioterapeuta e cirurgião-plástico.
Apesar de não haver cura para a condição, há tratamento, o que inclui mudança do estilo de vida, perda de peso, alimentação saudável e exercícios físicos.
Paula acrescenta que a cirurgia plástica com lipoaspiração é uma das soluções mais efetivas, enquanto dieta, emagrecimento e mudança do estilo de vida melhoram os sintomas, como dor, roxos, sensação de peso e mobilidade. Contudo, não reduzem o volume.
Existem, também, ferramentas aliadas, a exemplo da drenagem linfática, da fisioterapia, das meias elásticas e das bombas pneumáticas de compressão (BCP).
Mas a médica faz um alerta importante: “Há muitas informações duvidosas por aí e muita gente vendendo fórmulas milagrosas, manipuladas ou produtos sem evidências científicas que, na verdade, não ajudam em nada e podem ser até perigosas.”
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