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A lição de vida do genial e incansável Mauricio de Sousa

Aos 84 anos, ícone dos quadrinhos expande negócios, lança filme e quer muito mais

atualizado

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Foto colorida do cartunista Mauricio de Sousa usando blusa branca e sorrindo para a câmera - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do cartunista Mauricio de Sousa usando blusa branca e sorrindo para a câmera - Metrópoles - Foto: Divulgação

Rio de Janeiro (RJ) – O que dizer sobre Mauricio de Sousa que não tenha sido dito antes? O criador da Turma da Mônica encanta gerações desde o final dos anos 1950 com seus personagens. Hoje, são mais de 400. Não à toa, o “pai” de Mônica, Cebolinha, Magali, Cascão e Chico Bento – para ficarmos apenas nos mais marcantes – é comparado frequentemente a Walt Disney, criador de Mickey e Pato Donald, o que só atesta sua dimensão, talento e importância no universo das histórias em quadrinhos.

Incansável, o cartunista não para. Do alto de seus 84 anos, diz ainda ter muito a fazer pelas crianças, que são sua vida. Prova disso? Recentemente, ele inaugurou uma Estação Turma da Mônica no Shopping Metropolitano, na Barra da Tijuca. Garantia de diversão para a criançada. A do Rio de Janeiro é a terceira. As outras duas ficam em Goiânia (GO) e em Olinda (PE).

Feliz e sentindo-se cheio de vitalidade, ele segue em frente, quer lançar mais filmes – Turma da Mônica – Laços, o primeiro, ainda está em cartaz – e dá um importante conselho para os adultos de todas as idades: “Não deixem morrer nunca a criança que há dentro de cada um de nós. Senão, morremos juntos”.

Confira a entrevista exclusiva que Maurício de Sousa concedeu para a Coluna Claudia Meireles!

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Parabéns, Mauricio!
O cartunista no interior de seu estúdio com a equipe de criação ao fundo
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Mauricio de Sousa em frente a seu estúdio, em São Paulo

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Parabéns, Mauricio!

Roberto Filho/ BrazilNews
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O cartunista no interior de seu estúdio com a equipe de criação ao fundo

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O que as crianças podem esperar da Estação da Turma da Mônica no Rio?
Muita diversão, alegria, brincadeiras e, logicamente, a proximidade com os personagens que as crianças gostam muito. Vai acontecer uma simbiose legal aqui!

Brasília está incluída no projeto? Existe uma perspectiva de fazer uma Estação na capital do país?
Eu adoraria, mas depende, às vezes, de aspectos até físicos. Por exemplo, esta estação está incrustada em um shopping que permitiu a armação de toda a infraestrutura. Se, em Brasília, nós tivermos a mesma possibilidade, será um sonho meu levar uma Estação da Mônica para a criançada de lá!

Consagrado e querido por gerações de pessoas, o senhor se sente realizado?
Ninguém se sente realizado totalmente, principalmente um artista. Cada momento e cada dia permitem uma criação e ideias novas. Então, não está parado. Ele está sempre querendo inovar de alguma maneira, principalmente para o nosso público, a criança, que adora uma novidade.

Eu não me sinto realizado porque ainda tenho muito o que fazer para a criançada. Ainda tenho muito o que criar e tenho, logicamente, uma trilha pela frente.

Estou com boa saúde. Sem esquecer que tenho uma equipe maravilhosa, que está fazendo a mesma coisa que eu fiz. Eu era sozinho no início e, agora, conto com uma equipe de mais de 70 pessoas. Então, vamos continuar trabalhando com muita alegria!

Já que seu plano é seguir em frente, o que mais gostaria de fazer?
Continuar a fazer cinema, agora que iniciamos. O primeiro filme foi um sucesso e teve ótimos resultados. Vamos continuar a fazer cinema.

Como é a sua rotina diária de trabalho?
Que trabalho? (risos) Prefiro dizer que é uma rotina diária de diversão. Eu gosto mais de me divertir. Minha rotina é acordar, pensar no que eu vou fazer e criar. [Há também] Os cuidados com tudo que a gente está fazendo no estúdio. Repassar para a minha equipe e para quem está próximo os caminhos que devem ser seguidos. E, logicamente, viver feliz da vida, porque estamos fazendo um trabalho em que eu posso, ao fim do dia, encostar a cabeça no travesseiro e sentir – e saber – que fiz o melhor que podia. Que estou agradando e dando satisfação e felicidade para o público mais sensível que existe: a criança.

Quando não está trabalhando, o que o senhor mais gosta de fazer?
Eu cuido muito da minha saúde. Cuido do corpo. Tenho a minha personal trainer, que me instrui a fazer muita ginástica. Eu me cuido bem porque gosto do que faço e quero continuar fazendo.

O senhor se exercita todos os dias?
Por recomendação, faço exercícios dois dias sim e paro um dia. A personal diz que os músculos têm que descansar pelo menos 24 horas, e depois lasca de novo (risos).

Muita gente cresceu acompanhando a Turma da Mônica e hoje sofre com as responsabilidades da vida adulta. Que mensagem daria para essas pessoas não perderem a criança interior que há dentro delas?
Não deixem apagar esse lado criança nunca. Não deixem morrer, senão, a gente morre junto.

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