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5 fatos sobre a lente contato dental que você provavelmente não sabe

A cirurgiã-dentista Talita Dantas esclarece dúvidas comuns a respeito do tratamento estético em evidência

atualizado

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Dentista realizando tratamento dentário em paciente
1 de 1 Dentista realizando tratamento dentário em paciente - Foto: Getty Images

A lente de contato dental está cada vez mais em evidência, visto que é um tipo de tratamento estético que conta com tecnologia inovadora. A ferramenta é ideal para quem procura por um novo sorriso. Ela é capaz de corrigir imperfeições relacionadas ao tamanho, ao formato e à aparência dos dentes.

Apesar de sua popularidade, poucas pessoas conhecem a fundo o tratamento. Dúvidas sobre como funciona, para quem é indicado e quais são os cuidados depois da colocação são muito comuns. Para responder esses questionamentos, a coluna Claudia Meireles conta com os esclarecimentos da cirurgiã-dentista e doutora em Reabilitação Oral Talita Dantas.

Cirurgiã dentista e doutora em Reabilitação Oral Talita Dantas
Cirurgiã dentista e doutora em Reabilitação Oral Talita Dantas

Confira:

1 – Lente de contato é considerada uma prótese e, por isso, é irreversível

A lente de contato dental, na verdade, é uma prótese. De acordo com a profissional, basicamente, os pacientes abrem mão de seus dentes para colocar um material artificial, a fim de repor uma parte do corpo. “Apesar de existirem opções de remoção a laser das lentes de contato, a estrutura dental desgastada deixa de existir e não é possível devolvê-la”, explica.

“Como prótese é um nome feio, ninguém gosta de usar, mas a verdade é isso. Remover a lente de contato dental é como trocar o piso de casa: quando tiramos o piso antigo, a base estará destruída e é preciso preparar o terreno para receber outro revestimento, não dá pra deixar sem o piso”, afirma Talita Dantas.

2 – Quase sempre é preciso “desgaste” do dente para encaixe das peças

Infelizmente, na maioria dos casos, é necessário preparar minimamente o dente para que a lente se encaixe bem, com conforto, boa adaptação e, claro, boa estética. “Na verdade, são poucos os casos em que nós conseguimos realizar sem algum desgaste”, fala a especialista. “Porém, quando esse preparo é feito por um profissional com bom senso e com os instrumentais adequados, pode ser suave e leve”, esclarece ela.

Dentista atendendo paciente em consultório
Veja fatos sobre a lente contato dental que você provavelmente não sabe
3 – Lentes de contato duram até 20 anos, mas precisam de manutenção

Segundo estudos, a durabilidade das lentes é entre 10 e 20 anos, mas isso não dispensa a manutenção periódica, já que elas podem fraturar por mau hábito do paciente, como também infiltrar, manchar ou serem substituídas por materiais e técnicas melhores.

“Assim como um paciente sem lentes de contato, as visitas ao dentista devem ocorrer a cada seis meses para fazer limpeza e avaliação das peças. Dessa forma, descobrimos se será necessário algum reparo”, conta a cirurgiã.

4 – Nem todo dentista é habilitado para realizar esse procedimento

A colocação das lentes não é um procedimento simples — e ainda conta com alguns riscos, como perda dental. “A verdade é que nem todo dentista tem capacitação para esses tratamentos. O paciente deve sempre conferir se ele tem formação em uma dessas três áreas: reabilitação oral, prótese ou dentística”, sugere Talita Dantas.

“Nós, especialistas, estamos recebendo casos de retrabalho nos consultórios. Já acompanhei pacientes que colocaram lente de contato dental há pouco tempo e estão apresentando gengivas inflamadas, dentes com cáries e outras doenças que não foram tratadas antes. Nesses casos, é preciso desfazer tudo, tratar as doenças e refazer, o que acaba sendo um custo em dobro para o paciente”, aponta a profissional.

Pessoa recebe atendimento de dentista em consultório
Nem todo profissional é habilitado para colocar lente de contato dental
5 – Pacientes jovens com dentes saudáveis precisam ser muito bem orientados

Outra situação apresentada pela cirurgiã diz respeito a pacientes com dentes saudáveis que poderiam se beneficiar de um simples clareamento ou de um pequeno reparo com resina, mas que acabam passando por procedimentos extremamente invasivos (e até irreversíveis), como as lentes de contato.

“Existe o perfil de paciente que busca pelo artificial, e isso tem que ser respeitado, mas a busca exagerada tem colocado em pauta a discussão sobre exagero de tratamentos também. É preciso muita ética para realizar tratamentos em pacientes muito jovens. Vejo pessoas com dentes hígidos, que não possuem uma restauração sequer, passando por procedimentos de desgastes, preparos e colocação de lente de contato por modismo estético”, finaliza Talita.

Para saber mais, siga o perfil da coluna no Instagram.

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