10 peculiaridades sobre a rainha Elizabeth II que nunca te contaram
A coluna compilou curiosidades pouco comentadas sobre a saudosa monarca, que construiu um legado histórico. Elizabeth morreu aos 96 anos
atualizado
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A rainha Elizabeth II era uma personalidade ímpar. Ela nunca pisou os pés nas escola, mas desembarcou em mais de 116 países. A paixão pelos animais também se estendia aos cisnes. Ícone de elegância, só usava a mesma cor de esmaltes. A soberana mais longeva da história da monarquia britânica “faleceu pacificamente”, aos 96 anos, nessa quinta-feira (8/9). Como forma de se despedir, vale lembrar fatos e detalhes pouco comentados da toda-poderosa.
Parece até mentira, mas a monarca não precisava utilizar passaporte ao embarcar e desembarcar nas viagens. Para além dos carimbos no documento de identificação, a rainha tinha um time de futebol favorito. Atenta aos detalhes peculiares, a Coluna Claudia Meireles compilou 10 assuntos imperdíveis da vida de Betinha — como os brasileiros a apelidaram carinhosamente.
1 – Rainha dos cisnes
Elizabeth II também era reconhecida como a proprietária de todos os cisnes sem donos no Reino Unido. De acordo com as leis determinadas há mais de oito séculos, a monarca reinante detinha “o direito de reivindicar a propriedade” sobre os animais não marcados que nadam em águas abertas. Ela não contabilizava mais a quantidade de aves, pois a função ficou a cargo do Marcador de Cisne oficial.
2 – Passe livre
Enquanto os meros mortais precisam, obrigatoriamente, utilizar o passaporte do país de origem nas viagens, a falecida rainha transitava sem o documento de identificação. A regra só valia para Elizabeth, enquanto os outros integrantes da dinastia Windsor sempre mostravam a certidão. O privilégio da rainha também se estendia para a carteira de motorista.
3 – Esmalte desde 1989
Quando Elizabeth gosta de algo, costuma demonstrar. Uma das provas está no esmalte. Ela usava o mesmo tom desde 1989. Intitulada de Ballet, a tonalidade faz parte da marca Essie. Atualmente, o cosmético é vendido por US$ 7, enquanto, no Brasil, custa entre R$ 36 a R$ 38. De acordo com a fundadora da etiqueta, Essie Weingarten, a rainha chegou a enviar uma carta “solicitando” um frasco do produto e recusou qualquer outra cor.
4 – Bênção, madrinha!
Será que os afilhados de Elizabeth II pediam bênção após fazer a reverência? Enquanto alguns dos “protegidos” não revelaram a resposta, vale conhecer algumas curiosidades a respeito dos apadrinhados pela chefe da monarquia britânica. Em 2002, o Palácio de Buckingham contou que a soberana somava 30 afilhados, sendo que nem todos são conhecidos do público.
A primeira criança confiada à monarca foi Guper Gerard Nevill, quando ela nem era rainha. Ele morreu em 1993.
5 – Time do coração
Pensava que Elizabeth só gostava de esportes equestres? Ledo engano. Ela tinha um time de futebol queridinho, o Arsenal. Até 2007, o nome da equipe era mantido em segredo, entretanto, o assunto ganhou grandes proporções após a rainha convidar o técnico Arsène Wenger para um evento no Palácio de Buckingham. Ele treinou o grupo de 1996 a 2018.
6 – Rainha da mímica
Confidente da falecida majestade, Angela Kelly chegou a comentar que Elizabeth tinha um “senso humor perverso”. Entre as habilidades da monarca estava a imitação. Ela sabia como ninguém em reproduzir o som do desembarque de um Concorde, avião supersônico. Em bate-papo com a Associated Press, o capelão da rainha, o bispo Michael Mann, presenciou o momento da mímica. “É uma das cenas mais engraçadas que você poderia ver”, disse o religioso.
7 – Bolsa de sangue
Antes mesmo de ascender ao trono britânico, em 1952, Elizabeth viajava para os países que compõem a Commonwealth (Reino da Comunidade das Nações, em tradução do inglês). Instantaneamente, ela tornou-se rainha em uma turnê real, após a morte do pai, rei George VI. Em 96 anos de vida, a soberana visitou 116 países diferentes – entre eles, o Brasil, em 1968. Por precaução, sempre que viajava, a toda-poderosa levava na bagagem bolsas com o próprio sangue.
8 – Misteriosa
Em sete décadas de reinado, a líder da Coroa britânica nunca concedeu sequer uma entrevista à imprensa. O historiador David Starkey a apelidou de “Elizabeth, a silenciosa”. Segundo o The New York Times, a majestade continuou fiel ao “mantra” de manter a política escondida dos olhos dos súditos. Em um artigo a respeito do comando da monarca, o Daily Mail escreveu: “O apelo duradouro da rainha é que ela nunca desnudou sua alma ao público. Mesmo nesta era do confessionário das celebridades, ela permaneceu envolta de mistério”.
9 – Fora da lei
Não bastava ser a toda-poderosa do Reino Unido, a cota de privilégios dela incluía não poder ser processada ou obrigada a prestar depoimento em um tribunal. A vantagem não a isenta de sair cometendo crimes. “Responsável” por milhões de súditos, ela seguia o lema de se manter como um exemplo de reputação, conforme traz uma declaração no site oficial do Palácio de Buckingham:
Embora processos civis e criminais não possam ser contra o soberano, a rainha tem o cuidado de garantir que todas as suas atividades em sua capacidade pessoal sejam realizadas em estrita conformidade com a lei
10 – Pagamento em álcool
Matriarca da dinastia Windsor, Elizabeth podia nomear um poeta laureado do Reino Unido. Tradicionalmente, o profissional recebia o salário anual de 5.750 libras, ou seja, R$ 34,3 mil. Além do montante, o pagamento englobava um barril inteiro de xerez, vinho produzido entre Cádis e Sevilha, na Espanha. Desde 2019, a função estava ocupada por Simon Armitage.
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