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Relacionamento e política mobilizam duas peças com temática gay

“Virilhas” e “O Filho do Presidente” discutem dramas pessoais e questões das minorias no processo eleitoral

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Virilhas, Foto:
1 de 1 Virilhas, Foto: - Foto: Michael Melo/Divulgação

Duas peças de teatro com temáticas LGBTs estrearam no último final de semana. “Virilhas”, um drama pessoal e intimista, e “O Filho do Presidente”, que discute diretamente política partidária e institucional das minorias numa eleição americana.

“Virilhas” tem texto e direção de Alexandre Ribondi, tradicional artista da nossa capital. Na peça, Luís e Fernando estão presos em um apartamento. Ali está acontecendo um sequestro, mas a gente não percebe de cara. Ah, sim, os dois atores passam o espetáculo inteiro pelados.

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"Virilhas": drama intimista e pessoal
Os atores Luís Ferrara e Fernando Oliveira contracenam pelados
Relacionamento terminou há mais de um ano, mas rusgas e angústias permanecem à flor da pele
"Virilhas": peça escrita e dirigida por Alexandre Ribondi
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Cena da peça "Virilhas": Amor e Tesão representados por ex-namorados

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"Virilhas": drama intimista e pessoal

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Os atores Luís Ferrara e Fernando Oliveira contracenam pelados

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Relacionamento terminou há mais de um ano, mas rusgas e angústias permanecem à flor da pele

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"Virilhas": peça escrita e dirigida por Alexandre Ribondi

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Houve o fim do relacionamento há 12 meses e 9 dias, mas todas as dores e angústias desse desfecho estão vívidos como no primeiro dia da separação. Na verdade, a dor é abafada e tem cheiro de virilha suada, como o cenário traduz tão bem o odor que a gente não sente, mas intui.

Eu gosto muito da sugestão de que aqueles dois homens, interpretados por Luís Ferrara e Fernando Oliveira, na realidade são as personificações do Amor e do Tesão, cada um com a sua beleza e seu poder devastador quando fora de controle. E quem já viveu um relacionamento – ou o fim dele –, sabe exatamente do que eu estou falando quando estes dois sentimentos se engalfinham e se combinam.

“O Filho do Presidente” é o primeiro texto do autor americano Christopher Shin a ganhar uma montagem no Brasil, com direção de Marcus Faustini. O idealizador do projeto é Felipe Cabral, roteirista e diretor de curtas de sucesso no YouTube (como “Gaydar” e “Aceito”). É Felipe também quem estrela a peça, junto com Anselmo Vasconcelos e Ingra Liberato.

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Felipe Cabral e Anselmo Vasconcellos: pai e filho são protagonistas de eleição americana
Anselmo Vasconcellos e Felipe Cabral: bastidores de processo político nos EUA
Elenco da peça: em cartaz no Rio de Janeiro
Atores de "O Filho do Presidente": peça é ambientada em um único cômodo de uma casa
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Elenco de "O Filho do Presidente": questões partidárias envolvem o filho gay de um candidato Republicano à presidência dos Estados Unidos

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Felipe Cabral e Anselmo Vasconcellos: pai e filho são protagonistas de eleição americana

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Anselmo Vasconcellos e Felipe Cabral: bastidores de processo político nos EUA

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Elenco da peça: em cartaz no Rio de Janeiro

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Atores de "O Filho do Presidente": peça é ambientada em um único cômodo de uma casa

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Anselmo é John Sr., candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos, e Felipe é John, o filho gay universitário. Durante a apuração dos votos da eleição, John é fotografado numa festa fantasiado de Maomé e seu melhor amigo de Pastor Bob, importante apoiador da candidatura de seu pai.

Posturas públicas oficiais se esbarram no conflito familiar em “O Filho do Presidente”. É curioso que as duas peças deste texto se passam em um único cômodo de uma casa, ao mesmo tempo que seus caminhos têm sentidos completamente opostos: o sentimento mais íntimo e pessoal, como o amor de um casal, não impede que o momento político se apresente na DR, assim como não há declaração oficial de um político que não carregue a verdade do seu lar.

“Virilhas” — Teatro Casa dos Quatro, 708 norte,  Brasília. Até 19 de novembro.

“O Filho do Presidente” — Caixa Cultural do Rio de Janeiro, Teatro Nelson Rodrigues. Até 19 de novembro.

 

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