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Concurso da PGDF: veja principais pontos do edital e prepare-se

Provas em busca de 100 vagas serão em 20 de março. Edital não contempla avaliação de títulos e reduz disciplinas de conhecimento específico

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Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
PGDF
1 de 1 PGDF - Foto: Vinícius Santa Rosa/Metrópoles

A Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) divulgou, nesta sexta-feira (20/12/2019), o edital para preencher 100 vagas de técnicos e analistas jurídicos.

O Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e Promoção de Eventos (Cebraspe), banca responsável pela seleção, recebe as inscrições entre 3 e 20 de fevereiro. As provas serão aplicadas em 22 de março.

Para serem competitivos, os interessados precisam fazer uma leitura minuciosa do edital para conhecer os parâmetros e regras de participação. Afinal, ao realizarem as inscrições — que custam entre R$ 54 e R$ 78 —, estão concordando com os termos.

Podem solicitar isenção os doadores regulares de sangue, doadores de medula, cadastrados em programas de distribuição de renda do GDF, comissário ou agente de proteção à infância e quem tenha trabalhado em pelo menos duas eleições recentemente.

Na última disputa, em 2010, 69 vagas foram abertas e 41.036 pessoas se inscreveram.

O prazo para apresentação do pedido de impugnação do edital começa na segunda-feira (23/12/2019) e segue até 30 de dezembro. Não há previsão de apresentação de recurso depois da divulgação do resultado das objeções, em 8 de janeiro.

Os candidatos podem concorrer aos dois cargos, pois as avaliações serão aplicadas em turnos diferentes. Os analistas terão 4 horas e 30 minutos pela manhã e os técnicos, 3 horas e 30 minutos.

O tempo adicional aos graduados se justifica pela existência de avaliação discursiva, deve ser elaborado um texto com até 30 linhas sobre assuntos de conhecimentos específicos.

Mudanças no edital

Em comparação com o último concurso, realizado em 2010 e elaborado pelo Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades), há mudanças significativas como a ausência de avaliação de títulos aos analistas, ponto que cria diferencial competitivo para quem tem especialização, mestrado ou doutorado.

A fase, que é classificatória, está presente na maioria dos concursos para nível superior.

O conteúdo programático foi alterado de forma inusitada: há menos disciplinas entre os conhecimentos básicos, comuns a todos os cargos.

Nas provas de março, os candidatos responderão questões de português, conhecimento sobre o DF e legislação específica. Há uma década, as disciplinas cobradas incluíam também atualidades e noções de direitos administrativo e constitucional.

A reta final para disputa das 100 vagas da PGDF termina em 93 dias. Durante a contagem regressiva, os candidatos precisam saber filtrar e direcionar os estudos com foco para o que poderá criar diferenciais. Os principais passos para atender a essa demanda são os seguintes:

Passo 1: avaliar nível de conhecimento

Com o edital em mãos, o candidato deve acessar um banco que tenha questões do Cebraspe para montar um simulado com todos os tópicos do edital. Assim, poderá passar um pente fino nos conteúdos e identificar o conhecimento acumulado e o que falta ser explorado, além de dar início à revisão.

Passo 2: listar tópicos conforme peso

Os conteúdos de conhecimento específico têm maior peso em comparação aos básicos, por isso, depois de identificar os assuntos que precisam ser estudados, o candidato deve listar os tópicos conforme prioridade.

Também é bom levar em conta a profundidade do estudo: alguns pontos podem precisar apenas de uma revisão mais simples e outros, um estudo aprofundado. À medida em que o tempo passa e a prova se aproxima é preciso tomar decisões do que será possível ser feito.

Segundo o edital, serão reprovados os candidatos que tiverem menos de 10 pontos nas questões de conhecimento básico e/ou 21 pontos em conhecimento específicos e/ou 36 pontos na somatória dos dois. Isso quer dizer que nenhuma disciplina pode ser zerada.

No caso específico do Cebraspe, há ainda a contabilidade de que cada resposta errada anula uma resposta certa. Diante disso, é preferível deixar o item em branco na folha de resposta.

Passo 3: não deixar nada de fora

No planejamento de estudo até a prova é necessário ficar atento às atividades pessoais e profissionais que já estão programadas e ao calendário. Além das festas de fim de ano, há também Carnaval (no final de fevereiro) e as férias escolares, quando filhos estão em casa.

Isso quer dizer que, na prática, não há 93 dias de fato para a preparação. Contabilizar corretamente o tempo disponível é essencial.

Outro ponto que não pode ficar de fora do plano dos futuros analistas é a prática de prova discursiva. Como serão abordados assuntos de conhecimento específico é importante pesquisar as abordagens e perspectivas do que está em pauta no noticiário e debates.

Com o costume de usar computador e celular, a escrita legível e ágil fica prejudicada e precisa ser treinada.

Oportunidades e cadastro de reserva

As oportunidades para os graduados estão distribuídas entre as áreas de administração (4 vagas), análise de sistemas – desenvolvimento (8), análise de sistemas — suporte e infraestrutura (6), arquivologia (1), biblioteconomia (1), contabilidade (12), direito (20), estatística (1), farmácia (2), jornalismo (1) e psicologia (1).

Os técnicos, cargo que exige nível médio ou técnico, estão divididas entre apoio administrativo (30 vagas), eletricidade e comunicação (3) e tecnologia da informação (1).

No fim da seleção, 1.100 nomes vão compor a lista de aprovados, incluindo a de cadastro de reserva, prevista para ter 10 vezes o número de vagas imediatas oferecidas. O concurso terá validade de dois anos e pode ser prorrogado por igual período.

A remuneração inicial é de R$ 7.320 para o cargo de analista e R$ 4.720 para técnicos, além de benefícios de auxílios para alimentação, transporte e creche, plano de saúde e gratificações.

Segundo dados do Painel Estatístico de Pessoal do GDF, em novembro, havia 583 servidores ativos na PGDF. Do total de efetivos, existem 58 postos vagos de analistas, o que representa 61,05% do quadro, e 79 vacâncias entre os técnicos, equivalente a 39,5% do previsto em lei.

A média de idade entre esses profissionais é de 39 anos e 45 anos, respectivamente.

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