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Enem 2019 deve ser mais seletivo e com menos inscritos em 9 anos

Com mais de 20 anos de história, o exame, a cada ano, está mais próximo de uma prova de seleção e mais distante de um exame de proficiência

atualizado

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1 de 1 educação ensino estudos - Foto: Divulgação

Nas últimas semanas, declarações do ministro da Educação, Abraham Weintraub, indicaram que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 terá como foco conhecimentos objetivos, deixando de lado questões com vertente ideológica. Ou seja, menos doutrinas, pensamentos, ideias e visões de mundo e mais “sala de aula” e conteúdos programáticos das disciplinas previstas para a educação de nível básico de ensino médio.

“A gente quer saber de conhecimento científico, técnico, de capacidade de leitura, de fazer contas”, afirmou o ministro da Educação.

Com mais de 20 anos de história, o Enem, a cada ano, está mais próximo de uma prova de seleção e mais distante de um exame de proficiência, como foi no início (entre 1998 e 2008). Desde 2017, a prova vem apontando em direção às questões mais seletivas e mais conteudistas.

Isso porque, entre outras razões, nas edições de 2009 a 2016, os participantes com 18 anos completos até o dia da prova podiam usar as notas para conseguir o certificado de conclusão do ensino médio. O candidato tinha de obter um desempenho mínimo de 450 pontos em cada uma das quatro provas objetivas e 500 na prova de redação. Com as reformulações feitas em 2017, essa opção deixou de existir. Agora, quem está em busca do certificado de conclusão terá de fazer o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).

Sendo assim, a partir de 2017, digamos que se perdeu a obrigatoriedade de compor as provas objetivas do Enem com questões mais fáceis. Eram elas que possibilitavam o acerto mínimo necessário para o público que buscava, no Enem, a certificação de ensino médio. Essa mudança também implicou na diminuição do número de inscritos. A edição de 2019 do Enem tem o menor número de participantes dos últimos nove anos. Pouco mais de 5 milhões de inscrições foram confirmadas.

Faltam poucas semanas para o Enem 2019 e, nesta reta final, a melhor maneira de potencializar sua nota e otimizar seu tempo de estudo e, cada vez mais, olhar para as provas anteriores. No entanto, com todas essas mudanças anunciadas, não vale muito a pena fazer provas tão antigas (pelo menos de ciências humanas e de linguagens).

Provas de outras bancas (mais tradicionais e conteudistas) podem ajudar na preparação para o Enem 2019. Como, por exemplo, provas do exame de qualificação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), provas da primeira fase da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). As últimas edições do exame apresentaram questões que avaliavam conhecimentos mais específicos e com maior grau de complexidade.

Vale lembrar que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação e responsável pela elaboração do Enem, criou uma nova etapa técnica de revisão de itens e, por isso, pela primeira vez, há um grupo responsável por validar as questões e assim “evitar que apareçam abordagens controversas com teor ofensivo a segmentos e grupos sociais, símbolos, tradições e costumes nacionais”, como acrescenta o ministro.

Uma dica interessante para se preparar para um Enem mais conteudista é utilizar a técnica que chamo de “Por que não eu?”. Funciona assim: a partir das questões de provas aplicadas anteriormente, justifique as alternativas que não sejam o gabarito.

Observe, por exemplo, a questão de número 21 da prova de Linguagens, do caderno azul, do 1º dia do Enem de 2017, que tem como gabarito a alternativa “A”. Note que, segundo o gabarito, o gravador Oswaldo Goeldi (texto I) recebeu fortes influências do Expressionismo (texto II), um movimento artístico europeu do início do século XX, conforme indica o enunciado da questão.

Agora, cabe ao estudante pesquisar as características do Fauvismo (alternativa B), do Muralismo (alternativa C), do Cubismo (alternativa D) e do Surrealismo (alternativa E) e justificar por que essas não são a resposta correta.

 

 

É possível também alinhar a técnica do “Por que não eu?” com as regras da ferramenta do 5W1H (resumo definitivo) apresentadas nesta coluna em artigos anteriores. Para auxiliar seu trabalho e otimizar seu tempo, eu fiz uma seleção de 107 questões conteudistas para você treinar. Quer ter acesso? Fácil! Basta me enviar uma mensagem direta via Instagram: @pp_pauloperez. O trabalho duro vence o talento! Lembre-se: vaga se conquista!

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