Tudo que você precisa saber antes de tentar a masturbação anal
Sem tanto holofote quanto à masturbação tradicional, a prática é uma ótima pedida para o autoconhecimento
atualizado
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Em tempos de pandemia e liberdade sexual, nunca se falou tanto sobre masturbação. É siririca para lá, vibrador para cá. Ainda assim, o autoprazer quase sempre é focado na vagina ou no pênis, e quase nunca no ânus.
A masturbação anal não só é possível como é bem-vinda. Segundo o psicólogo e especialista em sexualidade humana do Sexo Sem Dúvida, Marcos Santos, a prática só não é mais popular por ainda ser carregada de tabus e preconceitos.
“A maioria das pessoas tem curiosidade sobre sexo anal, mas não pratica por não achar a ideia confortável. A masturbação anal é uma ótima pedida para explorar o território e aprender sobre o próprio corpo”, diz.
Mas antes de começar, o especialista aponta algumas coisas que todo mundo deve saber para que a experiência seja prazerosa e inesquecível de um forma boa. Anota aí:
Relaxe!
“O que se faz sozinho(a) no ambiente privado diz respeito somente a si mesmo(a), seu aprendizado e seu prazer. Mulheres e homens precisam se despir dos medos e preconceitos para mergulhar em qualquer tipo de prazer. Se permitir, se autorizar, ser dono (a) do seu corpo”.
Prazer, ânus
“É preciso conhecer a anatomia anal. O ânus possui o esfíncter de entrada, que é responsável pelo contorno do canal e repleto de terminações nervosas. Ele deve ser muito bem estimulado para evitar desconforto ou dor. Possui também o reto, que não possui lubrificação e é mais apertadinho – motivo de ser parte da fantasia de muitas pessoas”.
Vá com calma
“Não tenha pressa em querer penetrar coisas no ânus. A penetração nem precisa acontecer da primeira vez. É importante antes fazer um tour exploratório da área. Depois, é possível contrair e relaxar o esfíncter externo, que é a entrada do ânus. Ao fazer esses movimentos, o esfíncter interno automaticamente se relaxa para que não haja dor com a penetração do dedo ou objeto escolhido”.
Traz o brinquedo
“Os brinquedos são bem vindos para experimentação. Além de testar a estimulação com os dedos, é possível variar usando plugs anais, vibradores e dildos, todos encontrados em qualquer sexshop. Todos são uma excelente alternativa para sentir prazer. Esta é a ideia que deve prevalecer também para a masturbação anal: uma brincadeira, uma atividade de lazer”.
Taca-lhe lubrificante
“O ânus não possui qualquer tipo de lubrificação natural. Apesar de muitas pessoas usarem saliva, esta prática não é das melhores para garantir conforto. Existem lubrificantes específicos para a exploração anal. Na dúvida, experimente inicialmente aqueles à base de água e sem estimulantes ou anestésicos. Há também os com propostas diferentes, que podem diminuir a sensibilidade do ânus ou despertar outras sensações”.
Higiene
“Por ser uma passagem para as fezes e não possuir um sistema ‘autolimpante’, algumas pessoas podem se sentir mais confortáveis em fazer uma lavagem do tipo “chuca” usando um enema ou clister (encontrados em farmácias)”.
Posições
“Aqui valem as mesmas regras do sexo anal. Posições em que o corpo inteiro esteja relaxado (conchinha), com acesso facilitado (sentado no sofá com uma das pernas levemente erguida), que permitam um maior controle (deitado de barriga pra cima, pernas afastadas com um travesseiro embaixo dos quadris para elevar as nádegas) etc. Vale a criatividade e experimentação de qualquer posição que exija menor esforço e ofereça maior prazer”.