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Tesão ou aflição? Fetiches têm diferentes efeitos de pessoa para pessoa

Sexólogo explica a subjetividade do desejo sexual e explica os riscos de praticar fetiches extremos sem estar certo(a) do que gosta ou não

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Foto: Thomas_EyeDesign/Getty Images
Fetiches variam de pessoa para pessoa
1 de 1 Fetiches variam de pessoa para pessoa - Foto: Foto: Thomas_EyeDesign/Getty Images

Sabe-se que fetiches, quando praticados com consentimento e de forma segura, são práticas sexuais saudáveis e mais comuns do que se imagina. Mesmo assim, é importante lembrar que nem todo fetiche vai servir para todo mundo.

É o exemplo de Kelly Key, que em entrevista ao programa Prazer,Feminino – que estreou sua segunda temporada na última quinta-feira (19/11), no canal GNT no YouTube – contou que mesmo já tendo feito sexo com o marido, Mico Freitas, em lugares públicos, não gosta da sensação de poder ser pegar no ato por alguém.

“No elevador eu teria vontade, o problema é alguém abrir do nada. Essa coisa do medo não me deixa tão louca assim não, eu fico desesperada. Eu gosto de estar relaxada, vou ser bem sincera”, disse.

Enquanto isso, pessoas com fetiches exibicionistas sentem excitação e adrenalina justamente no medo e na sensação de poderem ser vistos ou pegos por alguém. De acordo com o terapeuta sexual André Almeida, fetiches são subjetivos e vão variar de pessoa para pessoa. “O que excita e mobiliza o comportamento sexual de cada um é muito particular”, diz.

Não force a barra

Fazer certas práticas sexuais por impulso ou mesmo para ceder às vontades de outra pessoa sem ter certeza de que vai ser bom para si mesmo pode surtir o efeito contrário. Em vez de ser algo prazeroso, pode trazer traumas.

“É importante que todo comportamento, não apenas sexual, seja feito com consciência, consentimento, e você esteja tranquilo(a) para tal. Caso contrário, existe a possibilidade de gerar bloqueios que podem, inclusive, ser generalizados para outras questões do sexo”, afirma.

Com isso, a pessoa pode desenvolver travas sexuais e até, por exemplo, comportamentos de esquiva e fuga toda vez que iniciar uma prática sexual.

Para não correr esse risco, é importante ter um autoconhecimento prévio dos próprios desejos, que pode ser medido pelas fantasias. “Quando se fantasia sobre algo, há indícios de que há desejo sobre aquilo”, explica André.

Outra dica que o sexólogo dá é se informar. “Converse com pessoas que praticam e veja o que elas acham, busque informação. A internet está aí para isso e existem várias comunidades de vários fetiches”, indica.

Vá devagar

Se depois de todo o autoconhecimento e pesquisa você decidiu que está pronto para ir à parte prática, o terapeuta explica que o melhor é ir devagar para não se tornar algo aversivo.

No caso do sexo em público, por exemplo, que tal começar primeiro pela garagem de casa e locais mais sutis? “Comece devagar e vá sentindo como as coisas funcionam para você. É um processo sistemático, no qual você vê seus limites e vai evoluindo”, finaliza.

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