“Sit, junto, sentado e calado”: saiba 8 curiosidades sobre o pet play
Na prática do fetiche, uma pessoa vira o pet da outra e tem que se caracterizar, agir como o animal e obedecer ordens do(a) dono(a)
atualizado
Compartilhar notícia
Já ouviu falar em pet play? Em um primeiro momento, pode não parecer ter a ver com qualquer coisa relacionada a sexo, mas trata-se de um fetiche mais praticado do que se imagina, tanto em festas e sessões fetichistas quanto entre casais.
Na prática do pet play, uma pessoa se torna o “bichinho de estimação” da outra e deve obedecer seus comandos, emitir sons e se comportar como o animal se comportaria. Parafraseando Kelly Key: “vem, meu cachorrinho, a sua dona tá chamando”. É mais ou menos isso.
Vale lembrar que, desde que não cause sofrimento para nenhuma das partes e seja totalmente consensual, vale (quase) tudo entre quatro paredes, e fetiches são 100% saudáveis. Logo, por que não?
Curioso(a) sobre o pet play? A Pouca Vergonha separou 8 curiosidades sobre o fetiche. Confira:
Não tem nada a ver com zoofilia
Muitas pessoas ainda ligam o pet play ao crime da zoofilia, mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. O fetichismo envolvido está na questão da submissão, de dar e receber ordens, e não com a ideia do animal em si.
Varia a intensidade
Dentro do pet play existem as práticas mais brandas, como um simples “abanar o rabinho”, pegar coisas com a boca e fazer carícias no(a) parceiro(a), e também as mais intensas, que derivam do sadismo e masoquismo e envolvem palmadas ou castigos mais severos.
Tem outros nomes
Além de pet play, a prática é chamada também pelos praticantes de nomes que especifiquem o animal que está sendo representado, como dog play (cachorro), kitten play (gato), ponysm e pony play (cavalos, éguas), entre outros.
É derivado do BDSM
O pet play é uma variação do BDSM – que é o acrônimo para Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo -, já que as sessões giram em torno de hierarquia e obediência.
Apetrechos
Engana-se quem acha que o pet play se trata apenas sobre ficar de quatro, abanar o rabo e fazer sons. Além da representação, existe todo um mercado de acessórios e roupas para a prática, como coleiras, cabeças e máscaras – maquiagem também é bem-vinda.
Plug Tail
Ainda no hall dos acessórios, existe um que merece uma curiosidade inteira só para ele: o plug tail. Ele serve para dar ao “bichinho” uma cauda de verdade – é um plug anal com um rabo sintético acoplado. Existem diversos tipos de caudas: coelho, cachorro, raposa, coloridas, peludas e por aí vai.
Não precisa ser sexual
Assim como vários outros fetiches, o pet play não precisa ter um contexto erótico. Ainda que na maioria das vezes se trate de algo sexual, a brincadeira pode acontecer sem destino para uma transa, no dia a dia comum.
Pet play 24/7
As práticas fetichistas praticadas quase 24 horas por dia são chamadas no meio de 24/7 (24 horas, sete dias por semana), e também acontecem no pet play. Não só com casais, que em casa estão sempre representando pet e dono(a), mas também individualmente.
É o caso de Gama, um fetichista transespécie (que não se identifica como humano) brasileiro que vive sua vida quase 100% como cachorro – tanto nas ações como na caracterização. Ainda que tenha consciência de que não é um cão biológico, a prática virou um estilo de vida. O Sexlog.tv entrevistou Gama, que conta como é seu dia a dia: