Prazer total: 10 curiosidades sobre o squirt, o “jato” vaginal
É xixi ou não é? Todas as mulheres atingem? O jato vai muito longe? Especialista tira dúvidas sobre o fenômeno
atualizado
Compartilhar notícia
Eis que você está vendo um filme ou vídeo pornô e, de repente, a mulher em cena simplesmente esguicha muito (muito!) líquido da vagina, no que parece um ápice de prazer dela durante o sexo. A pergunta que sempre surge é: o que é isso?
O jato que essas produções representam (ou tentam representar) é o squirt – jato de ejaculação feminina que algumas mulheres têm em um clímax da transa. Mas várias dúvidas surgem, como o fato de ser ou não urina, se ocorre mesmo daquela forma, entre outras. Vale ressaltar que o assunto ainda não é consenso nem entre os profissionais da área.
Para esclarecer algumas questões, a Pouca Vergonha pediu ajuda para o especialista em sexualidade humana da plataforma Sexo sem Dúvida, Marlon Mattedi, e elenca 10 curiosidades sobre o squirt. Confira:
1 – Porque “squirt”?
O significado é mais literal do que se possa imaginar. “Squirt” é o inglês para “esguichar”. Como trata-se de um tipo de ejaculação feminina em forma de jato, foi batizada desta forma.
2 – Não é xixi
Uma das dúvidas campeãs quando o assunto é o squirt. E a resposta é: não. Não é urina. O líquido em questão é incolor. Se a secreção que escorrer da mulher for mais amarelado, não foi um squirt e sim um acidente.
3 – Mas também não é sêmen
Talvez por se falar muito mais do orgasmo masculino, é comum associar a secreção consequente de um orgasmo ao sêmen. Mas anota aí: o squirt não é sêmen. O líquido que sai da mulher não tem espermas e não é a mesma coisa que o gozo masculino. Outra coisa com a qual o esguicho não pode ser confundido é com a lubrificação natural feminina – são fluidos diferentes.
4 – Não tem cheiro
Não é novidade que a ejaculação masculina não tem o cheiro mais agradável – podendo variar de acordo com a saúde e os hábitos alimentares do homem, mas sempre mantendo um odor característico. Este não é o caso do squirt. Assim como não tem cor, ele também não tem cheiro algum. Trata-se de um líquido neutro e semelhante à água.
5 – Do tempo do Kama Sutra
Ainda que o prazer feminino não tivesse muito (quase nenhum) destaque há alguns anos, o squirt já é citado no Kama Sutra – obra que foi escrita há quase 2 mil anos. À época, referiam-se ao fenômeno como o “sêmen feminino que caía”.
6 – Não é uma cachoeira
Vá lá que o squirt existe, mas não chega a ser o verdadeiro banho de mangueira representado em produções pornográficas. O líquido pode ser percebido quando sai e escorre da vulva, mas não vai ser um jato com alcance de um metro. As cenas do pornô são produzidas, e não condizem com a realidade.
7 – Elas querem saber
Mesmo sendo um fetiche para muitos homens, as pesquisas sobre o squirt partem mais das próprias mulheres. Por ainda ser um tabu, muitas mulheres têm dúvidas e preocupações sobre o assunto: “Será que eu fiz xixi?”. “Todas as mulheres conseguem?”. “Como atingir?”.
Isso se deve também ao fato de que muitas buscam uma “receita de bolo” para ter um squirt, seja para experimentar ou agradar o(a) parceiro(a).
8- Nem todas têm, e está tudo bem
Muitas mulheres passam a vida sem ter um squirt. O que ainda não é consenso é se isso é porque algumas mulheres têm mais facilidade ou propensão que outras, ou se todas têm a possibilidade, mas não atingem por algum motivo. Também se sabe que algumas mulheres não identificam quando o têm.
O que não se pode é confundi-lo com orgasmo. Um orgasmo não é mais intenso por vir acompanhado de um esguicho, na mesma medida que é possível ter um orgasmo potente sem que haja o escorrimento do líquido.
9 – Não é consciente
Sabe a “receita de bolo” que as mulheres tanto buscam citada na sexta dica? Ela não existe. Não existem exercícios pélvicos, de mentalização ou concentração que vão garantir um squirt. Ainda que uma mulher tenha mais “facilidade” e consiga com frequência, ela não tem controle sobre isso. Ou seja, não é possível garantir um jato antes que ele aconteça – a não ser que, como nos pornôs, ele seja produzido (ou que se tenha sorte).
10 – Mais uretra, menos vagina
Seu mundo caiu? Pois é. Existe uma crença enraizada que liga qualquer ideia de prazer feminino diretamente com a vagina. Contudo o squirt é uma das provas de que isso não procede. O líquido vem da estimulação da glândula de skene, que também é conhecida como “próstata feminina” e fica mais próxima da uretra do que da entrada vaginal. Em outras palavras: o ponto G é importante, mas está longe de ter a exclusividade do prazer da mulher.
Curiosidade extra: Kunyaza
Na África, mais especificamente em Ruanda, existe um método milenar sexual que “garante” o squirt. Chama-se Kunyaza, que tem “sexo molhado” como um dos significados. A técnica consiste, basicamente, em masturbar a mulher (já lubrificada) com a cabeça do pênis na parte externa, fazendo movimentos rápidos (mas não fortes) entre os dois grandes lábios, passando sempre pelo clitóris.
De acordo com a lenda local, o método surgiu na antiguidade, durante a monarquia. Uma rainha, que há tempos estava distante do marido por conta da guerra, ordenou que um dos vassalos fosse a seu quarto matar seu desejo. Nervoso com o que aconteceria se o rei descobrisse, o escolhido começou a tremer quando foi penetrar, e o movimento na área externa vaginal teria provocado um orgasmo tão intenso que fez a monarca encharcar o colchão.
E aí, vai tentar?