Perdeu o tesão? 14 dicas para voltar a transar após o parto
Assim como Sabrina Sato, muitas mulheres convivem com a falta de libido nos primeiros meses após o nascimento do bebê
atualizado
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A gestação e a maternidade são experiências únicas, apesar de frequentemente generalizadas. Um dos assuntos associados ao pós-parto e que, por gerações, foi analisado sob uma perspectiva universal é retomada da vida sexual.
Prova disso, é a recomendação de que os casais voltem à ativa 40 dias após o nascimento do bebê: com a chegada de um filho e todas as problemáticas associadas à ela, “quem está pronto pra fazer sexo”?
A pergunta feita por Sabrina Sato, em entrevista divulgada nesta semana, reacendeu o debate sobre o tema. Quase um ano após dar à luz sua primeira filha Zoe, a apresentadora declarou que que ainda não conseguiu retomar a vida sexual com o marido Duda Nagle.
Em entrevista à TPM, ela afirmou que o casal têm aprendido a lidar com a falta de tesão, que pode surgir em decorrência das transformações hormonais e familiares. E que, para ambos, “está tudo bem”.
“Como melhora [o sexo] se não existe? Quem faz sexo depois de ser mãe? É difícil, a vontade não vem”, desabafou Sabrina. “Mas eu tô tranquila com isso, sabia? O Duda e eu conversamos muito e estamos bem. Antes a gente era um casal. Agora, somos uma família”, completou.
De volta à ativa
A fase vivida por Sabrina é comum às mulheres, mas ao contrário do que sugere a recomendação do puerpério, é impossível determinar um prazo para que elas estejam prontas, novamente, para o sexo. A verdade é que, enquanto algumas experimentam dor, fadiga e estresse no pós-parto, outras não veem a hora de voltar a ter relações sexuais com o parceiro.
Segundo a sexóloga e consultora em saúde Tâmara Dias isso pode ocorrer por questões que vão desde o cansaço por causa da nova (e desgastante) rotina e a preocupação com o bebê até mudanças fisiológicas.
“Para além das mudanças na rotina, após o parto a mulher experimenta uma queda brusca nos hormônios (como estrogênio e progesterona), que leva à diminuição da libido. A produção de prolactina pelo corpo, para produção do leite, também pode ter uma influência negativa. O prazo de 40 dias é o mínimo recomendado para a recuperação fisiológica da mulher. No quesito emocional, outros fatores influenciam”, explica.
Dicas
Apesar de ser um período difícil há várias atitudes que podem ser tomadas – tanto pela mulher quanto pelo(a) companheiro(a) – para restabelecer a intimidade de forma natural e voltar à ativa com prazer e confiança. Com ajuda de Dias, Metrópoles elenca dicas que podem ajudar. Confira:
- Fatores emocionais são determinantes para retomar a vida sexual. Por isso, antes de estar bem com o parceiro, é preciso estar bem com você. Procure elevar a autoestima e dê um tempo para compreender as alterações no corpo e as mudanças na rotina.
- Nessa fase da vida a dois, diálogo é fundamental. Converse abertamente com seu/sua parceiro(a), independente de ser ele(a) ser pai/mãe da criança. É importante que ele(a) compreenda as mudanças físicas e mentais pelas quais você está passando. “Se possível esse “combinado” deve ser iniciado ainda na gravidez”, diz Tâmara.
- Outro ponto que deve ser conversado envolve o que pode ou não deixar a mulher desconfortável. Os seios, por exemplo, passam a ter um significado diferente para muitas mulheres. Em outros casos, há muita sensibilidade na região vaginal. Vale colocar as cartas na mesa.
- O parto pode exigir muito da musculatura vaginal e até mesmo prejudicar o tônus muscular na região. Dessa forma, consulte o médico sobre a possibilidade de retomar a prática de exercícios físicos, incluindo alguns localizados.
- Se decidirem que é a hora certa, a dica é: planejem-se com antecedência. Se vocês não contam com uma rede de apoio para passar um tempo com o bebê, alimente-o e peça para o seu parceiro(a) colocá-lo para dormir com uma fralda seca — tudo que puder fazer para ganhar tempo.
- Abuse das preliminares e garanta uma boa lubrificação, seja ela natural ou comprada em farmácia. No período pós-parto, a vagina fica menos úmida, o que pode dificultar a penetração e tornar o ato sexual mais dolorido e incômodo. Isso acontece porque a produção do leite está associado à prolactina, hormônio que deixa o órgão sexual feminino em estado semelhante à menopausa, com menos lubrificação.
- Lembre-se: sexo não se resume à penetração. Se ela parecer assustadora pra você, lembre-se que existem diversas técnicas para chegar ao ápice do prazer sem que, necessariamente, apele-se às famosas vias de fato. E já falamos de algumas na coluna.
- Para evitar o risco de infecções, é importante usar camisinha.
- O homem é capaz de passar longos períodos sem sexo, mas essa não é a regra. A masturbação não deve ser encarada como algo condenável nem nessa como em nenhuma outra fase da vida. Pelo contrário. Se você tiver tempo e vontade, exercite a (re)descoberta corporal. E se perceber que precisa levantar a bandeira do consentimento ao parceiro, faça-o sem medo. Ele pode se sentir muito mais excitado para esperar a retomada do sexo a dois.
Do outro lado…
- A retomada da vida sexual também é responsabilidade do parceiro (a) – inclusive, na mesma proporção. Por isso, é importantíssimo que ele(a) colabore com o processo. Algumas dicas podem ajudar quem está do outro lado:
- Certifique-se que está dividindo as tarefas de casa e relacionadas ao bebê. Lembre-se que elas são responsabilidades dos dois. Assim, caso um dos lados fique sobrecarregado, é possível que a relação passe por problemas. O que, inevitavelmente, influenciará na vida sexual do casal.
- Contribua com a autoestima da parceira nesse momento de redescoberta pessoal e de mudanças no corpo. Elogie e demonstre sua admiração pela mulher que ela é e pelo papel que ela acaba de assumir.
- Abuse de abraços, beijos e carícias. Mesmo que ambos estejam exaustos, é importante reservar alguns instantes para demonstrar que sua parceira é atraente sexualmente. Invista, também, em jogos de sedução – sempre que possível dê beijos demorados, abraços apertados e provocações. Na hora do banho, no momento de dormir ou mesmo na cozinha, de surpresa. Deixe que o clima vá esquentando no decorrer das semanas, sem pressa.
- Na hora H, preocupe-se com a satisfação da parceira. Aos poucos, a vida sexual volta ao normal e, muitas vezes, melhor que nunca.