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Mãos à obra: especialista dá dicas para se dar bem na primeira masturbação

Lívia Soares explica qual o melhor método e a importância de conhecer o próprio corpo

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Mulher de calcinha
1 de 1 Mulher de calcinha - Foto: Reprodução/ FreePik

Sim, é isso mesmo: uma matéria só de dicas de masturbação para jovens e mulheres de primeira viagem. Pegue seu vibrador, seu travesseiro ou prepare seus dedos e fique à vontade. Mas calma: o corpo feminino exige destreza daqueles que o pilotam. Para desgraça de quem prefere trabalhos mecânicos à poesia do artesanato, a arte da masturbação de uma vagina, seu clitóris e entornos pede uma mistura aparentemente contraditória de suavidade com pressão, carinho com vigor, físico com emocional.

Parece difícil? Até é. Mas se masturbar com sucesso é algo que dá para aprender com dicas e, especialmente, com a prática constante. Porque ninguém vira especialista em coisa nenhuma se não treina, estuda e se dedica. “A mulher precisa ter um bom conhecimento do próprio corpo, como, por exemplo, o que lhe agrada, o que é neutro, o que nem adianta tentar porque não vai levar a lugar nenhum, qual o melhor ritmo, posição, e até mesmo onde dói”, explica a ginecologista e sexóloga Lívia Soares.

Segundo ela, para começo de conversa, é importante que se esclareça no que consiste a masturbação feminina. “Se no homem as coisas são meio óbvias, com aquela ereção ali gritando na cara da sociedade, nas moças fica tudo um pouco mais subentendido. Basicamente, a ideia para que se chegue ao orgasmo é estimular as áreas sensíveis na região da vagina, sejam elas quais forem. No geral, elas costumam ser os lábios e o clitóris, que, pasme, tem o dobro de fibras nervosas do que o pênis”, esclarece.

Mas, e a penetração, não tem aquela história de que causa um orgasmo diferente? “Este ainda é um assunto muito polêmico no meio da sexualidade”, resume. “Isso vem desde a época de Freud, que afirmava que a mulher que não sentisse orgasmo através da estimulação vaginal era considerada histérica e imatura. Estudos posteriores desmentiram esta afirmação ao demostrar que o orgasmo pode, sim, ser atingido somente com a estimulação clitoriana. Desta forma, não haveria diferença entre os dois tipos de orgasmo, sendo apenas formas diferentes de se ‘chegar lá'”.

E o ponto G? A expert indica a direção: “Sua localização, tamanho e espessura variam de mulher para mulher. Para encontrá-lo, a mulher deve estar bem relaxada para que as paredes vaginais fiquem muito bem lubrificadas e o ponto G fique inchado, cheio de sangue e, portanto, mais sensível e proeminente. Ele pode ser identificado como uma pequena saliência enrugada, uma área oval, localizada embaixo do osso púbico, na parede frontal interna da vagina”.

De barriga para cima, a mulher pode usar o dedo médio, com a palma da mão virada para cima, e penetrar a vagina até encontrá-lo. Quando estimulado, é comum que, no início, algumas mulheres sintam vontade de fazer xixi, mas, quando o movimento continua, é possível que o prazer acabe chegando. “Como em qualquer outro estímulo humano, pode não ser igualmente prazeroso para todas”, esclarece a médica.

Em determinados casos, “cutucar” de um jeito gostoso o ponto G pode levar à ejaculação feminina. “O que acontece é um excesso maior de lubrificação do ponto mais alto do clímax e muitas mulheres perdem urina que é confundida com ejaculação”, aponta a especialista. Além disso, a sexóloga também conta alguns segredos:

“A ejaculação feminina não é como nos filmes. Não se decepcione se você não soltar jatos quilométricos de fluído. Ela é um jato e pode sair com mais ou menos intensidade e volume de mulher para mulher, mas jamais do modo exagerado como aparece. As atrizes pornô geralmente bebem muita água antes de filmar e urinam durante a cena, para simular uma ejaculação. Outras colocam água na vagina e contraem o músculo pélvico para expelir”.

Outro mito importante de se desconstruir é o de que meninas que se masturbam com frequência, sozinhas, podem ficar com dificuldade para gozar depois, quando masturbadas por outra pessoa, já que ficariam acostumadas com um “jeito” específico. “O que acontece, na verdade, é o oposto, já que, por se conhecerem melhor, moças adeptas do onanismo têm mais chances de descobrirem novos pontos de prazer e apresentá-los a suas parcerias”, explica Lívia.

Sobretudo, se masturbar significa operar todas as ferramentas que têm o poder de se levar ao prazer. Por isso, mãos à obra e boa sorte.

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