Ainda que a sexualidade esteja sendo cada vez mais discutida e que a compra de sex toys tenha crescido durante a pandemia, a introdução das pessoas ao mundo dos sex shops ainda é um tabu.

Sejam solteiras ou acompanhadas, as pessoas tendem a se sentir desconfortáveis e envergonhadas de adquirirem artigos eróticos. Muitas delas deixam de fazer compras online por medo de que, quando o pacote chegar, sua intimidade seja exposta para o porteiro, família e quem mais puder entrar em contato com a caixa.

Contudo, antes de entrar no “mundo do sex shop”, uma informação valiosa é que as empresas do segmento se preocupam com discrição, justamente por saberem que ainda se trata de um tabu.

Neste caso, as embalagens não têm sinal algum de que o produto se trata de algo erótico. “Quando a pessoa recebe em casa, é uma caixa parda como qualquer outra. Sem abrir, é impossível saber o que há dentro”, garante Geraldo Pacheco, administrador da sex shop Segredo Erótico. Até a fatura no cartão de crédito é discreta e não vem acompanhada de um gritante SEX SHOP.

Uma vez que essas preocupações são riscadas da lista, a equipe da Segredo Erótico entrega algumas dicas para quem quer entrar no universo dos sex toys, mas ainda não sabe por onde ou como começar. Confira:

Passo a passo da primeira compra

Pesquisa: “Pesquise a área em que você e seu parceiro ou parceira sentem mais prazer. Vale a pena pensar se há algum fetiche a ser explorado”.

Atenção às sex shops: “Fique atento(a) à qualidade da sex shop. Uma dica é procurar saber sobre a experiência de outros clientes”.

Abrir a mente: “Se desfaça de julgamentos morais ultrapassados que só atrapalham a descoberta do prazer sexual”.

Escolha o brinquedo: “Iniciantes podem tentar géis de sexo oral, anel vibratório e jogos de dados. Também vale a pena pesquisar sobre sugadores de clitóris e vibradores para dar esse primeiro passo”.

Como levar ao(à) parceiro(a)?

Quando a pessoa que quer começar a fazer uso de brinquedos sexuais está dentro de um relacionamento, o medo da reação do(a) parceiro(a) pode ser um dos empecilhos.

De acordo com Geraldo, uma conversa sincera é a melhor maneira de trazer o assunto às claras. “Muitas vezes, ambos sentem a mesma vontade, mas têm receio de trazer o assunto à tona”, diz.

Caso haja dificuldade em dar início ao assunto, uma dica do empresário é comentar, naturalmente, algo que leu ou ouviu e ver como o outro recebe e o que acha do assunto (não tenha medo e use a Pouca Vergonha!!!)

Sobre o bom e velho medo de ser “trocado(a)” pelo sex toy, Geraldo garante que os acessórios estão no mercado para servirem como aliados, não como concorrentes. “Em todos esses anos no mercado, nunca ouvimos nenhum relato de que alguém foi trocado por um brinquedo erótico”, afirma.