Entenda o que é a “química sexual” e se dá para identificá-la sem transar
Terapeuta sexual explica as diferenças entre a química e a atração e desmistifica a aura quase mágica que existe em torno do termo
atualizado
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Quando se pensa em química sexual, é normal ir à mente algo intrínseco e totalmente fora do controle dos envolvidos – quase como uma aura mágica de tesão e encaixe. Perfeito, sem defeitos. Certo? Errado.
De acordo com o terapeuta sexual André Almeida, o que se chama popularmente de “química”, é algo 100% comportamental e tem a ver com afinidade de repertórios.
“Em outras palavras, é quando os comportamentos sexuais de uma pessoa combinam com o que para você é reforçador na cama”, explica.
Ainda que a química esteja relacionada ao tesão e à atração, o sexólogo explica que não se tratam da mesma coisa. “Eu posso achar uma pessoa bonita e me atrair por ela. Mas quando vou beijá-la, por exemplo, minha forma de beijar não bate com a dela. Isso causa um desencontro repertorial e uma consequente diminuição na excitação”, afirma.
Química à primeira vista?
Dito isso, fica o questionamento: dá para saber se vai rolar a tal “química sexual” antes de ir para a cama com a pessoa? André afirma que sim. Mas para isso seria necessária uma coisa que as pessoas mal fazem em relacionamentos, quanto mais em encontros casuais: diálogo.
“Se de alguma forma houver abertura para você conversar com a pessoa sobre como vocês gostam das coisas, seja do sexo oral ou de outros detalhes, dá para saber. Caso contrário, só experimentando mesmo”, diz.
E se não bater? Não há com o que se preocupar. Uma vez que a “química” é comportamental, ela pode ser construída – tanto para o bem, quanto o mal.
“Pode acontecer das pessoas estarem dispostas a aprender o que a outra gosta e irem reforçando essa química, ou mesmo delas passarem a gostar de coisas diferentes, quererem experimentar outras coisas, e a química inicial ser perdida”, finaliza.