metropoles.com

Entenda o edging, que promete orgasmos intensos e transas duradouras

Especialistas ensinam técnicas para mulheres e homens de como retardar o orgasmo e fazer sexo por mais tempo

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/ FreePik
Mão de mulher apertando lençol vermelho
1 de 1 Mão de mulher apertando lençol vermelho - Foto: Reprodução/ FreePik

Já se gastou muita tinta tentando ajudar as pessoas a experimentar orgasmos maiores e melhores, com dicas que vão do normal (preliminares) até, sabe, ações criativas (“use um colar de pérolas para se masturbar ou masturbar o parceiro”). Contudo, uma dica muitas vezes esquecida nesses guias de sexo é a técnica simples e muito eficiente conhecida como edging.

Para não confundir com o termo de manutenção de gramados, que também leva esse nome, edging (no vocabulário sexual) é uma técnica para se levar (ou levar outra pessoa, ou os dois juntos!) até o limite antes do orgasmo, aí parar. Isso mesmo.

“Repetir isso algumas vezes faz o corpo se transformar num nervo gigante e pulsante de sensações; e seu orgasmo, se e quando você se permitir, será muito mais intenso e poderoso”, explica a sexóloga e terapeuta corporal Valeria Walfrido.

Mais tempo de “vuco-vuco”

Segundo ela, há muitas vantagens em utilizar o edging. “Para os homens, o apelo muitas vezes é que encontros sexuais podem durar mais tempo, já que, segundo estudos, a duração média do sexo ‘pênis na vagina’ é de 5 minutos“.

Além de viver o sonho de transar a noite inteira (ou só um pouco mais de 5 minutos), o edging atrai as pessoas porque permite ficar num estado aumentado de excitação. “Ir aumentando a excitação de alguém também permite que a mulher vá se aquecendo, e aumenta a chance dela ter seu próprio orgasmo”, frisa.

Dá para misturar com fetiche e potencializar o orgasmo

Em se tratando de fetiche, doms e subs também praticam o edging, mas com elementos adicionais de controle psicológico e físico para praticar o atraso ou negação da pessoa ou do/a parceiro/a gozar. “A excitação aumentada ainda se aplica, mas com um toque de dinâmica de poder para apimentar as coisas. Tem quem goste muito disso”, relata a profissional.

Pra quem é dom, edging o parceiro pode aumentar suas sensações de poder e controle – mas também funciona ao contrário. “Dominantes que querem testar seu controle do corpo e desejo também podem praticar. Para os submissos, pode aumentar sentimentos de submissão, objetificação consensual e rendição”.

Você controla seu orgasmo

Você pode praticar sozinho através da masturbação. “Conhecer seu corpo e como ele responde a sensações, pressões e ritmos é muito útil não só para edging, mas qualquer atividade sexual. Como diz o antigo ditado grego: ‘Conheça a si mesmo’. E, considerando que esse pessoal era grego, podemos supor que eles estavam falando sobre masturbação mesmo”, brinca Valeria .

A abordagem básica para a prática envolve se masturbar até sentir que pode gozar, parar por um tempinho (mas não tanto ao ponto de perder o interesse) e começar de novo. “Repita isso algumas vezes para ver como você se sente, não só os genitais, mas o corpo todo. Quanto mais você treinar, mais você descobre quanto tempo aguenta, e mais explosivo o orgasmo será”, complementa a sexóloga.

As marchas da mulher

Como identificar o momento certo? Mais uma vez, a magia começa pela masturbação. Para entender melhor como a escala do prazer feminino funciona, Valeria Walfrido compara o corpo da mulher a um automóvel que precisa ser acelerado:

“O ponto morto é o relaxamento total. Daí, passamos para a primeira marcha, iniciando os estímulos, tocando-se levemente nos genitais e passando a outra mão pelo corpo”, relata.

Depois, hora de acelerar. “Vem a segunda marcha, com uma estimulação com mais capricho, explorando os pontos prazerosos e excitantes, como os mamilos. Na terceira, o estímulo maior fica nos lábios vaginais, clitóris e no contorno uretral. É o momento de perceber que a vagina está ficando molhada”, explica.

Nas duas últimas, o momento fica mais intenso e mais difícil de parar. “Na quarta marcha, o rosto fica vermelho, a pele úmida de suor, palpitações, vontade de excitar cada vez mais o clitóris e adjacências. Chegamos, então, na quinta marcha: é o ponto sem retorno, ou seja, ladeira abaixo, ou melhor, ladeira acima”, brinca a especialista.

“É possível sentir as contrações vaginais, uterinas e musculares cada vez mais fortes. Os olhos estão fechados, e o toque se intensifica para acabar em um delicioso orgasmo”, frisa. Para praticar o edging, o segredo está em prestar atenção na “velocidade” da terceira marcha e observar cuidadosamente a chegada da quarta, para ser capaz de acelerar ou reduzir a velocidade.

“Diminuir a marcha equivale a interromper os toques, retirar o pé do acelerador é o mesmo que moderar a respiração e acionar o freio seria interromper todos os estímulos para que você mesma perceba a redução dos batimentos cardíacos e das pulsações genitais”, ensina Valeria.

Segundo ela, com essa diminuição “dá para retornar a qualquer uma das outras marchas/etapas e recomeçar a acelerar e a reduzir algumas vezes até ir com tudo e alcançar o ponto sem retorno, e explodir de prazer em um gozo maravilhoso”.

A dois, basta pedir um tempinho para o par, mudar um pouco as carícias (vale apenas estimular a pessoa) e retomar para depois ir até o fim.

A respiração do homem

Segundo o educador sexual Ricardo Desidério, a sensação de prazer é mais perceptível na glande, principalmente durante a masturbação ou quando o cara recebe sexo oral. “São alguns arrepios muito intensos, o que dá a sensação de que você vai explodir”, diz.

Ele explica que o segredo está na respiração. “É preciso aprender a respirar, ou melhor, a controlar a respiração”, frisa Ricardo. Quando estiver se masturbando e perceber que vai ejacular, respire fundo e faça uma pausa. Inspire, pare de se tocar e vá tomando consciência de como está a respiração. Repita esse movimento duas ou três vezes. Quanto mais se pratica, melhor será seu autocontrole.

Quando estiver transando com alguém e perceber que está prestes a gozar, descentralize a atenção do pênis por uns instantes, mesmo que isso signifique interromper a penetração. Faça sexo oral no par ou qualquer outra coisa que não inclua o órgão e depois volte a repetir o movimento. “Continue até gozar, você vai perceber que o clímax foi mais intenso. É possível repetir isso algumas vezes, só depende de treino”, fala o especialista.

“Na próxima masturbação, atingindo o máximo de excitação, reduza a intensidade dos estímulos para evitar o orgasmo. Prolongue a fase do ‘quase lá’ e aprenda a desfrutar do momento que antecede o auge. Perceba que, com uma fase de estímulo maior, o orgasmo se torna mais intenso e o volume de sêmen aumenta”, completa.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?