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Diário de uma Cam Girl: ex-BBB Clara Aguilar fala sobre carreira no camming

A ex-BBB bateu um papo com a Pouca Vergonha sobre a carreira, o aumento dos lucros durante a quarentena e projetos futuros

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Foto: Reprodução/Instagram
Clara Aguilar
1 de 1 Clara Aguilar - Foto: Foto: Reprodução/Instagram

“Olá, digníssima família brasileira!”. Quem gosta e acompanha o segmento sexual provavelmente já ouviu esta frase. Esta é a forma que Clara Aguilar, que ganhou notoriedade nacional no BBB 14, introduz os vídeos de seu canal no Youtube, Às Claras.

Ainda durante a participação no reality, Clara dividiu com o público que, além de ser DJ, trabalhava com camming – profissão em que mulheres se filmam e interagem com o público que está assistindo, enquanto se masturbam, fazem sexo, entre outras coisas que os clientes pedem.

Ainda que a declaração tenha sido recebida com preconceito por muitas pessoas, a cam girl nunca deixou de falar abertamente sobre sexualidade. Para dividir suas experiências com o público, Clara criou seu canal, em uma época em que quase não se via conteúdos sobre o assunto.

 

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Hoje faz 5 anos desde a primeira gravação do Às Claras. Foi uma longa caminhada até aqui, tantos altos e baixos, acho que a pior fase foi quando perdi o primeiro canal com quase 300 mil inscritos, ser passada pra traz por pessoas ruins só me deixou mais forte. Agradeço a essas pessoas por me darem mais coragem e determinação. Agradeço também aos poucos que acreditaram em mim desde o comecinho. E hoje estamos aqui, 1 milhão e 300 mil inscritos, crescendo a cada dia mais e mais, são centenas de vídeos, aonde eu consigo ser 100% eu mesma, aonde eu coloco todo meu coração, aonde eu faço questão de me expor e contar as minhas experiências pra que assim eu possa ficar mais perto de vcs! Esse canal é pra vcs, pra ajudar nessa desconstrução diária em que nossa sociedade vive. Obrigada obrigada obrigada! ♥️

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Hoje, além de fazer sucesso no Câmera Privê, a criadora de conteúdo, que é mãe de dois filhos, conta com mais de 1,34 milhões de inscritos no Youtube, toca a carreira de DJ e ainda lançou a Spikywire, uma exposição online com quadros pintados por ela.

A Pouca Vergonha bateu um papo com a cam girl para saber sobre a carreira em meio à quarentena – e como ela consegue conciliar tudo com a maternidade. Confira:

Como começou sua carreira no camming?
Foi quando tinha 18 anos, por influência de amigas que faziam camming há alguns anos. Sempre gostei de me exibir e vi uma oportunidade de fazer algo que eu já gostava e ganhar dinheiro ao mesmo tempo.

Há muita relação entre a autoestima feminina e a forma como a mulher lida com a própria sexualidade. O camming te ajudou nesse sentido, te deixando mais segura?
Quando eu era mais nova, não. Eu sempre fui muito insegura, e ser cam girl me deixava mais insegura ainda. Com o tempo, fui ficando mais madura, aprendi muito sobre feminismo, sobre amor próprio. Hoje em dia sim, o camming me deixa mais segura com a forma que lido com minha sexualidade.

Você passou um período sem fazer camming. Por quanto tempo você parou e por que decidiu voltar?
Parei por um ano, logo após o Big Brother. Foi por falta de tempo apenas. O primeiro ano pós reality foi muito cheio de compromissos e eu mal tinha tempo para minha família.

Durante esse tempo, qual foi seu foco na vida profissional?
Eu me dediquei à carreira de DJ, pois eu já era algo que eu fazia antes do BBB. Então aproveitei a visibilidade para focar nisso.

O Às Claras já tem cinco anos. Em que momento você percebeu que seria interessante fazer um canal no Youtube?
Quando comecei, não existia ninguém falando de sexo abertamente no YouTube. Fiz o canal pra dividir minhas experiências e ajudar outras mulheres a quebrar tabus relacionados a sexo e sexualidade.

Tem algum tipo de vídeo ou quadro específico que bomba mais quando você publica?
Os tutoriais são os mais bombados: como fazer um sexo oral perfeito, como fazer sexo anal sem dor, posições, etc.

Você nunca participou de um filme pornô. Já teve vontade ou recebeu convites? Se sim, por que decidiu não atuar?
Nunca tive essa vontade. Se tivesse, teria feito sem problemas. Porém já fiz shows na webcam acompanhada de outras cam girls.

Sua carreira no sexo é no âmbito digital. Toda a situação da pandemia e da quarentena mudou alguma coisa na sua rotina produtiva? Os clientes do camming e seu número de aparições aumentaram?

A quarentena aumentou o número de clientes, e consequentemente os lucros também. Tenho ficado online mais frequentemente por ter mais tempo em casa.

Em meio à quarentena com os filhos em casa, como tem sido conciliar a maternidade com o trabalho?
Eu costumo ficar online à noite, quando os meninos já estão dormindo. Então não me atrapalha.

Recentemente você abriu uma exposição online com seus quadros. Como surgiu a ideia da Spikywire?
Eu pinto desde criança, porém passei muitos anos sem pintar uma tela. Voltei há alguns meses, mas nunca tive muito tempo para esse hobby. Durante a quarentena, consigo me dedicar, estudar e aprender novas técnicas. Tem me distraído bastante pra tirar o foco do confinamento.

Além da Spikywire, tem outros planos para este ano?
Continuar me dedicando ao canal, gravando muitos vídeos e também me dedicar ao trabalho de cam girl.

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