Dez colunas sobre sexo para você deixar, de vez, o tabu para trás
Veja a lista das 10 colunas mais marcantes produzidas durante no último ano
atualizado
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Muita gente me pergunta como eu comecei a escrever para a coluna Pouca Vergonha. A verdade é que a tarefa me foi passada porque, por acaso, eu era a repórter com menos carga de trabalho naquela semana. Fiquei nervosa, pois não era um assunto que eu dominava com tanta propriedade, mas para vencer minha falta de experiência, fiz muita pesquisa.
Dessa pesquisa, acabei tendo várias ideias de assuntos legais para trabalhar. E uma pauta foi levando à outra, até que em determinado momento a coluna se tornou o meu projeto especial.
Nem nos meus devaneios mais loucos eu cheguei a cogitar que um dia eu seria “a garota que fala de sexo”. Mas foi o que acabou acontecendo. Com cada pauta eu me munia de conhecimento, até que pessoas próximas começaram a me abordar para discutir assuntos da vida sexual, das situações mais risíveis até as mais sérias.
Acho que foi nesse momento que eu comecei a perceber que falar sobre sexo tinha um impacto muito grande na vida das pessoas. E tem gente que se sente envergonhada de conversar sobre isso, mas um fato que eu levei para mim desde o começo é que: sexo é tão natural, que se você está aqui hoje é porque duas pessoas transaram.
E as duas pessoas que transaram e me trouxeram até aqui eram (e são) grandes apoiadoras do meu trabalho. Apesar dos diversos assuntos polêmicos (como a vez que eu compartilhei como eu tive um orgasmo por hipnose), meu pai foi um leitor assíduo que sempre repassava as matérias aos amigos. Tarde da noite, na cozinha, eu costumava discutir os assuntos que estava trabalhando com minha mãe, que sempre mostrava interesse.
Ao sair da minha zona de conforto, percebi como era importante o autoconhecimento e como a sexualidade poderia contribuir para o entendimento de quem nós somos.
Quando transamos somos a versão mais crua e honesta de nós mesmos.
Tatyane Mendes
É ali que os desejos e fantasias afloram e onde também se apontam discretamente medos e traumas. Para além disso, a forma como nos relacionamos mostra quem somos enquanto sociedade.
Como mulher, acho que o impacto foi ainda mais forte. Sempre tive uma vida sexual muito satisfatória, mas pude entender como o público feminino ainda não entende como encontrar o prazer e como a sociedade ainda é capaz de castrá-lo. Também descobri que sexo não é tanto sobre prazer, é sobre a conexão entre duas pessoas (ou mais, sem preconceitos).
Tive a sorte de conhecer profissionais maravilhosos ao longo do caminho que me ajudaram a esclarecer diversos assuntos sobre sexualidade. Contei com o interesse e o apoio dos colegas que sempre sugeriam pautas sobre o que eles gostariam de saber. Descobri também a empolgação dos leitores, que semanalmente me impressionavam com o número de acessos e as mensagens que recebia nos mais diversos canais.
Mas a vida é feita de ciclos e chegou a hora deste se encerrar, pelo menos para mim.
A partir da próxima semana, a coluna Pouca Vergonha passa a ser assinada por outro jornalista. Deixo abaixo um ranking com as minhas matérias favoritas desse período:
#1 De remédio a instrumento de prazer: vibrador completa 150 anos
#2 Hipnose sexual: nós testamos e chegamos ao orgasmo
#3 Pela fechadura: como funcionam os bastidores de um motel
#4 Falta pouca vergonha: entenda por que os jovens fazem pouco sexo
#5 Sexo aos 15, 30, 60 anos: entenda a diferença do comportamento sexual
#6 Por trás da câmera: uma espiada na dura vida de atores pornôs
#7 Conheça o Ponto U: região de prazer do corpo feminino pouco explorada
#8 Conheça as suítes mais diferentes e luxuosas dos motéis de Brasília
#9 Conheça o pegging: prática sexual na qual a mulher faz a penetração
#10 Pesquisa aponta que sexo com robôs será mais usual do que com humanos
Usem camisinha!