Caso Snoop Dogg: audiodescrição para cegos é tendência no mercado pornô
O rapper recebeu uma proposta de US$1 milhão para narrar um show erótico; no mercado, produções apostam cada vez mais em deficientes visuais
atualizado
Compartilhar notícia
O rapper Snoop Dogg recebeu uma proposta inusitada de uma empresa da indústria pornográfica. O ImLive, site especializado em camming, ofereceu o valor de US$1 milhão (mais de R$5 milhões) para o astro comentar apresentações eróticas para cegos.
“Ouvi-lo descrever a anatomia feminina enquanto uma de nossas belas anfitriãs realiza um show para adultos proporcionará aos nossos clientes com deficiência visual o que certamente será uma das experiências mais divertidas das suas vidas”, disse o comunicado em que a empresa fez o convite.
O interesse em Snoop surgiu após sua participação como comentarista entre Mike Tyson e Roy Jones Jr. Apesar do montante oferecido, Snoop não chegou a se manifestar sobre se aceitava ou não a proposta.
Pornografia inclusiva
Em uma sociedade acostumada à pornografia tradicional, fica difícil pensar em meios de estímulo pornográfico que não sejam visuais. Porém, especialistas explicam que as imagens não são a única coisa que importa ao construir o imaginário erótico.
E isso é uma boa notícia para os deficientes visuais, que podem trabalhar os outros sentidos na hora de se excitar – seja sozinhos ou com a parceria. Assim como O ImLive, diversas empresas do segmento erótico já trabalham com o pornô acessível para essas pessoas.
No PornHub, uma das maiores plataformas de conteúdo pornográfico do mundo, é possível encontrar uma categoria toda em áudio descrição. A opção está disponível tanto no site original, em inglês, quanto na versão em português.
No Brasil, Sexy Hot, por exemplo, já oferece produções que contam não só com a função de audiodescrição, para cegos, como também com as legendas descritivas, que sinalizam sons, ruídos, músicas, falas, gemidos e sussurros etc.