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Baba baby: é saudável usar saliva como lubrificante no sexo?

É adepto da “cusparada”? Especialista explica os riscos de usar a saliva no sexo em vez de produtos específicos para o ato

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Foto: Jose A. Bernat Bacete/Getty Images
Pingo de água caindo
1 de 1 Pingo de água caindo - Foto: Foto: Jose A. Bernat Bacete/Getty Images

Quem nunca estava assistindo um filme pornô e, de repente, um dos atores ou atrizes deu uma cusparada daquelas, na vagina ou no ânus do(a) parceiro(a)? Há também quem já tenha passado por isso durante o sexo.

Muito visto em produções pornográficas, o cuspe durante a transa é mais usado na vida real do que se imagina – tanto entres os homens quanto entre as mulheres.

É, inclusive, um fetiche para muitas pessoas, de acordo com a uroginecologista e especialista em sexualidade feminina, colaboradora do portal Sexo Sem Dúvida, Lilian Fiorelli.

“A saliva tem um contexto afrodisíaco: aquele beijo molhado estimula a liberação de hormônios que favorecem a conexão do casal como a dopamina, ocitocina e serotonina; e o mesmo ocorre no sexo oral bem molhado”, explica.

Afinal, lubrifica?

Chega a ser intuitivo querer usar, durante o ato sexual, uma secreção do próprio corpo para melhorar a lubrificação do momento. Mas Lilian afirma que, ainda que possa ajudar um pouco, não se trata de um lubrificante eficaz.

“A saliva tem um baixo poder lubrificante e seca rápido. Caso não haja uma lubrificação natural ou mesmo uso de outros lubrificantes, pode haver lesões durante o sexo”, alerta a médica.

O lembrete vale principalmente para os casos de sexo anal, já que o ânus não conta com lubrificação natural e precisa estar bastante lubrificado para dar prazer.

É higiênico?

Para além de não ser tão eficiente, utilizar saliva pode não ser tão higiênico e saudável. A especialista explica que as secreções do corpo humano tendem a carregar algumas doenças, que podem ser passadas no beijo, sexo oral e no uso do cuspe como lubrificante.

“Algumas doenças que podem passar pela saliva são: herpes, sífilis, candidíase, caxumba, catapora e gripes, como a influenza e até o coronavírus”, explica.

Logo, o mais indicado é investir em lubrificantes específicos para o ato sexual, de preferência com base d’água, sem cheiro e cor, que são os que causam menos alergias.

“Mas caso você não tenha alergias e queira ousar, vale investir em itens diferentes com sabor de chocolate, morango e até com ação de esquentar ou esfriar para dar aquela apimentada na relação”, indica Lilian.

E vale ressaltar: nada de usar outros produtos, como óleo de amêndoas, hidratante corporal, e vaselina. “Elas podem causar irritações, modificar pH e aumentar chance de infecções genitais”, finaliza.

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