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Até o punho: confira 10 curiosidades sobre o fisting

Prática sexual que consiste na introdução do punho na vagina ou ânus tem mais peculiaridades do que se imagina

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Casal seminu deitados um em cima do outro na cama - Metrópoles
1 de 1 Casal seminu deitados um em cima do outro na cama - Metrópoles - Foto: B2M Productions/Getty Images

Quando o assunto é sexo e prazer, praticamente não há regras ou limites além do consenso e da segurança. Logo, para além do “arroz com feijão” que todo mundo conhece, os repertórios sexuais mundo afora contam com peculiaridades que, muitas vezes, causam estranheza.

Um exemplo é o fisting – que consiste na introdução do punho e, muitas vezes, parte do antebraço na vagina ou ânus. Ainda que muitos nunca tenham ouvido falar, trata-se de uma prática bastante conhecida (e praticada).

 

Para apresentá-lo e tirar as principais dúvidas sobre o assunto, a Pouca Vergonha elencou 10 curiosidades sobre a penetração “diferentona”. Confira:

1 – Por que fisting?

O termo fisting vem da palavra fist, que significa punho em inglês. Na gramática inglesa, o sufixo ing é utilizado, entre outras funções, para indicar uma ação contínua, como um gerúndio para um verbo. Em tradução livre, fisting seria algo como “punhando”, com a palavra punho como um verbo. Além de fisting, a prática também costuma ser chamada de fist fuck. À pessoa que recebe a introdução, se chama festee.

2 – Na frente ou atrás?

Os dois. Ainda que algumas pessoas se perguntem se é possível praticar o fisting anal – muito por conta da menor capacidade de expansão do ânus -, a prática é realizada tanto na vagina quanto no ânus.

3 – Segurança e higiene

Não é a toa que o fisting é controverso. Ainda que muito praticado, pode trazer alguns riscos à saúde – tanto vaginal quanto anal. De acordo com o médico e sexólogo Celso Marzano, também conhecido como Dr. do Sexo, no ânus e na vagina existem músculos que se adaptam em tamanho ao que sai ou entra. Mas, depender do tamanho (um antebraço, por exemplo), há o possível rompimento dessas fibras.

“Pode haver incontinência intestinal e urinária, problemas de bexiga baixa, perda involuntária de fezes, gases e urina. Sem contar com possíveis cortes e fissuras que podem causar inflamações e infecções”, explica.

Sobre higiene, a principal preocupação é sobre o corte de unhas, que podem machucar. No mais, não há necessidade de usar luvas, ainda que seja válido. Vale ressaltar: lavar as mãos é o mínimo.

4 – Meu punho e eu

Por mais anatomicamente inviável que possa parecer, um(a) parceiro(a) não é obrigatório para quem gosta e quer praticar o fisting. Assim como os próprios dedos são, muitas vezes, suficientes para dar prazer, o mesmo vale para o próprio punho. Ainda que seja bem mais raro e que talvez não se consiga a mesma profundidade que haveria com uma segunda pessoa, é possível lançar mão (ou, no caso, punho) do fisting durante a masturbação.

5 – Contribuição para a economia

Não é novidade que o mercado erótico cresce cada dia mais, e o fisting é uma importante parcela dele. Em sites e lojas físicas de sex shops existem diversos produtos voltados para a prática – desde lubrificantes específicos (que, fica a dica, deve ser usado sem economias) até consolos no formato de antebraços com mãos. Eles, inclusive, têm as variações de punho fechado ou com os dedos em posição de “bico de pato”.

6 – E os dedos?

E depois que a penetração acontece? O fisting não tem a mesma dinâmica que a introdução de um pênis ou um consolo comum. Uma das principais diferenças é que, normalmente, não há o movimento de “tira e bota”.

Uma vez que o punho está dentro do ânus ou da vagina, o segredo está na movimentação da mão – sempre com muito cuidado para não machucar. O mais praticado é o movimento de abre e fecha, como se estivesse apertando uma bolinha. Mas, muitas vezes, apenas a mão parada já proporciona prazer.

7 – Pré-requisito

O fisting é tão difundido no meio sexual, que em diversos sites de encontro ele é utilizado em bios (aquele texto de descrição usado para se apresentar aos pretendentes) como pré-requisito de escolha. Por exemplo: “faço fisting” ou “procuro sexo sem fisting”.

8 – Fisting no pornô

O pornô também é um meio em que o fist fuck é bastante consumido. No Sexy Hot, por exemplo, foi criada, a pedido dos usuários, uma categoria só de fisting, com filmes que já eram muito populares. Além disso, de acordo com a plataforma, o termo “fisting” teve mais de 37% de procura em 2020 do que “Carnaval”.

9 – Devagar e sempre

Ainda que seja uma experiência sexual muito prazerosa, não é indicado ir com muita sede ao pote. Para começar, é uma ideia que precisa ser levada ao(à) parceiro(a) com certa antecedência, e pensada em conjunto, para que todos os envolvidos estejam 100% confortáveis e excitados com a ideia. Nessa hora, a intimidade tem um grande peso.

Além disso, assim como o sexo anal, é preciso uma preparação para praticar o fist fuck. Começar com três ou quatro dedos, plugs anais e ir devagar é essencial.

10 – Fisting no audiovisual

Mesmo que não tão comum, é possível encontrar menções e cenas de fisting em algumas produções. No cinema, o fist fuck aparece em uma cena do longa Ninfomaníaca – Volume II (1 hora, 1 minuto e 25 segundos). No filme, ele é chamado de silent duck (pato silencioso em inglês).

Mão fazendo bico de pato
Cena do filme Ninfomaníaca – Volume II

Já na música, a prática é citada na música Fist Fuck Agrédi, da banda punk carioca Gangrena Gasosa.

Curiosidade bônus:

Para a alegria dos amantes do fist fuck, existem locais que até mesmo celebram a prática. Um exemplo é o hotel francês La Fistinière, na comuna de Assigny, na França. O empreendimento é todo ambientado e pensado para os praticantes se sentirem mais inspirados e à vontade.

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