6 mitos e verdades sobre o pornô lésbico
Apesar de ser uma das categorias mais buscadas, o pornô lésbico tem está longe de retratar uma boa transa entre mulheres. Saiba o porquê
atualizado
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A categoria lésbica está entre as mais buscadas por consumidores de pornografia, sejam homens, sejam mulheres. Segundo dados divulgados pelo Pornhub, um dos maiores sites do gênero no mundo, o termo é o mais acessado na plataforma pelos brasileiros, seguido por anal, adolescentes, mulheres maduras e transgêneros. Até aí, nenhuma novidade. Afinal, o sexo lésbico pode despertar muitas sentimentos. Do tesão a curiosidade.
O que a experiência de quem convive com mulheres lésbicas sugere, no entanto, é que a temática não faz muito sucesso justamente com quem tenta retratar.
Se você tem liberdade para falar com uma lésbica sobre o tema, já deve ter ouvido algumas queixas e até relatos de mulheres que, apesar de transarem exclusivamente com pessoas do mesmo sexo, masturbam-se com filmes protagonizados por casais heterossexuais. A explicação? Além de os filmes serem dedicados à satisfação masculina, grande parte das atrizes não são homossexuais. A performance, nesse caso, acaba caindo no senso comum e soando mais fake que as demais opções disponíveis.
Para descobrir os mitos que o pornô associou à prática, Metrópoles conversou com duas leitoras da coluna, Morgana Rimoli e Débora Gonçalves, e pediu para que apontassem as atitudes mais irreais e comuns dos filmes disponíveis no Pornhub.
Afinal, porque as representantes do segmento não curtem o sexo estrelado por duas iguais? Vem saber!
Unhas grandes
A pergunta não é nada incomum. Como mulheres penetram? A verdade é que elas executam essa parte da transa de várias formas, e o principal instrumento são os dedos. Assim, não é difícil imaginar o quanto as unhas gigantescas, presente na mãos da maioria das atrizes pornôs, podem transformar a transa em uma experiência dolorosa. Apesar de não ser uma regra – mulheres lésbicas têm todo o direito de ter a unha do tamanho que bem entenderem – elas dificilmente irão penetrar outra mulher e executar certos movimentos com unhas excessivamente compridas.
Tapa na Pantera
Outra unanimidade quando o assunto é crítica ao pornô lésbico são os tapinhas que, eventualmente, uma ou outra atriz apresenta como estímulo sexual. O gesto pode até despertar a imaginação de quem está assistindo, mas não é muito comum no rala e rola real.
Movimentos óbvios
Aliás, se tem uma característica que não faz parte de uma boa transa lésbica são movimentos óbvios demais. “Seja pela estimulação manual, seja com o sexo oral, é muito comum é ver as intérpretes tratarem a vagina da outra mulher como se fosse uma batedeira”, comenta Morgana. Ela aponta que transar com uma outra garota compreende excitá-la, explorando várias zonas erógenas do seu corpo. Como não contam com a ereção e como mulheres estão propensas a orgasmos múltiplos, não há porque ter pressa. Há tempo suficiente para usar a criatividade.
O sexo entre mulheres não é preliminar – nem convite
Não é raro encontrar um filme lésbico em que as protagonistas não se olham e executam todos os gestos voltadas para a câmera. Como muitas produções ainda são focadas no público masculino, a sensação é de que o casal está em um esquenta. Quase sempre, um homem aparece em seguida para “satisfazer” a dupla. Uma fantasia interessante para muitos homens, mas que deslegitima a relação de prazer entre duas mulheres. Elas podem até incluir uma terceira pessoa. Mas não dependem dele – ou de seu órgão sexual – para gozarem.
Tesourinha – para funcionar, precisa ser de verdade
“Colar e descolar” o velcro exige flexibilidade, feedback da parceira e muita prática. Por isso, é bastante comum que uma das posições preferidas do kamasutra lésbico seja mal executada durante uma produção pornô. A regra é: o importante não é a posição, mas a sensação que ela provoca.
Agressividade
Não que a transa lésbica seja sinônimo de romance, mas dificilmente elas serão espaços de abuso sexual. Uma das coisas que mais incomoda Débora e Morgana durante a avaliação dos vídeos foi o excesso de tapas, puxões de cabelo e cuspes entre as mulheres.
Segundo Debora, “os movimentos são bruscos e fora da realidade, e utilizam uma velocidade e força que não fazem parte do fetichismo sapatônico”.
Sugar o clítoris da parceira também não inspira sensações agradáveis em quem assiste. “Essa movimento que imita a língua de uma cobra não excita e nem estimula”, finaliza Débora.